Excelentíssima Profª, Irani Rupolo, Magnífica Reitora do Centro
Universitário Franciscano, demais autoridades já citadas no cerimonial,
professores e funcionário homenageados, familiares, senhoras e senhores
convidados, queridos colegas, boa noite!
Quatro se passaram e
mesmo que pareça clichê, por tudo que vivemos ou não em busca dessa formação,
vale a pena dizer: “Você não sabe o quanto eu caminhei Pra chegar até aqui”.
E para entender tudo o
que caminhamos, parafraseando Carlos Durmmond de Andrade, colega, agora,
poderíamos nos perguntar:
E agora, formanda?
“O quê? Quem? Quando?
Onde? Como? Por quê?” Continuarão nos acompanhando?
As gravações se
findaram,
Os recados em vermelho
foram arquivados,
As fotos foram
reveladas,
As emoções explodiram,
O TFG foi escrito,
entregue, defendido e, ufa, aprovado!
As aulas terminaram,
E agora, formanda?
O mercado de trabalho é
competitivo,
Os concursos são
poucos,
A concorrência é
grande,
E agora, formanda?
Somos jornalistas por
formação,
Queremos mudar o mundo,
Somos apaixonados por
gente,
Somos contadores de
histórias,
E agora, formanda?
Nem eu, nem vocês, nem
nosso mestres têm as respostas para essas perguntas, mas temos muitos caminhos.
Se escutássemos Mathama
Ghandi, por exemplo, ele nos diria: “não existe um caminho para a felicidade, a
felicidade é o caminho”. É isso que vivemos por quatro anos e continua agora. A
felicidade pode estar em êxtase hoje, mas ela foi saboreada a cada produção na
faculdade.
Já uma resposta de
Gabriel Garcia Marquez seria: “O jornalismo é a melhor profissão do mundo”. Em
seu discurso, ele afirmou: “Quem não sofreu essa
servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não
viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição
moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha
nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa
profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada
notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz
enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte”.
Para
Jenkins, a resposta seria: bem-vindos à convergência: um mundo em que as
significações passam por mudanças periodicamente. Bem-vindos ao aprendizado
constante.
E por fim, Arthur
Schopenhauer, nos deixaria um alerta como jornalistas: “A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar o que
ninguém pensou sobre algo que todos veem.”
Cara colega, a
caminhada foi árdua até aqui, mas ela ainda não terminou. Agora, seguiremos
novos caminhos, mais passos serão dados em busca da carreira profissional. E
se nós saímos
dessa jornada acadêmica um pouquinho maiores, um pouquinho mais virtuosos,
parabéns – nós já iniciamos uma mudança.
E saio da Unifra com uma certeza:
Talvez a gente não mude o mundo todo, mas se tivermos vontade de
mudar o nosso micromundo, o mundo de um amigo, de um desconhecido ou de uma
comunidade, já fizemos algo grande, já fizemos algo enorme.
E como já
me alonguei demais, termino, com a licença de todos, declamando uma poesia que
não fala de jornalismo, mas de alma, de ser humano, daquilo que precisamos ter
em mente para ir tocando em frente. O texto é do escritor parnasiano e
jornalista, colega nosso, Olavo Bilac. Chama-se “Credo”. O credo é uma
profissão de fé, que sela a escolha que fizemos e pela qual estamos aqui hoje.
Crê no dever e na virtude.
É um combate insano e rude
A vida em que tu vais entrar.
Mas, sede bom ! Com esse escudo,
Serás feliz, vencerás tudo...
Quem nasce vem para lutar.
E crê no bem,
‘Inda que um dia
No desespero e na agonia
Te vejas pobre e injuriado,
Por toda gente desprezado
Perdoa o mal e crê no bem.
E crê na pátria,
Mesmo que a vejas
Cheias de ideias mal fazejas,
Em qualquer época infeliz.
Não abandones.
Porque a glória
Hás de ver mudar numa vitória
Em cada cicatriz.
E crê no amor !
Se pode a guerra
Cobrir de sangue toda a terra
Levando tudo à assolação.
Mas, pode límpida e sublime
Cair sobre um grande crime
Uma palavra de perdão
Crê no dever e na virtude.
É um combate insano e rude
A vida em que tu vais entrar.
Mas, sede bom ! Com esse escudo,
Serás feliz, vencerás tudo...
Quem nasce vem para lutar.
E crê no bem,
‘Inda que um dia
No desespero e na agonia
Te vejas pobre e injuriado,
Por toda gente desprezado
Perdoa o mal e crê no bem.
E crê na pátria,
Mesmo que a vejas
Cheias de ideias mal fazejas,
Em qualquer época infeliz.
Não abandones.
Porque a glória
Hás de ver mudar numa vitória
Em cada cicatriz.
E crê no amor !
Se pode a guerra
Cobrir de sangue toda a terra
Levando tudo à assolação.
Mas, pode límpida e sublime
Cair sobre um grande crime
Uma palavra de perdão
Muito obrigada!!
Luana Iensen Gonçalves
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