domingo, 31 de agosto de 2014

Amantes

Da noite calada
Ao som do furacão.
Quando seus olhares se cruzaram,
Uma chama acendeu.
Apenas nesse cruzamento
Eram capazes de amarem-se
Sem sequer se tocarem.
Era uma efervescência,
Um vulcão em irrupção,
O encontro de seus corpos.
Impossível a noite continuar calada.
Não poderiam ser amores,
Era carnal o envolvimento,
Não emocional.
Em quatro paredes,

Enfim, escravos amantes.

Luana Iensen Gonçalves

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