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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

#Retrospectiva2018I



Do sofrimento ao renascimento: o nascimento da fênix que estava escondida em mim!

Então, “querido” 2018! Você foi uma verdadeira caixinha de surpresas. E confesso que, primeiro trimestre, tive vontade de esganá-lo.
Sabe aquela situação que nunca imaginaríamos enfrentar? Aquela que “só” acontece em filme ou com o vizinho? Pois é. Aconteceu. Você, 2018, deu-me meu pior pesadelo em realidade. Não desejo isso para ninguém e espero nunca mais essa experiência novamente.
Mas... ao mesmo tempo, você, 2018, abasteceu-me de coragem para lutar, para dizer não, para dizer para, para “cortar o mal pela raiz”.
Foi duro, foi difícil, foi doloroso física e mentalmente. Tudo duplicado por estar longe de todos, por não ter para onde fugir ou para com quem chorar. Foi cruel, 2018. Muito!
Só conheci a força que tenho diante deste entrave. Esse foi meu saldo/aprendizado: forte para enfrentar a situação, forte para cicatrizar a ferida, forte para perdoar (espero que já, que sim), forte para virar a página.
Sim! Virar. Uma nova página, em branco. Foi assim que, ao mesmo tempo, você me colocou no fundo do poço, levantou-me e me ofereceu novas páginas, diariamente, para lindas histórias. E é por isso que posso dizer: obrigada, 2018! Obrigada por eu estar aqui podendo te agradecer!

Luana Iensen Gonçalves

#problemasseresolvem #avidafica #retrospectiva2018 #nãoàviolência #gratidão

terça-feira, 25 de setembro de 2018

"Pela fé!"


Os quatro primeiros meses foram os mais intensos e os mais difíceis. Outro estado, outra cultura, novo endereço, novas rotas, nova rotina. Tudo a conhecer, explorar; uma descoberta por dia. à noite, a saudade era a companheira. Como estariam pai, mãe, irmã, amigos? O que vim fazer aqui? Como vim parar aqui? Até que aquele abraço de dezembro me deu certeza que eu ficaria aqui. Todos bem lá, eu bem por cá.
Assim chegou meu 2018. Cheio de mudanças, nova rotina. Como tudo na vida: mudou de novo em pouco tempo. Despedidas, adeus, dores, recomeços, desorientação, novos objetivos, foco, luta. Tudo de novo. A vida me sorri de novo.
Esta terra de oportunidades me abraça. A realização profissional se organiza e a pessoal explora as ruas manauaras. A corrida me presenteou com amigos, mostrou-me caminhos, fez meu olhar se transformar e cada vez mais aprendi a vivenciar as pequenas felicidades do cotidiano. A de fato colher o dia, um de cada vez, saboreá-lo com intensidade e desejo.
Perdas – emocionais e materiais – nos dão verdadeiros tapas na cara. Um aviso, tipo “acorda par ao que importa”. Eis que a essência se torna mais clara e evidente: a minha felicidade é produto meu. Quanto mais eu me aceito e faço o meu caminho, melhor desfruto da companhia do outro.

Esta terra me apresenta paisagens deslumbrantes, mas também a realidade dos que vivem e dos que sobrevivem; mostra-me aromas e sabores que aguçam meu cinco sentidos; ensina-me sotaques e vocábulos que enriquecem meu repertório linguístico. Nesta terra, tenho o prazer do contato com a natureza, momentos em que é possível desfrutar de silencia e reflexão. Nesta terra, ganhei um novo estilo de vida e a corrida tornou-se parte de mim.
Esta terra me acolhe calorosamente e eu sou grata!

Luana Iensen Gonçalves.

(24 de agosto de 2018 =  um ano de Manaus)

quarta-feira, 9 de maio de 2018

No meio do caminho, tinha a ansiedade.


