domingo, 10 de dezembro de 2017

De lavar a alma

Aquela tarde maravilhosa, sol, calor... Porém o tempo é um ser que se governa. As nuvens aparecem rapidamente, os pingos começam, todos correm para se proteger. (Mas é engraçado: sair da piscina para não se molhar na chuva...).
Todos, exceto eu. Que sensação de plenitude fechar os olhos, abrir os braços e sentir aqueles pingos gelados cada vez mais fortes. Pode parecer clichê, mas sim, é aquele banho de lavar a alma, de descarregar a energia negativa do mundo. Por alguns segundos, é como estar em outro plano.
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Como digo, mais do que uma religião em si, o que reina em mim é a espiritualidade. E estar em contato com a natureza é uma das formas mais sinceras da espiritualidade, de estar em paz, de estar com uma luz superior, de colocar os pensamentos no lugar, de deixar as tristezas irem embora. Por isso gosto de abraçar uma árvore, pisar na grama, brincar com pedras, tomar um banho de chuva.
A chuva durou só uns 15 minutos, mas foi mais relaxante que a piscina. Foi um tempo de conexão com a natureza. Necessário e no tempo certo. No tempo de mudanças, no tempo de reflexão, no tempo dos céus.
Meu desejo é de mais liberdade para vocês: chega de censura adulta – curtir a chuva ou ter medo do resfriado? A escolha é sua.

Luana Iensen Gonçalves
Professora e jornalista


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