Últimos dias para enviar trabalhos para X Seminário Internacional em Letras – Linguagens: interfaces e deslocamentos.
Inscrições no site www.unifra.br/eventos/inletras2010
Bem-vindos ao blog A língua de Luana! Esse blog atua como um elemento integrador de relacionamento e aprendizagem. Por meio dele, divulgo materiais de interesse à língua portuguesa, ao jornalismo, à literatura, à educação, enfim, temas que me fazem bem enquanto pesquisadora. Além de divulgar o que ando "aprontando" por aí... seja em projetos ou trabalhos como professora, jornalista, amante da linguagem! Convido você a fazer parte deste espaço.
domingo, 1 de agosto de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
Trabalho apresentado na 15° Jornada Nacional da Educação

REGISTROS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM LIVROS DIDÁTICOS [1]
Célia Helena de P. Della Méa (UNIFRA)[2],
Luana Iensen Gonçalves(UNIFRA)[3]
RESUMO
Esta pesquisa insere-se na área da sociolinguística e tem por finalidade analisar como o estudo das variações linguísticas é descrito em livros didáticos direcionados ao Ensino Fundamental e Médio. Considerando-se que a variação linguística pode ser observada tanto na escrita como na oralidade, tem-se como objetivo analisar, especialmente, como a língua falada é tratada em livros didáticos, já que é na fala que se encontra a maior diversidade do uso da língua. Mantem-se como pressuposto a ideia de que os livros didáticos devem trabalhar com as variações linguísticas existentes – incluindo a língua falada – o que não implica descuidar da norma padrão, e, sim, em não considerá-la a única língua a ser reconhecida. Salienta-se que o uso de livros didáticos em sala de aula é quase uma regra das práticas pedagógicas das instituições de ensino da educação básica. Por vezes, esses manuais não são suficientemente completos, mas, por uma questão de terem sido adotados pela escola, devem ser “apreendidos” pelos alunos. É de grande importância que os manuais didáticos registrem conceitos e explicações referentes às variedades linguísticas do português e que o professor saiba explicar as variações da língua, de forma que o aluno entenda a diversidade que compõe o todo da língua portuguesa. Já que “escrever nunca foi e nunca será a mesma coisa que falar” (GNERRE, 1998, p.08), pois são duas modalidades da linguagem que requerem dos usuários conhecimentos diferenciados, os manuais didáticos devem conter o registro e apresentar o reconhecimento da oralidade como manifestação linguística diferenciada da escrita. Fato esse já constatado em alguns manuais analisados, embora ainda seja predominante a proposta centrada no estudo da forma padrão escrita e gramaticalista.
Palavras-chave: material didático, variação linguística, fala.
[1] Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
[2] Professora do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[3] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
Célia Helena de P. Della Méa (UNIFRA)[2],
Luana Iensen Gonçalves(UNIFRA)[3]
RESUMO
Esta pesquisa insere-se na área da sociolinguística e tem por finalidade analisar como o estudo das variações linguísticas é descrito em livros didáticos direcionados ao Ensino Fundamental e Médio. Considerando-se que a variação linguística pode ser observada tanto na escrita como na oralidade, tem-se como objetivo analisar, especialmente, como a língua falada é tratada em livros didáticos, já que é na fala que se encontra a maior diversidade do uso da língua. Mantem-se como pressuposto a ideia de que os livros didáticos devem trabalhar com as variações linguísticas existentes – incluindo a língua falada – o que não implica descuidar da norma padrão, e, sim, em não considerá-la a única língua a ser reconhecida. Salienta-se que o uso de livros didáticos em sala de aula é quase uma regra das práticas pedagógicas das instituições de ensino da educação básica. Por vezes, esses manuais não são suficientemente completos, mas, por uma questão de terem sido adotados pela escola, devem ser “apreendidos” pelos alunos. É de grande importância que os manuais didáticos registrem conceitos e explicações referentes às variedades linguísticas do português e que o professor saiba explicar as variações da língua, de forma que o aluno entenda a diversidade que compõe o todo da língua portuguesa. Já que “escrever nunca foi e nunca será a mesma coisa que falar” (GNERRE, 1998, p.08), pois são duas modalidades da linguagem que requerem dos usuários conhecimentos diferenciados, os manuais didáticos devem conter o registro e apresentar o reconhecimento da oralidade como manifestação linguística diferenciada da escrita. Fato esse já constatado em alguns manuais analisados, embora ainda seja predominante a proposta centrada no estudo da forma padrão escrita e gramaticalista.