Desde a revolução industrial, a tecnologia tem evoluído e transformado a rotina da população mundial. Apesar dos benefícios, viver entre tantas tecnologias e a ideia de “não tenho tempo” têm afetado o psicológico de muitas pessoas. O resultado? O aumento de casos de ansiedade no Brasil (58% da população consoante dados da ONU). Entre as causas, observam-se a sociedade da velocidade e a prática do bullying.
Cada vez mais, e desde mais cedo, as pessoas têm realizado tarefas de modo interrupto já na infância e na adolescência; os jovens estudam, fazem cursos extras e atividades físicas, são quase visitas em casa. Quando adultos, trabalho, estudo, atividades extras e do lar. Segundo pesquisas, cerca de 30% dos brasileiros adultos vivem em estado de esgotamento psicológico. Essa condição de canseira faz com as pessoas fiquem ansiosas, preocupadas pelo próximo domingo, pelas férias, e quando o momento chega não aproveitam.
Além do fato de permanecerem “atrás do tempo”, muitos indivíduos têm sofrido cada vez mais bullying, seja no espaço escolar como no profissional. Conforme relatório ONU, 43% dos jovens já sofreram bullying. Já no âmbito empresarial, nos últimos anos, houve um aumento de 32% de denúncias (dados do Ministério Público do Trabalho). O resultado é que essa parte da população fica propensa à ansiedade. Tais vítimas de agressões físicas ou psicológicas nem sempre sabem a quem recorrem e ficam doentes.
A partir do exposto, percebe-se que o viver em velocidade e a prática do bullying são causas do aumento de casos de ansiedade entre os brasileiros. Para amenizar tal problema, é interessante que empresas disponibilizem atividades de relaxamento para seus funcionários durante os intervalos e que instituições educacionais intensifiquem campanhas contra o ato do bullying, evidenciando as consequências para os agressores e para os agredidos.

Luana Iensen

terça-feira, 17 de abril de 2018

Faxina interna


Periodicamente, é interessante fazer faxinas. Descobrimos roupas que já que não nos interessam mais e podem fazer a alegria de outras pessoas. Encontramos folhas e folhas perdidas, ocupando ambiente que poderia ser reservado para novas leituras. Arquivos e pastas que podem liberar um espaço no nosso drive para novos projetos.
Mas eis que uma faxina mais profunda também é necessária! Purificar algumas emoções e dores faz um bem danado, tanto para a alma como para a mente. Desapegar de atenções e cuidados não recíprocos é ser capaz que cuidarmos de nós mesmos. E isso não é egoísmo, é amor próprio.
Curar dores leva tempo, porém necessário retirá-las do peito, reconfigurar os sistema e poder ter novas visões, novos aprendizados – talvez até novos machucados -, mas a cada limpeza espiritual, fica-se mais resiliente para enfrentar os sentimentos.
Não adiante ficar brilhante por fora e obscuro por dentro. Como já pregava Aristóteles, a chave é encontrar  o “meio-termo”. Para mim, que vive no estilo 8 ou 80, isso parece complicado, mas tentar faz um bem danado.
Boa faxina pra você!


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” (Fernando Pessoa)

Luana iensen

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulher


E agora, Mulher?
A luta não terminou
Queremos nossos direitos,
Queremos respeito,
Queremos dignidade,
Queremos igualdade.

 E agora, Mulher?
O protesto não terminou
Não à violência,
Não ao assédio,
Não à exploração laboral,
Não à impunidade,
Não ao racismo,
Não ao machismo,
Não ao silêncio!

E agora, Mulher?
Qual é o teu lugar?
Em casa?
No trabalho?
Na faculdade?
No bar?
É onde você quiser, Mulher!

E agora, Mulher?
E se você gritasse?
E se você dançasse?
E se você cantasse?
E se você amasse?
E se você escolhesse?
E se você resistisse?
E você resiste, Mulher!

Você é teimosa!
Você é inteligente!
Você é guerreira!
Você é idealizadora!
Você é forte, Mulher!

Luana Iensen Gonçalves

Que todos os dias são de conquistas e de felicidade!!


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Vivo, logo erupciono


Há pessoas no mundo que são como vulcões. Elas são fortes por fora, suportam muitas dores (físicas e verbais), enfrentam problemas, seguram “a barra” por muitos. Mas, por dentro têm um coração pulsante, têm sentimentos, também choram, aguentam tanto que um dia algum sentimento explode e atinge muitos ao seu redor.
Geralmente as pessoas resilientes são mais resistentes às erupções que  acontecem ao longo da vida. Muitas situações fazem com deixemos nossa cratera pessoal tampada e acabamos por culpar as condições do momento presente. Mas, a efervescência continua ali, intacta, preparada, explosiva; justamente  porque a vida é intensa como as ondas do mar e avassaladora como as larvas vulcânicas.
Talvez, guardar tanto sentimento e demonstrar tanta força por fora, seja um dos motivos que pode levar a tanto estresse. Assim, de repente, um impulso vulcânico nos faz sair do eixo natural e então nos questionamos sobre o atual trabalho, relacionamento, escolhas... e começamos o ciclo vital outra vez.
Uma erupção vulcânica quase sempre é comparada à destruição, porém, no caso das pessoas, pode significar o renascimento das cinzas. Dizer um não, viver um amor, fazer uma própria escolha, demonstrar seus sentimentos, suas escolhas (religiosas, sexuais, ideológicas) pode ser a erupção que alguém precisa para ser quem sempre desejou ser. Isso evidencia a importância do nosso autoconhecimento, da nossa autorrealização e autoaceitação.

