sábado, 3 de agosto de 2013

Enem aí com a educação!

O Ministério da Educação publicou em 7 de junho que a edição de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá 7.173.574 participantes. Em 15 anos de concurso, esse é um número recorde.
A frustação desse recorde é que o Enem já virou uma novela, a cada capítulo que passa, os problemas se diversificam e mostram que a ideia de se universalizar o método de entrada no Ensino Superior por meio de uma prova única está se tornando um verdadeiro desastre.
Os problemas já variavam de furto ou vazamento de provas/dados a erros de impressão. Na última edição, a novidade foi que a falha só apareceu na mídia após a realização da prova, inclusive, de os candidatos terem usado a nota para ingressar em universidades: falhas na correção da redação. Textos obtiveram nota máxima (10) contendo erros grotescos como: rasoável, enchergar, trousse, entre outros.
Falhas dessa magnitude e anuais revelam fragilidades em um concurso que propõe oportunizar o acesso ao nível superior em nível nacional. É vergonhoso como a educação brasileira está sendo tratada. Além da falta de investimentos, qualificação docente, vagas, há um desrespeito com professores que investem num ensino de qualidade e com aqueles que se preparam para essa prova e acabam perdendo uma vaga para alguém que escreveu uma receita de macarrão instantâneo na redação.

O governo finge que arruma a sala de aula e os estudantes fingem que acreditam. Quando o Enem se tornará uma avaliação válida para o conhecimento e educação? Vale a pena o desgaste físico e emocional de realizar 90 questões e escrever um texto em cinco horas para depois essa nota não ser aproveitada pelo vestibular da UFSM?

Luana Iensen

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