Palavras-chave: material didático, variação linguística, fala.
[1] Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
[2] Professora do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[3] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
Trabalho apresentado na 15° Jornada Nacional da Educação

CONCEPÇÕES DE LEITURA ENTRE LEITORES MULTIPLICADORES [1]
Célia Helena de P. Della Méa (UNIFRA)[2],
Luana Iensen Gonçalves(UNIFRA)[3]
Marta Dinarte Schutz (UNIFRA)[4]
RESUMO
Com esta pesquisa, tem-se por finalidade estudar a habilidade de leitura, referente à identificação das concepções de leitura que os alunos de letras (multiplicadores) possuem e à relação dessas concepções com as experiências de leitura desses alunos. Mantém-se como pressuposto a ideia de que a leitura não é a simples decodificação de signos e, sim, a construção de sentidos como um ato linguístico pleno de significações que começam antes do contato com o signo linguístico e vão além da leitura da palavra propriamente dita (Freire, 1986). Essa prática é que tornará o aluno apto para expressar suas ideias em diversas situações linguístico-interativas, de forma a se tornar um leitor com pleno desenvolvimento das competências discursivo-pragmáticas da linguagem. Atualmente, escutam-se, nas escolas, frases do tipo “meu aluno não gosta de ler”, ou ainda, “há uma crise de leitura”, o que clama por atenção à concepção de leitura em sala de aula. Dessa forma, justifica-se investigar que concepções de leitura norteiam a formação dos professores (multiplicadores) e qual a relação dessas concepções com experiências de leitura já vivenciadas. Crê-se que só a partir do conhecimento dessas concepções e de suas relações com a experiência é que o professor pode atuar sobre as representações de leitura do acadêmico, levando-o, se necessário, a uma mudança de paradigma intelectual sobre leitura. Para a realização dessa pesquisa, optou-se como metodologia básica a pesquisa-ação, pois a mesma exige o envolvimento ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema. Como esta pesquisa está em fase exploratória, tem-se por resultados, mesmo que parciais, a manutenção da concepção de leitura restrita ao contato com a palavra escrita, o que limita, ou mesmo, desqualifica esse ato tão significativo.
Palavras-chave: leitura, multiplicadores, sentido.
[1] Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
[2] Professora do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[3] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[4] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
Célia Helena de P. Della Méa (UNIFRA)[2],
Luana Iensen Gonçalves(UNIFRA)[3]
Marta Dinarte Schutz (UNIFRA)[4]
RESUMO
Com esta pesquisa, tem-se por finalidade estudar a habilidade de leitura, referente à identificação das concepções de leitura que os alunos de letras (multiplicadores) possuem e à relação dessas concepções com as experiências de leitura desses alunos. Mantém-se como pressuposto a ideia de que a leitura não é a simples decodificação de signos e, sim, a construção de sentidos como um ato linguístico pleno de significações que começam antes do contato com o signo linguístico e vão além da leitura da palavra propriamente dita (Freire, 1986). Essa prática é que tornará o aluno apto para expressar suas ideias em diversas situações linguístico-interativas, de forma a se tornar um leitor com pleno desenvolvimento das competências discursivo-pragmáticas da linguagem. Atualmente, escutam-se, nas escolas, frases do tipo “meu aluno não gosta de ler”, ou ainda, “há uma crise de leitura”, o que clama por atenção à concepção de leitura em sala de aula. Dessa forma, justifica-se investigar que concepções de leitura norteiam a formação dos professores (multiplicadores) e qual a relação dessas concepções com experiências de leitura já vivenciadas. Crê-se que só a partir do conhecimento dessas concepções e de suas relações com a experiência é que o professor pode atuar sobre as representações de leitura do acadêmico, levando-o, se necessário, a uma mudança de paradigma intelectual sobre leitura. Para a realização dessa pesquisa, optou-se como metodologia básica a pesquisa-ação, pois a mesma exige o envolvimento ativo do pesquisador e a ação por parte das pessoas ou grupos envolvidos no problema. Como esta pesquisa está em fase exploratória, tem-se por resultados, mesmo que parciais, a manutenção da concepção de leitura restrita ao contato com a palavra escrita, o que limita, ou mesmo, desqualifica esse ato tão significativo.
