For
fora, há sempre aquele sorriso estampado no rosto. A gentileza não a deixa,
mesmo com percalços no caminho, ela não desconta seus anseios nos outros. A
força de ânimo está sempre presente em sua áurea.
Porém,
por dentro, sua alma chora, grita, esperneia como uma criança abandonada.
Fraquejar frente aos obstáculos ou à oposição? Não! A sociedade não permite que
a moça seja transparente consigo mesma, que demonstre suas fraquezas.
Essa
mulher é uma fortaleza: robusta e sólida! Segura “as pontas” de todos, aguenta
firma, transmite força de ânimo a todos ao seu redor. Ela escuta (e absorve) os
problemas do filho, do companheiro, dos amigos, da família, do trabalho, da
faculdade, até do personagem do livro literário. Quando sobra tempo, ela
respira pelos seus próprios. Às vezes, arrebenta-se por dentro, feito ondas de
um mar em fúria em noite de tempestade.
Tão
forte quanto uma fortaleza, tão suave quanto à brisa do vento. É dessa forma
que deixa sorrisos pelo caminho que passa, ao mesmo tempo em que lágrimas
choram por dentro. Ela não desiste, persiste, pois sabe que a felicidade está
no trajeto e não no fim do caminho. Ao dividir o sorriso com o outro, ela conforta
seus sentimentos, sabe que alguém também vai sorrir a ela durante a caminhada
e, quem sabe, até oferecer um abraço.
Luana Iensen Gonçalves
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