Os
quatro primeiros meses foram os mais intensos e os mais difíceis. Outro estado,
outra cultura, novo endereço, novas rotas, nova rotina. Tudo a conhecer,
explorar; uma descoberta por dia. à noite, a saudade era a companheira. Como
estariam pai, mãe, irmã, amigos? O que vim fazer aqui? Como vim parar aqui? Até
que aquele abraço de dezembro me deu certeza que eu ficaria aqui. Todos bem lá,
eu bem por cá.
Assim
chegou meu 2018. Cheio de mudanças, nova rotina. Como tudo na vida: mudou de
novo em pouco tempo. Despedidas, adeus, dores, recomeços, desorientação, novos
objetivos, foco, luta. Tudo de novo. A vida me sorri de novo.
Esta
terra de oportunidades me abraça. A realização profissional se organiza e a
pessoal explora as ruas manauaras. A corrida me presenteou com amigos,
mostrou-me caminhos, fez meu olhar se transformar e cada vez mais aprendi a vivenciar
as pequenas felicidades do cotidiano. A de fato colher o dia, um de cada vez, saboreá-lo
com intensidade e desejo.
Perdas
– emocionais e materiais – nos dão verdadeiros tapas na cara. Um aviso, tipo “acorda
par ao que importa”. Eis que a essência se torna mais clara e evidente: a minha
felicidade é produto meu. Quanto mais eu me aceito e faço o meu caminho, melhor
desfruto da companhia do outro.
Esta
terra me apresenta paisagens deslumbrantes, mas também a realidade dos que vivem
e dos que sobrevivem; mostra-me aromas e sabores que aguçam meu cinco sentidos;
ensina-me sotaques e vocábulos que enriquecem meu repertório linguístico. Nesta
terra, tenho o prazer do contato com a natureza, momentos em que é possível
desfrutar de silencia e reflexão. Nesta terra, ganhei um novo estilo de vida e
a corrida tornou-se parte de mim.
Esta
terra me acolhe calorosamente e eu sou grata!
Luana Iensen
Gonçalves.
(24 de agosto de 2018 = um ano de Manaus)
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