No presente trabalho, era necessário escolher um objeto de estudo
presente no meu caminho ordinário que não tivesse percebido ou não prestasse atenção.
Bem, o meu objeto escolhido foi a Biblioteca
Pública Municipal Henrique Bastide. É evidente que eu conhecia o lugar
pesquisado, mas minha motivação em selecioná-lo foi por que muitas pessoas
esperam o ônibus na parada da biblioteca e não têm ideia do que fosse aquele
prédio.
Frente da Biblioteca Pública Municipal de SM
Histórico e informações da Biblioteca:
A Biblioteca Pública Municipal
Henrique Bastide foi criada em 1938. Atendeu primeiramente na Rua do
Acampamento, no prédio que pertencia a Sociedade Italiana. Meses depois, passou
a funcionar no prédio do atual Theatro Treze de Maio, apenas em 1992 foi para a
edificação que fica na Av. Presidente Vargas. A Biblioteca passou a se chamar
Henrique Bastide pela Lei Municipal nº 511, a partir de 24 de setembro de 1956,
em homenagem a seu idealizador e primeiro diretor.
O principal objetivo da
Biblioteca desde sua criação é incentivar a leitura e oportunizar o crescimento
cultural à população. Para isso, está à disposição da comunidade e oferece a
pesquisa local, onde o leitor retira no balcão o livro solicitado e o ocupa no
espaço da Biblioteca, também a possibilidade de ser um associado, podendo
retirar o livro e levá-lo para casa.
Hoje, a Biblioteca atende leitores
de todas as faixas etárias com um acervo que abriga livros infantis e adultos,
oferecendo uma leitura formativa e de lazer. A quem prefira um roteiro
informativo, também está à disposição periódicos como, Zero Hora, Diário de
Santa Maria e A Razão e revistas, como Veja, Semana, Saúde, Super Interessante
e Mundo Estranho. Segundo Rosângela Rechia dos Santos, são retirados de 40 a 50
livros por dia pelo empréstimo. Sendo as pessoas que retiram esses livros o
maior público da Biblioteca; depois os grupos de estudos nas salas; os leitores
de periódicos e as pessoas que acessam a lan
house disponível gratuitamente na entrada da instituição.
Apesar de ter muitas escolas aos
arredores da Biblioteca, Rosângela afirma que as escolas fazem visitas com os
alunos do ensino fundamental para a contação de histórias. Alunos do ensino
médio apenas retiram as leituras obrigatórias do vestibular, não há procura por
atividades específicas. Por não ter uma equipe de trabalho, ela conta que as
atividades culturais não estão sempre disponíveis, só acontecem com agendo
prévio das escolas.
Atividades Culturais desenvolvidas pela Biblioteca: Lançamento
de Livros; Hora do Conto; Projeto Baú do Livro; Baú infantil, Baú do
Vestibular, Baú dos 150 anos do Município (O Baú visita escolas e permanece por
15 dias (com agendamento prévio)); Dia do Livro Infantil; Dia Internacional do
Livro; Feira do Livro Usado; Dia do escritor; Concurso Literário Felippe
D'Oliveira; Palestras e Saraus Literários; Visita de Escolas na Biblioteca.
Além de ser um local de leitura e
pesquisa, o espaço disponibiliza salas temáticas como, a Sala Verde, com acervo
sobre meio ambiente, a Sala do Escritor Santa-Mariense, onde se pode encontrar
livros de escritores locais, Sala da Literatura Infantil e Sala da Academia
Santa-Mariense de Letras. Ainda, Rosangela explica que a Oficina de Inclusão
Digital para a terceira idade é a atividade que sempre está em funcionamento.
Essa conta com a parceria do Bradesco e um estagiário (pelo CIEE) para ensinar
computação para os idosos.
Em outubro deste ano, 2013, a
Biblioteca completa 75 anos. Uma semana especial com atividades culturais foi
preparada: * exposição de livros antigos em parceria com o Rotary Club que completou
80 anos; * a Casa do Poeta promoveu o Livro na Mão; * o Literatura em Cena,
teatro das obras do vestibular pelo Fóton Vestibular; * um debate com
ex-patronos da Feira do Livro de Santa Maria; * contação de histórias com o
grupo Vô Venâncio.
