O Ministério da Educação publicou em 7 de junho que a edição
de 2013 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
terá 7.173.574 participantes. Em 15 anos de concurso, esse é um número recorde.
A
frustação desse recorde é que o Enem já virou uma novela, a cada capítulo que passa, os problemas se diversificam e mostram que a ideia de se universalizar o método de entrada no Ensino Superior por meio de uma
prova única está se tornando um verdadeiro desastre.
Os
problemas já variavam de furto ou vazamento de provas/dados a erros de
impressão. Na última edição, a novidade foi que a falha só apareceu na mídia
após a realização da prova, inclusive, de os candidatos terem usado a nota para
ingressar em universidades: falhas na correção da redação. Textos obtiveram nota
máxima (10) contendo erros grotescos como: rasoável, enchergar, trousse, entre
outros.
Falhas
dessa magnitude e anuais revelam fragilidades em um concurso que propõe
oportunizar o acesso ao nível superior em nível nacional. É vergonhoso como a
educação brasileira está sendo tratada. Além da falta de investimentos,
qualificação docente, vagas, há um desrespeito com professores que investem num
ensino de qualidade e com aqueles que se preparam para essa prova e acabam
perdendo uma vaga para alguém que escreveu uma receita de macarrão instantâneo
na redação.
O governo
finge que arruma a sala de aula e os estudantes fingem que acreditam. Quando o
Enem se tornará uma avaliação válida para o conhecimento e educação? Vale a pena
o desgaste físico e emocional de realizar 90 questões e escrever um texto em
cinco horas para depois essa nota não ser aproveitada pelo vestibular da UFSM?
Luana Iensen
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