Luana Iensen Gonçalves
Professora e Jornalista.



sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Parabéns, bonitos e bonitas, pela formatura!

Todos os anos, em diferentes escolas, em diferentes lugares, turmas de 9º ano encerram seu ciclo. Mas vocês não são qualquer 9º ano, vocês são especiais porque fazem parte de um grupo seleto de jovens educados para o mundo, para o conhecimento e para a vivência de Santa Paulina. Hoje é uma noite especial, queridos, e fico feliz por vocês! Parabéns pela formatura!
Nossa relação começou lá em 2016, ainda no 8º ano. Cheguei ao poucos, conquistando o espaço da produção de texto. Este ano, no português, tivemos mais tempos juntos e assim pude acompanhar o crescimento de vocês: humano e como estudantes. Tornaram-se mais responsáveis pelo estudo, alguns criaram elos de amizade que irão se manter mesmo cada um seguindo um rumo diferente.
Vocês trilharam um caminho lindo; alguns juntos desde a educação infantil, ouros chegando aos poucos. Aprenderam a conviver, a trabalhar em equipe (alguns entraves... mas
tudo no limite da adolescência), estudaram juntos, escutaram um ao outro. Hoje são adolescentes preparados para enfrentar o ensino médio, com sonhos a serem conquistados.

Nesse momento, vocês encerram um ciclo para iniciar outro.  Hoje, sou feliz de ter conhecido vocês, convivido, aprendido, trocado experiências. Fico realizada como pessoa e como profissional por ter feito parte deste período da formação de vocês. Agora, agradeço por esse tempo e desejo muitas alegrias, realizações e aventuras nessa nova etapa que se inicia!! “Nunca jamais desanimeis, embora venham ventos contrários” Santa Paulina.

Luana Iensen

sábado, 25 de novembro de 2017

Registro fotográfico

Um retrato é mais que o registro de um momento. Neste registro, muitas histórias estão explícitas e implícitas, ainda mais num mundo de selfies em que vivemos. Mas vamos deixar a tecnologia para outro momento.
Fotografia para mim ainda tem um valor emocional impressa, em minhas mãos, no porta-retrato. Folhear um álbum de fotos é como passear num mundo mágico, voltar ao tempo... Suspirar fundo... Recordar...
Em um retrato, a primeira história é da imagem ali registrada: um evento, um sorriso, uma festa, o momento do clique. Mas, e por trás disso? Existe uma alma que pode estar sendo registrada em sua plenitude ou simplesmente uma montagem de emoção ou situação... Existe alguém que fez o registro, que pode estar vivendo aquele instante junto ao fotografado ou apenas alguém que passou na rua e foi abordado para fazer o clique a alguém que estava só.
A fotografia desta crônica foi retirada na Praça da Saudade, ontem, quinta, após uma caminhada sob o sol de 35 graus de capital amazonense. Nesse caso, não havia alguém passando no momento para me auxiliar, então fiquei apenas com tal selfie.
Mas, eu quis aproveitar a natureza do local, a praça estava bonita e alegre com aquele sol forte. Por isso procurei formar uma moldura natural a partir dos galhos e do enquadramento. Um sorriso sincero que mistura a sensação de calor com a satisfação da caminhada. Um registro dos três meses de mudança. Um registro da satisfação de estar se acostumando no novo lar com a mistura do coração apertado e da saudade dos abraços essenciais.
Quando paro para escrever sobre o dia 24 de cada mês, percebo como “o tempo voa, amor, Escorre pelas mãos, Mesmo sem se sentir, Não há tempo que volte, amor” e por isso é preciso “[...] viver tudo que há pra viver, Vamos nos permitir [...]” (Lulu Santos). É fato que o tempo passa sem dó, no entanto, o que importa é o que fazemos com ele. Não temos tempo para ressentimentos, há muita vida passando e pedindo registro para ser revista daqui algum tempo. Bons cliques para vocês!

