Amante
Quem
diria! Uma simples frase de apresentação causou alvoroço hoje na sala de aula.
Desde que eu me conheço por professora, uso a seguinte frase de apresentação nas
minhas apostilas: “Casada com a linguística e amante da literatura”. Explico: o
casamento foi entrelaçado com a linguística pelo gosto de pesquisar e estudar o
português. A relação com a literatura, mesmo com estudos da faculdade, sempre
foi muito mais por fruição, ou seja, prazer de ler. Por isso, a vontade intensa
de transformar os encontros literários escolar em algo que proporcione
afinidade dos alunos com a leitura literária.
Ser
amante é amar alguém ou algo. Nesse caso, a leitura literária. Aqueles olhares
curiosos risonhos fizeram-me procurar os cadernos de pragmática e relembrar a
origem da palavra a mante: “amante vem do latim AMANS, ‘aquele que ama’, de
AMARE, ‘amar’, que vem de AMOR, ‘amor’”.
Ou
seja, o significado original é simples e amoroso, sinônimo de amor. Nada a ver
com traição. No entanto, como a língua é um “ser” vivo, ao longo do tempo,
algumas palavras ganham novos significados, conforme o contexto usado. Por
isso, em alguma época da história, a palavra amante foi relacionada àquela
pessoa que mantém relações amorosas ilícitas.
Quer
saber? Eu sou mais do amante como aquele que amar. Já que as palavras podem
transformar-se conotativamente, eu fico com essa relação: amante = amor. E
você?
Luana Iensen Gonçalves
Interessante a abordagem sobre o tema. Obrigada por compartilhar esse experiência conosco!
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