Palavras-chave: leitura, multiplicadores, sentido.
[1] Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
[2] Professora do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[3] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
[4] Graduanda do curso de Letras do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Dica de Leitura
Referência: GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura na escola. In: GERALDI, João Wanderley (org.). O texto na sala de aula. 4ª Ed. São Paulo: Ática, 2006.
Resenha
O artigo Prática da leitura na escola de João Wanderley Geraldi faz parte do livro O texto na sala de aula, organizado pelo mesmo autor, no qual são discutidas algumas perspectivas sobre o ensino da leitura
Já na introdução o autor defende que o ensino de língua portuguesa deveria centrar-se em três eixos: a leitura de textos, a produção de textos e a análise linguística. Contemplando no processo de ensino aprendizagem dois objetivos interligados: a tentativa de ultrapassar a artificialidade que se cria na sala de aula quanto ao uso da linguagem e possibilitar, sem artificialidade,o domínio da língua padrão oral e escrita.
Geraldi explica que saber a língua é uma coisa, ou seja, é ter o domínio das habilidades de uso da língua em diferentes contextos de interação. E outra coisa é saber analisar a língua, ter o conhecimento de seus conceitos e metalinguagens, apresentando suas características de uso e estruturais.
O autor aponta que na prática escolar institui-se uma atividade linguística artificial, pois os papéis de locutor/interlocutor não se efetivam. Dessa forma, o aluno muitas vezes se anula, ou seja, escreve/diz o que o professor espera ler/ouvir e não a verdadeira interpretação do aluno. Para Geraldi esse falseamento da interlocução ocorre de tal modo, que “o professor e a escola ensinam; o aluno aprende (se puder)” (2006, p.89). Mostra também o quanto é fácil de evidenciar essa artificialidade na escola: os alunos não escrevem textos, apenas produzem redações; eles não lêem textos, somente fazem exercícios de interpretação e análise textual, e por último, os alunos não fazem análise linguística, aplicam a dados análises preexistentes.
Após essa análise do contexto escolar, Geraldi afirma que é preciso ultrapassarmos essa artificialidade para dinamizarmos a prática didática. E esclarece que seu objetivo nesse artigo é aprofundar-se na questão da prática de leitura.
Dessa forma, na segunda parte, A prática da leitura, Geraldi inicia conceituando a leitura, a partir de uma citação de Marisa Lajolo e concordando com a autora que a leitura não é apenas o decifrar palavras num texto. Mas sim, a partir deste atribuir-lhe significado, dar-lhe sentido e conseguir relacioná-los a outros textos significativos para cada leitor.
A partir dessa citação, o autor revela que o professor tem o compromisso de fazer com que o aluno domine a língua, já que se pode falar em leituras possíveis e em leitor maduro. Isto porque, cada leitor terá a sua construção de sentidos individual. Retoma novamente Lajolo, que define o leitor maduro como aquele que para cada nova leitura altera e desloca significados de tudo que já leu, ampliando sua compreensão dos livros, da vida e das pessoas. Então, o autor questiona como usar essa concepção de leitura na sala de aula sem simular leituras. Postula que a resposta não deve ser simples, que certamente existem várias. Em seu artigo, como está compreendendo e interpretando a linguagem em si, defende que na leitura, o diálogo do aluno acontece com o texto e não apenas com o professor, visto que a leitura deste é uma entre as possíveis e não a única.
Então, Geraldi ressalta algumas posturas diante do texto e as explica nas próximas quatro partes do artigo.
Em a leitura – busca de informações, o autor explica que sua principal característica é o objetivo do leitor, isto é, extrair do texto alguma informação. De modo que se pode orientar essa leitura de duas formas: pela busca de informações com um roteiro elaborado pelo próprio leitor ou por outra pessoa – o professor, por exemplo- (a leitura de um texto teórico) ou sem um roteiro (por exemplo, a leitura de um jornal ou revista).