Luana Iensen Gonçalves,

Professora e Jornalista, gaúcha, ariana, gremista, apaixonada por viver.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Amar é para os fortes

         Uma mulher é capaz de esquecer-se de si própria a partir do momento que descobre que está grávida ou quando uma criança surge em sua vida. Sua existência passa ser dedicada ao filho. Amar é para os fortes.
       As crianças amam da forma mais pura seus semelhantes: sem rótulos, sem preconceitos. Amar é para os fortes.
          Os avós amam da forma mais integral: fazem tudo o que não fizeram com seus filhos. Colo de vó cura, cafuné de vó conforta, bolo de vó é uma benção. Amar é para os fortes.
            Os amigos amam da forma mais sincera: dão bronca, chamam a atenção, evidenciam nossas falhas, nos dão a mão para enfrentarmos nossos medos e problemas. Amigos estão ao nosso lado na tristeza e na alegria. Amar é para os fortes.
       
Um casal se ama da forma mais mútua: aceitam defeitos, aceitam mudanças, fazem trocas, brigam, enfrentam preconceitos e até injustiças, tudo pela felicidade do outro. Mas cuidado: um toque de ciúmes é essencial, porém em exagero é deselegante e nada saudável. Amar é para os fortes.
          Os amantes amam com mais integra: não duvidam, não perguntam, se integram de corpo e alma. A felicidade do outro é a sua própria felicidade. Amar é para os fortes. (é bom lembrar o primeiro – e o qual eu defendo – significado de amante!)
            Os animais amam da forma mais singela: mordem, lambem, beliscam, arranham, tudo em busca de só um carinho, um bocado de atenção. Amar é para os fortes.
            Nem sempre os que amam são compreendidos, porque é difícil para o ser humano aceitar o jeito de o outro demonstrar seu carinho. A atenção é não exigir igualdade, mas respeito o espaço e a feição do outro, sem pressa, sem cobranças, apenas com mais escuta. Afinal, amar é para os fortes, e o mundo precisa de mais pessoas fortes.

Luana Iensen Gonçalves

domingo, 29 de outubro de 2017

Paixão: realidade ou ficção?

Eu fico muito, mas muito magoado em saber que existem muitas pessoas que tratam uma dama como se fosse um brinquedo e assim que ela ou ele "quebra”, eles trocam por um novo “amor”. Outra coisa a qual fico indignado é em relação de terem meninas que gostam de ser chamadas de ‘cachorra’, ‘vagabunda’, qual o sentido disso? Isso não existe!
Poxa! Sabe uma senhora sabia um dia me disse: “João, não adianta você se intrometer no relacionamento de uma pessoa, pois não há mais o que mudar”. Ela me disse também que se o menino ou a menina gostar do jeito que o namorado (a) seja; babaca, imbecil ou mesmo um ridículo, deixe assim, não há o que mudar. Olha, por exemplo, a Julia, ela namora o Ricardo. Normal, ela gosta dele, não é mesmo? Porém ela não vê que ele não dá a mínima pra ela, e sim prefere estar agarrado outras meninas. Podemos mudar isso? Claro, que não!
Se a pessoa gosta da pessoa como ela é, e quer terminar, aquela pessoa ainda vai sentir falta daquelas coisas que o namorado ou namorada fazia para ela, seja uma piada boba ou quem sabe uma cantada merda.
Eu já desisti de procurar, pois uma hora eu tenho certeza de que eu encontrarei a pessoa certa para mim. Mas por enquanto ajudarei os meus amigos no que precisar.

Márcio, um adolescente romântico e educado assumido em pleno século XXI.
*Este texto é de um aluno meu que me pediu o espaço no blog para contar sobre seus sentimentos, mas, por uma questão de privacidade, todos os nomes são fictícios.

Boa leitura!!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

24 de agosto de 2017


Terça-feira, feriado para comemorar os 348 anos do Município de Manaus. A cidade é capital do estado do Amazonas, localizado na região Norte do país. É conhecida por ser uma cidade histórica e portuária, no centro da maior floresta tropical do mundo. Está situada na confluência dos rios Negro e solimões, sendo o 14º maior destino turístico do Brasil. Tem grande destaque pelo seu patrimônio arquitetônico e cultural, com notáveis museus, teatros, templos, palácios e bibliotecas.
A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente: "Manáos". Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos, que significa Mãe dos Deuses. No século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.
Mas, vejam só a coincidência, hoje também completo “mês aniversário” em Manaus: dois meses que cheguei por aqui. 60 dias de mudanças, transformações, adaptações. Conhecendo e desbravando a capital amazonense, seus pontos turísticos, as festas tradicionais, as belezas, as dificuldades (trânsito, mau atendimento…); enfim, uma escolha na rapidez do momento, mas que agora já é possível desfrutá-la com mais calma em sabor.


Parabéns, manaus! Obrigada, manaus! Acredito que teremos mais anos a comemorar!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Cuido de mim, logo existo.


