quarta-feira, 9 de maio de 2018

No meio do caminho, tinha a ansiedade.


Desde a revolução industrial, a tecnologia tem evoluído e transformado a rotina da população mundial. Apesar dos benefícios, viver entre tantas tecnologias e a ideia de “não tenho tempo” têm afetado o psicológico de muitas pessoas. O resultado? O aumento de casos de ansiedade no Brasil (58% da população consoante dados da ONU). Entre as causas, observam-se a sociedade da velocidade e a prática do bullying.
Cada vez mais, e desde mais cedo, as pessoas têm realizado tarefas de modo interrupto já na infância e na adolescência; os jovens estudam, fazem cursos extras e atividades físicas, são quase visitas em casa. Quando adultos, trabalho, estudo, atividades extras e do lar. Segundo pesquisas, cerca de 30% dos brasileiros adultos vivem em estado de esgotamento psicológico. Essa condição de canseira faz com as pessoas fiquem ansiosas, preocupadas pelo próximo domingo, pelas férias, e quando o momento chega não aproveitam.
Além do fato de permanecerem “atrás do tempo”, muitos indivíduos têm sofrido cada vez mais bullying, seja no espaço escolar como no profissional. Conforme relatório ONU, 43% dos jovens já sofreram bullying. Já no âmbito empresarial, nos últimos anos, houve um aumento de 32% de denúncias (dados do Ministério Público do Trabalho). O resultado é que essa parte da população fica propensa à ansiedade. Tais vítimas de agressões físicas ou psicológicas nem sempre sabem a quem recorrem e ficam doentes.
A partir do exposto, percebe-se que o viver em velocidade e a prática do bullying são causas do aumento de casos de ansiedade entre os brasileiros. Para amenizar tal problema, é interessante que empresas disponibilizem atividades de relaxamento para seus funcionários durante os intervalos e que instituições educacionais intensifiquem campanhas contra o ato do bullying, evidenciando as consequências para os agressores e para os agredidos.

Luana Iensen

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