Para apresentar a leitura – estudo do texto, o autor afirma que esta é mais praticada em outras disciplinas do que na língua portuguesa. Numa tentativa de mudar essa situação, o autor sugere que os alunos tenham um roteiro para estudar o texto. Divide o roteiro em quatro tópicos principais, de modo que o aluno possa especificar: a tese defendida; os argumentos apresentados em favor da tese; os contra-argumentos levantados em tese contrárias e a coerência entre tese e argumentos. Geraldi explica que esses tópicos podem ser desdobrados em outros, levando outras hipóteses, ampliando a interlocução com o texto
Em seguida, em a leitura do texto – pretexto, o autor explica que o “pretexto” envolve uma grande gama de atividades, sendo que, a leitura de um determinado texto pode ser um pretexto para outra leitura. Completa ainda, que essa atividade irá definir a interlocução que se estabelece entre texto e leitor.
Na última leitura destacada, a leitura – fruição do texto, o autor a define como leitura prazerosa. Comenta que ela é um pouco mais rara, pois, como vivemos numa sociedade capitalista, automaticamente espera-se de uma leitura um “produto”, ou, seja uma utilidade, um objetivo; deixando o simples prazer de ler de lado. Geraldi aponta também que esta leitura não se liga apenas à literária, mas também a leitura de um jornal, por exemplo. Aí tem-se a “gratuidade da informação disponível, de que poderemos ou não fazer uso” (2006, p.98).
Ao finalizar o capítulo, o autor ressalta que para se haver sucesso em um incentivo à leitura, é necessário recuperarmos três princípios básicos de nossa vivência de leitores: o caminho do leitor, o circuito do livro e que não há leitura qualitativa no leitor de um livro.
Portanto, percebe-se que o texto possui uma linguagem clara e de fácil compreensão. Assim, o autor conseguiu transmitir de uma forma objetiva que é preciso de uma interlocução entre texto e leitor, para que se possa então perceber suas possíveis leituras; ensinando ao aluno a descobrir a sua própria leitura.
Enfim, para os alunos de graduação em letras e áreas afins, que se interessam pelo ensino da leitura, o conhecimento desse artigo é de real importância para o esclarecimento da compreensão da construção de sentidos na leitura.
Resenha
O artigo Prática da leitura na escola de João Wanderley Geraldi faz parte do livro O texto na sala de aula, organizado pelo mesmo autor, no qual são discutidas algumas perspectivas sobre o ensino da leitura
Já na introdução o autor defende que o ensino de língua portuguesa deveria centrar-se em três eixos: a leitura de textos, a produção de textos e a análise linguística. Contemplando no processo de ensino aprendizagem dois objetivos interligados: a tentativa de ultrapassar a artificialidade que se cria na sala de aula quanto ao uso da linguagem e possibilitar, sem artificialidade,o domínio da língua padrão oral e escrita.
Geraldi explica que saber a língua é uma coisa, ou seja, é ter o domínio das habilidades de uso da língua em diferentes contextos de interação. E outra coisa é saber analisar a língua, ter o conhecimento de seus conceitos e metalinguagens, apresentando suas características de uso e estruturais.
O autor aponta que na prática escolar institui-se uma atividade linguística artificial, pois os papéis de locutor/interlocutor não se efetivam. Dessa forma, o aluno muitas vezes se anula, ou seja, escreve/diz o que o professor espera ler/ouvir e não a verdadeira interpretação do aluno. Para Geraldi esse falseamento da interlocução ocorre de tal modo, que “o professor e a escola ensinam; o aluno aprende (se puder)” (2006, p.89). Mostra também o quanto é fácil de evidenciar essa artificialidade na escola: os alunos não escrevem textos, apenas produzem redações; eles não lêem textos, somente fazem exercícios de interpretação e análise textual, e por último, os alunos não fazem análise linguística, aplicam a dados análises preexistentes.
Após essa análise do contexto escolar, Geraldi afirma que é preciso ultrapassarmos essa artificialidade para dinamizarmos a prática didática. E esclarece que seu objetivo nesse artigo é aprofundar-se na questão da prática de leitura.
Dessa forma, na segunda parte, A prática da leitura, Geraldi inicia conceituando a leitura, a partir de uma citação de Marisa Lajolo e concordando com a autora que a leitura não é apenas o decifrar palavras num texto. Mas sim, a partir deste atribuir-lhe significado, dar-lhe sentido e conseguir relacioná-los a outros textos significativos para cada leitor.