Se compararmos a qualidade de vidas de nossos avós com a que é buscada hoje, é possível perceber que muitas mudanças ocorreram: não basta um bom emprego, é preciso o melhor salário; não basta uma alimentação saudável, é preciso ser “o fitness” de curtidas online. Nesse contexto, em busca da mediania proposta por Aristóteles, a sociedade visa a um equilíbrio entre as imposições sociais e os desejos pessoais em busca de uma qualidade vida.
Primeiramente, é perceptível que em meio à era tecnológica atual, ao mesmo que tempo que existem produtos e aparelhos “mágicos” para o emagrecimento, muitas facilidades desta área tornaram a população sedentária. Prova disso, é que o Brasil é um país com 60% de seus indivíduos acima do peso. Para reverter a situação, a mídia cria diversas campanhas para influenciar as pessoas a mudarem seus hábitos alimentares e físicos. Desde dados sobre as consequências desse mal, até ícones populares que já possuem uma qualidade de vida “exemplar”.
Além da imposição social midiática, a busca por uma qualidade vida, equilíbrio entre saúde e vida financeira, é também um desejo pessoal, segundo dados de uma pesquisa sobre felicidade. Nesta, evidencia-se que o Brasil está entre os 15 países mais felizes do mundo e que o povo brasileiro se autodefine feliz por aproveitar os bons momentos da vida. Tal atitude mostra que existe a tentativa que melhorar o padrão social de vida a partir de uma boa colocação de trabalho ao mesmo tempo em que se busca a aproveitar os momentos de lazer.

A busca desse meio termo, portanto, corrobora com a ideia de sermos essencialmente seres sociais (Aristóteles) e por isso a busca de uma qualidade de vida  entre as influências sociais e pessoais. Para que se siga tal caminho, é evidente que a mídia pode explorar “modelos” diferenciados e não apenas o dito “padrão como modelo”. Ainda, cada pessoa deve ser estimulada a se autoconhecer, desde exercícios de meditação até a atividades no meio escolar.

Luana Iensen Gonçalves

domingo, 23 de agosto de 2015

crônica de um aluno

Semana passada teve viagem escolar, mas esse aluno não pôde ir e escreveu sobre os sentimentos.
Tive sentimentos muito próximos aos dele, por isso pedi para publicar e ele aceitou desde que eu não colocasse o nome dele, já que seria no meu blog. Segue:

10000 km
O que eu mais queria era que o tempo fosse totalmente acelerado durante esse dia tão infeliz, o qual eu aguentei com muito sono. Mandavam-me vídeos, fotos e áudios, mas realmente eu preferia estar lá. Sentir o momento, não ver ou escutá-lo, rir junto, cara a cara. Contrário de áudio e áudio. Madruguei junto, mas sem estar junto, gostei da viagem, por mais que eu não tenha participado dela. Andei pelo museu, sem estar lá, talvez esse seja um dos benefícios da internet. Fazer com que você viaje, sem necessariamente pegar a estrada. Só faltou mesmo foi o momento verdadeiro de tudo isso, para que se tornasse real. Só indo junto. O mais importante nem é o lugar, mas sim, estar com teus amigos. Agora que já não aguento mais de sono, porque a viagem foi longa, pretendo dormir e fingir que não senti tristeza alguma durante esse dia! Boa noite!
20 de agosto de 2015, 22h20min.

Aluno anônimo

sábado, 15 de agosto de 2015

de novo a "festa" na Saturnito...

Não é a primeira vez nem será a última que eu escrevo e reclamo da festa dos “bixos” (ou “bichos”?) na Saturnito. Todo semestre alguma autoridade se pronuncia dizendo que arrumarão um lugar para as festas, mas até agora nada resolvido. Por que não usam o centro de eventos da UFSM? É um atentado ao pudor à população santa-mariense que três quadras centrais sejam fechadas para uma festa nada inocente. Não basta beber, é preciso beber até cair, fazer barulho, correr em meio aos carros, quase ser atropelado. Como se isso não bastasse, em que situação a praça amanhece? Imunda, fétida, intransitável.
Como cidadã, preocupa-me saber que ali podem estar o meu futuro médico, advogado, professor, fisioterapeuta, pedagogo. É assim que deixarão seus consultórios depois do trabalho? É assim que deixam suas salas de aulas na universidade? É assim que deixam seus quartos? Não me venha com “estamos comemorando”. Essa desculpa não cola. Afinal, é assim que você comemora um aniversário, casamento ou formatura?
Como professora, decepciona-me saber que no meio da algazarra podem estar ex-alunos. Toda consciência de cidadania que passamos anos tentando vivenciar na escola esvazia-se em dois copos de cerveja.
Parabéns ao que fazem trotes solidários, parabéns aos que fazem suas festas com educação, parabéns ao que cuidam da limpeza da cidade, parabéns ao que têm e semeiam o sentimento de coletividade!!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Mais vontade, menos listas

