Há
pessoas no mundo que são como vulcões. Elas são fortes por fora, suportam
muitas dores (físicas e verbais), enfrentam problemas, seguram “a barra” por
muitos. Mas, por dentro têm um coração pulsante, têm sentimentos, também
choram, aguentam tanto que um dia algum sentimento explode e atinge muitos ao
seu redor.
Geralmente
as pessoas resilientes são mais resistentes às erupções que acontecem ao longo da vida. Muitas situações
fazem com deixemos nossa cratera pessoal tampada e acabamos por culpar as
condições do momento presente. Mas, a efervescência continua ali, intacta,
preparada, explosiva; justamente porque
a vida é intensa como as ondas do mar e avassaladora como as larvas vulcânicas.
Talvez,
guardar tanto sentimento e demonstrar tanta força por fora, seja um dos motivos
que pode levar a tanto estresse. Assim, de repente, um impulso vulcânico nos
faz sair do eixo natural e então nos questionamos sobre o atual trabalho,
relacionamento, escolhas... e começamos o ciclo vital outra vez.
Uma
erupção vulcânica quase sempre é comparada à destruição, porém, no caso das
pessoas, pode significar o renascimento das cinzas. Dizer um não, viver um
amor, fazer uma própria escolha, demonstrar seus sentimentos, suas escolhas
(religiosas, sexuais, ideológicas) pode ser a erupção que alguém precisa para
ser quem sempre desejou ser. Isso evidencia a importância do nosso
autoconhecimento, da nossa autorrealização e autoaceitação.
Luana Iensen
Gonçalves
Professora e
Jornalista.
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