A partir dessa citação, o autor revela que o professor tem o compromisso de fazer com que o aluno domine a língua, já que se pode falar em leituras possíveis e em leitor maduro. Isto porque, cada leitor terá a sua construção de sentidos individual. Retoma novamente Lajolo, que define o leitor maduro como aquele que para cada nova leitura altera e desloca significados de tudo que já leu, ampliando sua compreensão dos livros, da vida e das pessoas. Então, o autor questiona como usar essa concepção de leitura na sala de aula sem simular leituras. Postula que a resposta não deve ser simples, que certamente existem várias. Em seu artigo, como está compreendendo e interpretando a linguagem em si, defende que na leitura, o diálogo do aluno acontece com o texto e não apenas com o professor, visto que a leitura deste é uma entre as possíveis e não a única.
Então, Geraldi ressalta algumas posturas diante do texto e as explica nas próximas quatro partes do artigo.
Em a leitura – busca de informações, o autor explica que sua principal característica é o objetivo do leitor, isto é, extrair do texto alguma informação. De modo que se pode orientar essa leitura de duas formas: pela busca de informações com um roteiro elaborado pelo próprio leitor ou por outra pessoa – o professor, por exemplo- (a leitura de um texto teórico) ou sem um roteiro (por exemplo, a leitura de um jornal ou revista).
Para apresentar a leitura – estudo do texto, o autor afirma que esta é mais praticada em outras disciplinas do que na língua portuguesa. Numa tentativa de mudar essa situação, o autor sugere que os alunos tenham um roteiro para estudar o texto. Divide o roteiro em quatro tópicos principais, de modo que o aluno possa especificar: a tese defendida; os argumentos apresentados em favor da tese; os contra-argumentos levantados em tese contrárias e a coerência entre tese e argumentos. Geraldi explica que esses tópicos podem ser desdobrados em outros, levando outras hipóteses, ampliando a interlocução com o texto
Em seguida, em a leitura do texto – pretexto, o autor explica que o “pretexto” envolve uma grande gama de atividades, sendo que, a leitura de um determinado texto pode ser um pretexto para outra leitura. Completa ainda, que essa atividade irá definir a interlocução que se estabelece entre texto e leitor.
Na última leitura destacada, a leitura – fruição do texto, o autor a define como leitura prazerosa. Comenta que ela é um pouco mais rara, pois, como vivemos numa sociedade capitalista, automaticamente espera-se de uma leitura um “produto”, ou, seja uma utilidade, um objetivo; deixando o simples prazer de ler de lado. Geraldi aponta também que esta leitura não se liga apenas à literária, mas também a leitura de um jornal, por exemplo. Aí tem-se a “gratuidade da informação disponível, de que poderemos ou não fazer uso” (2006, p.98).
Ao finalizar o capítulo, o autor ressalta que para se haver sucesso em um incentivo à leitura, é necessário recuperarmos três princípios básicos de nossa vivência de leitores: o caminho do leitor, o circuito do livro e que não há leitura qualitativa no leitor de um livro.
Portanto, percebe-se que o texto possui uma linguagem clara e de fácil compreensão. Assim, o autor conseguiu transmitir de uma forma objetiva que é preciso de uma interlocução entre texto e leitor, para que se possa então perceber suas possíveis leituras; ensinando ao aluno a descobrir a sua própria leitura.
Enfim, para os alunos de graduação em letras e áreas afins, que se interessam pelo ensino da leitura, o conhecimento desse artigo é de real importância para o esclarecimento da compreensão da construção de sentidos na leitura.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
X SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LETRAS - UNIFRA
INLETRAS - X SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM LETRAS
Local: Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA/RS)
Conjunto III – Rua Silva Jardim, 1175
Início das Inscrições: 15/05/2010
Com o apoio das Pró-Reitorias de Administração, de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, os professores e alunos do Curso de Letras, do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), em suas respectivas linhas e grupos de pesquisa, envolvidos com temas que dizem respeito à linguagem em suas múltiplas interfaces, promovem o X Seminário Internacional em Letras – Linguagens: interfaces e deslocamentos.
Quer-se, com o evento, propiciar à comunidade acadêmica, aos profissionais e aos estudantes de Letras e áreas afins a oportunidade de discutir, de forma abrangente e crítica, questões atuais concernentes aos estudos lingüísticos e literários, tanto em termos teóricos quanto aos relacionados às práticas de ensino.