Passada a euforia das festas de virada, é chegada a hora de cair na real: aquela lista de metas para o ano novo será concretizada? As pessoas se iludem tanto, que, às vezes, a lista é a mesma há anos, só é trocado o ano.
Essa não realização pode acabar se tornando uma frustação, já que a lista é a mesma e nada mudou, nada foi feito. Isso vira um problema porque as pessoas desejam metas grandes demais, exageradas, as quais não estão a seu alcance de realizar. Eu sei, muitos dizem que se é para sonhar que seja grande, mas se não for para realizar por que sonhar??
Exemplos clássicos: “este ano vou passar de ano sem recuperação”, mas muda em nado o compromisso de estudar, “este ano vou emagrecer 20 quilos”, mas não consegue cinco, “este ano vou parar de fumar”, mas continua comprando maços e maços de cigarro. Não quero que não façam mais listas, também tenho a minha; apenas desejo que acrescentemos uma pitada de realidade e uma dose de vontade.
É melhor começar a lista com aspirações as quais estejam ao nosso alcance, assim, a cada meta conquistada, nossa vontade de querer fazer mais será acelerada e até os grandes desejos serão realizados.

Luana Iensen



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Não à padronização!

Somos humanos? Somos objetos? Saímos da fábrica ou da maternidade? Como afirma Drummond, “Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente”. Empacotados pela mídia e pela indústria, fomos sufocados pela ditadura da beleza. Esse mal do século XXI afeta tanto homens como mulheres e reproduz diversos malefícios, como doenças psicológicas e físicas.
         Em busca desse padrão ditado, principalmente, pela mídia, muitas pessoas investem em cirurgias, academias e produtos estéticos para conquistaram a silhueta deseja. O problema é quando não conseguem, já que começam a aparecer os primeiros sintomas de depressão e tristeza, o que afeta fortemente sua psique. Prova disso é o que afirma Augusto Cury, em seu livro “Ditadura da Beleza”, que “98% das mulheres não se veem belas”. O que as faz sofrerem, se martirizarem e por isso ficarem depressivas.
            Além da decadência psicológica, outras pessoas penalizam seus corpos em busca de um corpo que nunca ficará perfeito diante do espelho. A corrida por cirurgias plásticas e exercícios físicos em excesso e escravizam milhões de mulheres, jovens e adolescentes todos os dias conforme Joana Vilhena, da PUC-Rio. O resultado? Transtornos alimentares como bulimia e anorexia. Segundo um estudo publicado no site hypescience, os pesquisadores calculam: 5,1 mortes a cada mil pessoas com anorexia por ano e 1,7 mortes a cada mil pessoas com bulimia por ano. Um dado assustador.
            Vivemos uma ditadura da busca pela perfeição. Mas quem dita isso mesmo? O que é mesmo perfeito? É necessário reorganizarmos a educação e a midiatização de campanhas pró à diversidade e saúde, bem-estar, como característica de beleza. “Não deixe que a ditadura da beleza lhe consuma. O que vai lhe diferenciar nessa sociedade superficial é seu Caráter”, Francielle Mianes. Vamos começar essa mudança de valores?



Luana Iensen Gonçalves

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Carta aberta aos cidadãos votantes

