O caos do
trânsito
Todo
início de semestre é a mesma história. Já virou até clichê, mas ninguém faz
nada para resolver. A Praça Saturnino de Brito, numa região central da cidade,
fica superpovoada de bixos, futuros universitários, que apenas querem comemorar
sua vaga. O problema é justamente a combinação: superpopulação + bebida + som
alto = desrespeito ao sossego público e ao trânsito.
A
festa é linda, uma verdadeira comunhão entre diferentes cursos e até centros de
ensino. Infelizmente, como toda festa, há os exagerados. Bebem e acontecem. As
ruas são trancadas e tomadas pelos bixos. O engraçado é que para esse “momento”
há policiamento “cuidando” os bixos para os motoristas não ultrapassarem, mas em
ruas escuras, bairros desprotegidos ou até mesmo durante o dia no centro pouco policiamento
se vê. Nem guarda municipal, aliás, que pouco faz mesmo.
A
segunda situação engraçada é que esses bixos são convocados para trotes
solidários, mas ainda não vi um curso propor que os “festeiros” voltem ao
amanhecer para limpar a praça. Afinal, o local é público e eu, como tantas
outras pessoas, não sou obrigada a ir ao trabalho com a fragrância “Cerveja com
xixi”. Limpar a sujeira que fez seria um exemplo de cidadania e solidariedade. Até, imagine a festa na casa de um desses estudantes: iriam querer suas salas e varandas e imundas e fedidas???
Somos a cidade cultura e a cidade
universitária, mas faltam ambientes adequados para a cultura e para as festas
universitárias. Adoro festas, não sou contra elas, mas acredito é preciso um
espaço específico para isso, ou pelo menos, uma revitalização da praça com
melhor iluminação e banheiros um horário máximo para esses encontros. Afinal,
se eles fazem festa, outros precisam estudar, trabalhar e dormir. Isso é
respeitar o outro e o público.
Luana Iensen Gonçalves
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