Tema:
O evento envolverá a temática geral das Linguagens: interfaces e deslocamentos, de acordo com três áreas de abordagem:
- Estudos Linguísticos
- Estudos Literários
- Formação e prática docente
Público-alvo:
Convidamos os(as) colegas professores(as)/pesquisadores(as), estudantes de Graduação e de Pós-Graduação, em Letras e áreas afins, a apresentarem propostas de trabalhos que contribuam para o debate sobre a temática geral do evento.
*Programação sujeita a alterações (considerando-se a possibilidade de imprevistos).
Programa do Seminário*
21/09/10 (Terça-feira)
17h – Credenciamento
18h – Abertura cultural
18h30min – Abertura oficial solene
19h – CONFERÊNCIA de abertura: Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
20h – Debates/Debatedoras: Profa. Dra. Célia Helena de Pelegrini Della Méa (UNIFRA) e Prof. Ms. Marcus de Martini (UNIFRA)
20h30min – Intervalo
21h – Lançamento da Revista Novas Letras – Profa. Dra. Silvia Niederauer (UNIFRA)
22/09/10 (Quarta-feira)
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12min –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
OFICINA: 14h/17h – Literatura infanto-juvenil, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIA
18h – Momento Cultural (a confirmar)
18h30min – Profa. Ms. Vivian Magalhães (teacher trainner – Professor Autônomo)
19h30min – Debates/Debatedoras: Profa. Ms. Adriana Maciel (UNIFRA) e Profa. Ms. Gabriela Quatrin Marzari (UNIFRA).
20h15min – Intervalo
20h30min – Mesa-redonda Literatura.
Participantes:
OBS.: As mesas-redondas ainda não têm temática nem participantes definidos, pois serão organizadas pelos Grupos de Pesquisa do Curso de Letras da UNIFRA.
23/09/10 (Quinta-feira)
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12h –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
WORKSHOP: MINISTRADO EM LÍNGUA INGLESA
- 9h/11h - Profa. Ms. Vivian Magalhães
- 14h30min/16h30min – Profa. Ms. Vivian Magalhães
OFICINA: 14h/17h – Literatura infanto-juvenil, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIAS
18h30min – Escritor Ignacio Martinez – palestra intermediária;
19h45min – Debates/Debatedores: Profa. Dra. Silvia Niederauer (UNIFRA) e Prof. Ms. Rodrigo Jappe (UNIFRA)
20h15min – Intervalo
20h30min – Mesa-redonda Linguística
Participantes:
OBS.: As mesas-redondas ainda não têm temática nem participantes definidos, pois serão organizadas pelos Grupos de Pesquisa do Curso de Letras da UNIFRA.
24/09/10
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12h –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
- 16h30min/17h30min – Contação de história, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIA
18h – Atividade cultural (a confirmar)
18h30min – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio – Instituto de Artes e Humanidades, Porto Alegre, RS)
19h45min – Debates/Debatedoras: Profa. Dra. Inara Rodrigues (UNIFRA) e Prof. Ms. Carlos Alberto Badke (UNIFRA)
20h15min – Encerramento – atividades culturais – Divulgação dos vencedores do Concurso Literário Prado Veppo.
20h30min – Coquetel de encerramento
MODALIDADES DE PARTICIPAÇÃO COM PUBLICAÇÃO:
Período de inscrições: 15/05/2010 a 21/09/2010
envio de trabalhos: até a 17/08/2010
Obs.: os trabalhos serão recebidos somente após o pagamento do boleto bancário. O número de trabalhos é limitado a apenas um por autor. O prazo para envio de trabalhos não será prorrogado.
Comunicações individuais: exposição oral de trabalhos (15 minutos) e debate (5 minutos). Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
Comunicações coordenadas: exposição oral de trabalhos (15 minutos) e debate (ao final da seção). Até cinco apresentadores de diferentes instituições de ensino (não poderá haver mesa coordenada com todos os apresentadores pertencentes a mesma IES). Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
Relatos de experiências: exposição oral de trabalhos (10 minutos) e debate (5 minutos). Destinado a professores e alunos de graduação que queiram compartilhar fatos e/ou atividades resultantes de sua experiência profissional. Espaço também destinado para apresentação da experiência com Estágio Curricular Supervisionado. Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
*A inscrição só será efetivada mediante pagamento do boleto bancário. Se, depois de realizada a inscrição, o participante não efetuar o pagamento (que tem o vencimento programado para um dia após a data de inscrição já efetuada), deverá cancelar a inscrição e efetuá-la novamente. Não haverá devolução da taxa de inscrição já recolhida, bem como não será feita reserva de vagas nem transferência de inscrição de uma pessoa para outra.
