Aquela
tarde maravilhosa, sol, calor... Porém o tempo é um ser que se governa. As nuvens
aparecem rapidamente, os pingos começam, todos correm para se proteger. (Mas é engraçado:
sair da piscina para não se molhar na chuva...).
Todos,
exceto eu. Que sensação de plenitude fechar os olhos, abrir os braços e sentir
aqueles pingos gelados cada vez mais fortes. Pode parecer clichê, mas sim, é
aquele banho de lavar a alma, de descarregar a energia negativa do mundo. Por
alguns segundos, é como estar em outro plano.
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Como
digo, mais do que uma religião em si, o que reina em mim é a espiritualidade. E
estar em contato com a natureza é uma das formas mais sinceras da
espiritualidade, de estar em paz, de estar com uma luz superior, de colocar os
pensamentos no lugar, de deixar as tristezas irem embora. Por isso gosto de
abraçar uma árvore, pisar na grama, brincar com pedras, tomar um banho de
chuva.
A
chuva durou só uns 15 minutos, mas foi mais relaxante que a piscina. Foi um
tempo de conexão com a natureza. Necessário e no tempo certo. No tempo de
mudanças, no tempo de reflexão, no tempo dos céus.
Meu
desejo é de mais liberdade para vocês: chega de censura adulta – curtir a chuva
ou ter medo do resfriado? A escolha é sua.
Luana Iensen
Gonçalves
Professora e
jornalista
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