O futebol é muito mais que um esporte. No
campo das pesquisas ele pode ser abordado por diferentes ângulos: educação
física, história, sociologia, literatura, linguagem, jornalismo etc. Com o
propósito de ampliar os horizontes culturais do futebol, e incentivar a leitura
desse tema, a OPs! comunicação em parceira ao Projeto Acervo de Futebol (PAC)
promoveram o Projeto Livro Livre da noite de 04 de maio: Gre-nal Literário: um
clássico no campo das letras.
Para desenvolver a conversa, os convidados
foram os jornalistas Kenny Braga, colorado, do programa da Rádio Gaúcha Sala de
Redação, e Marcelo Ferla, gremista, com a mediação do escritor Antônio Cândido.
E as torcidas compareceram, contabilizando um ótimo público que aproveitou esse
momento cultural.
Como o título da conversa previa, Grenal
Literário, Kenny Braga comentou sobre a pouca público de romances com o tema
futebol, pois o que se tem são, principalmente, livros de crônicas. O
jornalista afirmou que o espaço para debate em uma feira do livro é lugar
adequado para se discutir literatura e usar a temática futebol para iniciar a
leitura com crianças. Ainda, foi categórico: “a feira do livro é um templo
sagrado da inteligência”.
Marcelo Ferla aproveitou a fala de Kenny e
comentou sobre o prazer que é trabalhar com jornalismo e escrever sobre
futebol, principalmente quando sobre seu time do coração. Ambos os jornalistas
concordaram em como é dificultoso, no Rio Grande do Sul, realizar em pesquisas
sobre futebol, as fontes são poucas e muitas vezes há informações equivocadas
em revistas e sites. No entanto, estão entusiasmados com o aumento de
publicações nos últimos anos de livros com pesquisas históricas, sociólogas,
jornalísticas a respeito do futebol, de ídolos e de clubes.
“O bom de escrever sobre futebol é que ele é
dinâmico, não programado, como o cotidiano de nossas vidas” afirmou Ferla como
um convite ao público que estava na feria. O gremista explicou não se
considerar escritor, apenas jornalista, pois seus livros são com base em
pesquisas jornalísticas e ainda deixou um lembrete aos jovens que ali estavam,
“para ser jornalista é preciso desconfiar de tudo, pesquisar, investigar”.
Como não poderia deixar de faltar, após o
público começar a fazer suas perguntas e comentários, a questão grenal entrou
em pauta, com brincadeiras típicas de gremistas e colorados.
O bom papo da noite pode ser lembrado pela
constatação de Ferla: “No futebol nem sempre é possível vencer, mas na leitura
sempre se ganha”.
Marcelo Ferla e Kenny Braga durante o bate-papo
Após o bate-papo, os jornalistas atenderam o público. Os leitores aproveitaram para tirar fotos e pedir autógrafos.
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