Em 07, 08 e 09 de novembro de 2011
ocorreu o III SENALP – Seminário Nacional de Linguística e Língua Portuguesa em
Rio Grande na FURG. Apresentamos trabalhos referentes ao PIBID e também de
pesquisas relacionadas aos nossos trabalhos finais de graduação. O evento contou com a presença da linguista Irandé Antunes. Viagem de conhecimento, passeios e diversão. Na foto abaixo, alunos e professoras da UNIFRA com a lingista Irandé Antunes.
Abaixo, confira o resumo do trabalho que
apresentei:
O ETHOS DO INTERNACIONAL DE SANTA
MARIA - EM CAMPO - CONSTRUÍDO POR SUA
TORCIDA
Luana Iensen
Gonçalves – UNIFRA
Prof. Dr. Valéria
Iensen Bortoluzzi – UNIFRA
Neste trabalho, objetivamos identificar como os torcedores do Esporte Clube Internacional de Santa Maria constroem o ethos do
time e de seus membros durante uma partida de futebol. Partimos do pressuposto
da linguagem como prática social, ou seja, a linguagem como instrumento pelo
qual os seres humanos agem em sociedade. Por isso, os pressupostos teóricos são
a Análise Crítica do Discurso (ACD) de Fairclough (2001), com seu modelo
tridimensional de análise do discuso; e a Gramática Sistêmico-Funcional (GSF)
de Halliday e Matthiessen (2004), para a análise textual. Como metodologia base
utilizamos a pesquisa de campo. Entre suas técnicas, utilizamos a observação
participante e a entrevista não estruturada focalizada. Como resultados
parciais, apontamos que referente a interpretação do texto, conforme a
ótica de Fairclough, a produção está relacionada ao narrador e ao torcedor.
Aquele produz o discurso jornalístico-esportivo, a narração do jogo. Esse
produz a representação do jogo, o ethos
ora do time ora de um jogador, através de uma linguagem específica do futebol. O
consumo é representado pela relação de troca de informação entre narrador
esportivo e torcedor. Isso ocorre porque o torcedor recebe o discurso do
narrador pelo rádio e o “reproduz” ou não nas entrevistas. E o narrador,
durante os programas antes e pós-jogos, recebe a opinião do torcedor. Além
disso, os torcedores que foram entrevistados, ora constroem um ethos positivo do time, ora o ethos negativo,
elegendo como vilão os jogadores “sem vontade” de jogar e o técnico que não
soube organizar o time em campo. Salientamos que este trabalho é um recorte do
Trabalho Final de Graduação (TFG) que será defendido em dezembro desse ano, e
por isso os resultados ainda não são conclusivos.
Palavras-chave: Ethos. Análise Crítica do Discurso. Futebol.
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