De forma descontraída, Manoel Soares, jornalista da
RBSTV, comandou o Livro Livre dessa sexta-feira, 03 de maio, mediado por Fabiano
Oliveira. Soares, coordenador executivo da CUFA RS (Central Única das Favelas),
comentou de sua infância humilde na Bahia, o convívio que teve com o tráfico em
São Paulo e de como chegou a Porto Alegre até seu início no Jornalismo. “Minha vida
foi construída de uma forma inversa”, enfatizando que sempre soube aproveitar o
lado positivo das situações que passou na vida, por piores que fossem.
Quando o papo foi sobre a profissão, o jornalista deixou
claro para os estudantes da plateia, “tentem continuar sendo seres humanos, porque
o jornalismo é feito por pessoas”. Ele enfatizou que todos podem ser o que
quiserem e que é necessário estar pronto para aprender o que foi preciso. “se a
reportagem é outro país, aprende inglês, se a reportagem é sobre yoga, aprendo
os movimentos, não tenho medo de aprender”.
Fabiano Oliveira, Manoel Sores e seu filho no Livro Leivre
A partir das perguntas do público sobre educação, Soares
enfatizou que nossa sociedade precisa entender o professor como um estimulador
do conhecimento, não o detentor. João Pedro Lamas, 21 anos, acadêmico de
Jornalismo/Unifra, interessou-se pelo trabalho de jornalismo comunitário de
Soares nas favelas e o questionou sobre como os estudantes podem fazer sua
parte nesse trabalho. Soares afirmou que o público não pode esperar o meio de
comunicação chegar à comunidade, ela precisa mostrar sua voz mais vezes e para
um público maior, já que o papel do jornalista é ser um provocador, não um
modificador de todos os problemas, “a transformação está no individuo”.
Texto e foto Luana Iensen
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