A cada quatro anos, vemos, ouvimos e consumimos promessas e mudanças. Algumas se renovam, outras são mais velhas que o país. E você já escolheu seu candidato? É preciso cautela para não passar quatro anos chorando sobre o leite derramado. Diante desse contexto eleitoral, eu, como cidadã preocupada com o nosso futuro, escrevo a vocês, cidadãos votantes, para alertá-los sobre a importância de pesquisar sobre os candidatos os quais votarão no próximo final de semana.
Não temos desculpas. A partir de um computador, tablet ou celular com acesso à internet podemos descobrir informações fundamentais para escolher melhor um candidato, não verdade, leitor? Nessa busca, podemos conferir a trajetória política e profissional do candidato, seu histórico e suas propostas. Esse exercício de cidadania é fundamental para termos um voto consciente, e mais do que isso, ao longo dos próximos quatro anos precisamos acompanhar o evoluir dessa trajetória. Nós, cidadãos votantes, precisamos acompanhar o trabalho do político para não permanecermos inertes no senso comum de “escolher o candidato menos pior”.
A partir desse exercício de conhecer os passos e deveres dos candidatos e depois eleitos, estaremos, caro leitor, contribuindo para a diminuição da corrupção, uma vez que o trabalho (ou não) do político deverá ser lembrado por nós no novo ciclo eleitoral. Isso evidencia a necessidade de compreendermos um pouco sobre política e cidadania e não mais votarmos em “qualquer um”. Carlos Roberto Sabbi já nos mostrava que “não existe sucesso ou felicidade sem o exercício pleno da cidadania e da ética global”.
Ao compreendermos que exercer a cidadania não é apenas eleger, mas principalmente pesquisarmos, cobrarmos e protestarmos sobre o que os políticos nos impõem, seremos cidadãos votantes conscientes, leitores. Espero que essas inciativas perdurem nos próximos quatro anos e que na eleição seguinte tenhamos mais eleitores pesquisadores e uma política mais cidadã.


Luana Iensen Gonçalves

domingo, 21 de setembro de 2014

Tradição é respeitar!


“Eu sou do Sul, é só olhar pra ver que...” - eu sou preta, branca, gorda, homossexual, heterossexual, idosa, jovem, “eu sou do Sul”. Um Centro de Tradições Gaúchas (CTG), acima de tudo, é um lugar social, ou seja, um espaço de utilidade pública para a população utilizar. Sem restrições, todas as famílias deveriam ser bem-vindas para dançar, conversar, produzir eventos. O pedido de casamento a ser realizado em um CTG pela juíza foi uma decisão sensata. O incêndio esse espaço foi uma violação.
            Mesmo os CTG filiados ao Movimento Tradicionalista, utilizam suas sedes para outros eventos. Os sócios (e não sócios, já que esse espaço físico pode ser alugado) realizam atividades diversas: festas de formatura, aniversários e, sim, casamentos. Acredito que o senhor Paulo Brandt esteja desatualizado, ou como comentado pela Luciana Carvalho, com círculo de amizades reduzido no meio tradicionalista. Seria interessante atualizar suas redes sociais e verificar que um CTG tem vida própria durante o ano, não funciona apenas na Semana Farroupilha. Dancei anos, fui prenda, e nunca tive problemas ao conviver com homossexuais nesse ambiente. São pessoas como qualquer outra. Aliás, em qualquer ambiente. Sinto muito, senhor Brandt, mas, sim, um casal caracterizado de gaúcho é bem recebido em outro “grupo” cultural, a mulata do carnaval pode dançar um vaneirão, e um casal “hétero” pode aproveitar a noitada numa boate GLS.
            Parece-me que muitas pessoas têm aproveitado tais casos, da torcedora gremista, do incêndio no CTG, como tantos outros, para incitar a violência - mesmo podendo promover a paz. Essas manifestações, verbais ou físicas, têm violado a cidadania. Todas as culturas, todos os credos, toas as opções sexuais precisam ser respeitadas para que se constituem verdadeiramente como tradições e sejam perpetuadas. Conforme definição do dicionário Aurélio, tradição é conhecimento ou prática resultante de tradição oral. Hoje, mais do que oral, os meios de comunicação, em seus diversos suportes, dão-nos esse espaço de transmissão de expressão, tradição e busca pela igualdade de respeito.
Cada grupo cultural perpassa suas características. O Centro de Tradições Gaúchas cultua a história de nossos antepassados para que não percamos nossa origem. Isso vale para todos conhecerem e perpetuarem ou não. Essa escolha é individual. Já a sede social de um CTG é um espaço público para ser usufruído e aproveitar esses momentos para ressaltar a ideia de Igualdade, Fraternidade e Humanidade 365 dias no ano. Isso sim é Tradição. E mais, para que se mantenham os curiosos dessa tradição, é preciso aprender a dialogar com as outras culturas – até mesmo nas redes sociais – para que as futuras gerações continuem a alimentar esse desejo de respeito. Eu sou do Sul. E você?

Luana Iensen Gonçalves
Professora de Língua Portuguesa

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

#curteaí!!!