** Poderão ser realizadas inscrições apenas para os cursos.
Prazo de inscrições: 15/05/2010 a 21/09/2010
Período de envio de trabalhos: até 17/08/2010
Divulgação dos trabalhos aprovados: 05/09/2010
A inscrição no seminário dá direito a: recebimento de material (pastas, com bloco de anotações, caneta e programação completa); certificados de apresentação de trabalhos e participação nas conferências, mesas-redondas, sessões de comunicação, workshop. As inscrições nos cursos darão direito a atestados de participação com carga-horária correspondente e materiais disponibilizados pelos ministrantes.
Observações:
- o número de trabalhos é limitado a apenas um por apresentador;
- será entregue um CD dos Anais e será emitido apenas um certificado por trabalho, no qual constará os nomes de todos os autores e do apresentador.
Normas para submissão de trabalhos: www.unifra.br/eventos/inletras2010
INSCRIÇÕES somente pelo site www.unifra.br/eventos/inletras2010
Local: Centro Universitário Franciscano de Santa Maria (UNIFRA/RS)
Conjunto III – Rua Silva Jardim, 1175
Início das Inscrições: 15/05/2010
Com o apoio das Pró-Reitorias de Administração, de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, os professores e alunos do Curso de Letras, do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), em suas respectivas linhas e grupos de pesquisa, envolvidos com temas que dizem respeito à linguagem em suas múltiplas interfaces, promovem o X Seminário Internacional em Letras – Linguagens: interfaces e deslocamentos.
Quer-se, com o evento, propiciar à comunidade acadêmica, aos profissionais e aos estudantes de Letras e áreas afins a oportunidade de discutir, de forma abrangente e crítica, questões atuais concernentes aos estudos lingüísticos e literários, tanto em termos teóricos quanto aos relacionados às práticas de ensino.
Tema:
O evento envolverá a temática geral das Linguagens: interfaces e deslocamentos, de acordo com três áreas de abordagem:
- Estudos Linguísticos
- Estudos Literários
- Formação e prática docente
Público-alvo:
Convidamos os(as) colegas professores(as)/pesquisadores(as), estudantes de Graduação e de Pós-Graduação, em Letras e áreas afins, a apresentarem propostas de trabalhos que contribuam para o debate sobre a temática geral do evento.
*Programação sujeita a alterações (considerando-se a possibilidade de imprevistos).
Programa do Seminário*
21/09/10 (Terça-feira)
17h – Credenciamento
18h – Abertura cultural
18h30min – Abertura oficial solene
19h – CONFERÊNCIA de abertura: Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
20h – Debates/Debatedoras: Profa. Dra. Célia Helena de Pelegrini Della Méa (UNIFRA) e Prof. Ms. Marcus de Martini (UNIFRA)
20h30min – Intervalo
21h – Lançamento da Revista Novas Letras – Profa. Dra. Silvia Niederauer (UNIFRA)
22/09/10 (Quarta-feira)
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12min –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
OFICINA: 14h/17h – Literatura infanto-juvenil, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIA
18h – Momento Cultural (a confirmar)
18h30min – Profa. Ms. Vivian Magalhães (teacher trainner – Professor Autônomo)
19h30min – Debates/Debatedoras: Profa. Ms. Adriana Maciel (UNIFRA) e Profa. Ms. Gabriela Quatrin Marzari (UNIFRA).
20h15min – Intervalo
20h30min – Mesa-redonda Literatura.
Participantes:
OBS.: As mesas-redondas ainda não têm temática nem participantes definidos, pois serão organizadas pelos Grupos de Pesquisa do Curso de Letras da UNIFRA.