O que as pessoas almoçam é fotografado, o que elas vestem é fotografado, seus bichos são fotografados. A rápida evolução das tecnologias formou uma geração selfie e hashtag que posta um verdadeiro diário em suas timelines sem se preocupar com os sentimentos do outro. Essa evolução formou uma geração de banalizadores da vida real. Foi inevitável e infelizmente é um atrasado emocional e intelectual para a sociedade atual e futuras gerações essa banalização nas redes sociais.
            Os eventos cotidianos e as emoções são banalizados constantemente na internet. Ao acessar qualquer rede social, visualizamos injúrias, fotos de acidentes, espancamentos, vídeos de execuções. Mostrar o pior do ser humano e o desrespeito ao próximo está naturalizado na rede, parece que as pessoas sentem-se inatingíveis por fazerem isso “protegidos” por aparelhos tecnológicos. Exemplo recente que comprova essa desmoralização emocional, foi durante o velório do candidato à presidência, Eduardo Campos. Mesmo num momento de dor e tristeza da família, muitas pessoas aproveitaram para tirar uma selfie no velório e compartilhar nas redes sociais. Tal atitude gerou revolta nos comentários, o que evidencia que ainda podemos amenizar esse quadro.
            Outro lado obscuro dessa banalização é o empobrecimento intelectual das novas gerações. A maioria dos adolescentes não leem totalmente o texto ou informação que compartilham, curtem ou comentam nas redes sociais. Ainda, em compartilhamentos de páginas de humor ou em publicações em suas timelines, muitas pessoas denominam textos a autores famosos, mas que não pertencem a eles. Divulgando assim informações incoerentes e propagando um clico vicioso de compartilhamentos. Marina Castro, da Agência J.Press de Reportagens, confirma que Verissimo, Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu, Arnaldo Jabor e Mario Quintana são constantemente citados como autores de frases e versos que não são seus. 
            As evoluções tecnológicas serão cada vez mais presentes em nossa sociedade. As crianças já crescem brincando em tablets. Não se pode e nem devemos fugir desse problema de conexões banalizadores. Diante desse desafio, precisamos amenizar a situação, portanto, com o compartilhamento de uma nova visão de aproveitamento da tecnologia. Nas escolas, os alunos devem ser motivados a usarem as redes sociais e conscientizados a partir de oficinas sobre o perigo do mau uso delas. Aos adultos, cabe uma reeducação pessoal sobre cidadania e respeito ao próximo, seja no mundo real ou virtual.

Luana Iensen Gonçalves

Publicado no jornal Diário de Santa Maria, 03 de setembro de 2014.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Rapidez garante informação com credibilidade?

Luana Iensen Gonçalves
O quê? Quem? Como? Onde? Quando? Por quê? Responder de forma clara e concisa essas perguntas pelo jornalista consiste no lide, ou seja, a parte básica notícia. Mas, com a ampliação do acesso à internet, a informação tem sido noticiada cada vez mais rapidamente pelos meios de comunicação. A questão é que tanta agilidade na publicação nem sempre garante qualidade e credibilidade da notícia que chegam a nós, os leitores.
A apuração é a “alma do negócio” jornalístico. O jornalista com formação acadêmica apreende, testa e prática diferente técnicas de escrita, como também de apuração para, assim, informar com clareza. Apurar, por exemplo, com legibilidade para conquistar o leitor e ainda cumprir a função social que o jornalismo exerce: mostrar a verdade. Entretanto, inúmeras vezes acontece o contrário: ele não tem tempo para apurar de modo eficiente e ouvir diferentes fontes (informantes presentes no acontecimento) para, então,  redigir e publicar uma notícia.
Eis o problema de nossa era tecnológica: o tempo. A concorrência entre os meios de comunicação para divulgar primeiro aquele “furo” (notícia em primeira mão) faz com alguns jornalistas cometam alguns equívocos. Ao presenciar um fato ou receber uma informação, muitas vezes, o jornalista se precipita ao publicar on-line seu texto, querendo ser o primeiro, e acaba por não fazer uma apuração completa. Casos práticos ocorrem diariamente em “sites” noticiosos, como a recente notícia de que um nigeriano teria morrido em Maranhão com o vírus ebola. Dias depois, o Mistério da Saúde divulgou uma nota para esclarecer que não há casos suspeitos ou confirmados de ebola no Brasil - como uma resposta ao boato que circulou em ambientes virtuais.
Sendo assim, para se ter respostas coerentes e legítimas para as perguntas as quais compõem o lide, é preciso tempo. Mesmo com pressão do tempo e das tecnologias, o trabalho de um bom jornalista precisa de organização, de um texto claro, com uma gramática correta, e uma informação apurada. Convém que as universidades continuem a investir em uma formação de qualidade nos cursos de Comunicação Social e que as empresas de comunicação valorizem esse trabalho de preferir a credibilidade à rapidez.


Revisão SIS II - Questões