23/09/10 (Quinta-feira)
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12h –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
WORKSHOP: MINISTRADO EM LÍNGUA INGLESA
- 9h/11h - Profa. Ms. Vivian Magalhães
- 14h30min/16h30min – Profa. Ms. Vivian Magalhães
OFICINA: 14h/17h – Literatura infanto-juvenil, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIAS
18h30min – Escritor Ignacio Martinez – palestra intermediária;
19h45min – Debates/Debatedores: Profa. Dra. Silvia Niederauer (UNIFRA) e Prof. Ms. Rodrigo Jappe (UNIFRA)
20h15min – Intervalo
20h30min – Mesa-redonda Linguística
Participantes:
OBS.: As mesas-redondas ainda não têm temática nem participantes definidos, pois serão organizadas pelos Grupos de Pesquisa do Curso de Letras da UNIFRA.
24/09/10
COMUNICAÇÕES - 8h30min/12h –14h/17h30min
CURSOS DE ATUALIZAÇÃO:
- 8h30min/12h – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio)
- 14h/17h30min – Profa. Dra. Anna Christina Bentes (UNICAMP)
- 16h30min/17h30min – Contação de história, com o escritor Ignacio Martinez
CONFERÊNCIA
18h – Atividade cultural (a confirmar)
18h30min – Prof. Ms. Roberto Valfredo Pimentel (StudioClio – Instituto de Artes e Humanidades, Porto Alegre, RS)
19h45min – Debates/Debatedoras: Profa. Dra. Inara Rodrigues (UNIFRA) e Prof. Ms. Carlos Alberto Badke (UNIFRA)
20h15min – Encerramento – atividades culturais – Divulgação dos vencedores do Concurso Literário Prado Veppo.
20h30min – Coquetel de encerramento
MODALIDADES DE PARTICIPAÇÃO COM PUBLICAÇÃO:
Período de inscrições: 15/05/2010 a 21/09/2010
envio de trabalhos: até a 17/08/2010
Obs.: os trabalhos serão recebidos somente após o pagamento do boleto bancário. O número de trabalhos é limitado a apenas um por autor. O prazo para envio de trabalhos não será prorrogado.
Comunicações individuais: exposição oral de trabalhos (15 minutos) e debate (5 minutos). Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
Comunicações coordenadas: exposição oral de trabalhos (15 minutos) e debate (ao final da seção). Até cinco apresentadores de diferentes instituições de ensino (não poderá haver mesa coordenada com todos os apresentadores pertencentes a mesma IES). Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
Relatos de experiências: exposição oral de trabalhos (10 minutos) e debate (5 minutos). Destinado a professores e alunos de graduação que queiram compartilhar fatos e/ou atividades resultantes de sua experiência profissional. Espaço também destinado para apresentação da experiência com Estágio Curricular Supervisionado. Poderão ser enviados resumos e/ou textos em versão integral, de acordo com as normas informadas abaixo.
*A inscrição só será efetivada mediante pagamento do boleto bancário. Se, depois de realizada a inscrição, o participante não efetuar o pagamento (que tem o vencimento programado para um dia após a data de inscrição já efetuada), deverá cancelar a inscrição e efetuá-la novamente. Não haverá devolução da taxa de inscrição já recolhida, bem como não será feita reserva de vagas nem transferência de inscrição de uma pessoa para outra.
** Poderão ser realizadas inscrições apenas para os cursos.
Prazo de inscrições: 15/05/2010 a 21/09/2010
Período de envio de trabalhos: até 17/08/2010
Divulgação dos trabalhos aprovados: 05/09/2010
A inscrição no seminário dá direito a: recebimento de material (pastas, com bloco de anotações, caneta e programação completa); certificados de apresentação de trabalhos e participação nas conferências, mesas-redondas, sessões de comunicação, workshop. As inscrições nos cursos darão direito a atestados de participação com carga-horária correspondente e materiais disponibilizados pelos ministrantes.
Observações:
- o número de trabalhos é limitado a apenas um por apresentador;
- será entregue um CD dos Anais e será emitido apenas um certificado por trabalho, no qual constará os nomes de todos os autores e do apresentador.
Normas para submissão de trabalhos: www.unifra.br/eventos/inletras2010
INSCRIÇÕES somente pelo site www.unifra.br/eventos/inletras2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Sarau 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
No ritmo do Sarau Literário
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza
e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Bagagem, 1976).
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza
e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Bagagem, 1976).
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