Entrevistas:
Entrevista A
As cinco
pessoas entrevistadas abaixo estavam na parada de ônibus na Avenida Presidente
Vargas próximo da Biblioteca ou nos bancos em frente à Biblioteca.
Nome
|
Idade
|
Ocupação
|
Descrição
do Objeto
|
Marcelo Costa
|
14
|
estudante
|
Ele
achava ser a Biblioteca, depois de eu confirmar a informação ele explicou que
nunca a visitou. Só sabia por que o irmão o avisou que precisa descer na para
da Biblioteca.
|
Gabriel
Marconato de Campos
|
14
|
estudante
|
Ele
achava ser a Biblioteca, depois de eu confirmar a informação ele explicou que
nunca a visitou.
|
Isadora
Bello
|
14
|
estudante
|
Não
tinha ideia do era o prédio. Ficou surpresa quando revelei ser a Biblioteca
|
Kelli
Prado
|
14
|
estudante
|
A
única que respondeu direto que sabia ser a biblioteca. Porém nunca a visitou.
Tinha certeza porque uma vez perdeu o ônibus (de noite) e foi ao redor ler as
placas.
|
Laura
Houch
|
13
|
estudante
|
Respondeu
que não sabia.
|
A
maioria dos estudantes fizeram uma expressão de espanto quando contei que o
prédio era a Biblioteca e que este ano completará 75 anos.
Entrevista
B
Para as próximas
cinco pessoas eu mostrei a fotografia do objeto,, após duas respostas
entrevistas abaixo estavam na parada de ônibus na Avenida Presidente Vargas
próximo da Biblioteca ou nos bancos em frente à Biblioteca.
Nome
|
Idade
|
Ocupação
|
Descrição
do Objeto
|
Natiele Moreira
|
29
|
doméstica
|
Respondeu
minha pergunta com uma pergunta: é aquele prédio onde se retira livros? Após
eu dizer que sim, que se chamava Biblioteca e que fará 75 anos, ela
espantou-se.
|
Lázaro
Cardozo Pereira
|
23
|
Advogado
|
Tinha
certeza que era a biblioteca. Inclusive é sócio.
|
Douglas
Ribeiro Machado
|
15
|
Estudante
|
Não
conhece. Ficou surpreso. Disse ainda que pouco passa por ali, pois mora no
itararé.
|
Ana
Rosa Toniasso
|
56
|
Doméstica
|
Não
sabia. Ficou surpresa e disse que nunca visitou o local
|
Lidiane
Ramos
|
17
|
Estudante
|
Conhecia
o local da foto, mas nãos sabia que era a biblioteca, ficou muito espantada,
pois ela acreditava que só tinha biblioteca pública em Porto Alegre.
|
A
maioria das pessoas ficava espantada quando eu informava que era a Biblioteca e
que este ano completará 75 anos. Não acreditam que outras pessoas e elas mesmas
não conheciam um prédio tão importante para a cidade. Mesmo as que sabiam o
nome do prédio, afirmaram que nunca entraram na biblioteca.
Impressões
finais
Num primeiro
momento, quando as pessoas num local próximo da biblioteca respondiam que não
sabiam o que era aquele prédio, fiquei surpresa, pois quem estava na parada de
ônibus, pegava sua condução ali pelo menos três vezes por semana. Isso
significa que as pessoas realmente não prestam atenção pelos lugares que passam
- isso que a biblioteca é um prédio grande, e na sua quadra, há outros momentos
históricos.
Porém,
depois, lembrei que eu mesma fui estudante da Escola Cilon Rosa, praticamente
ao lado da biblioteca, e nunca um professor meu levou a turma ali. EU conheci a
biblioteca por curiosidade própria e para fazer pesquisas escolares, mas sem
incentivo específico da escola.
Fazer
esse trabalho, fez-me prestar mais atenção em todos os caminhos que passo, não apenas
em prédios grandes, mas também em detalhes pequenos, principalmente os
naturais. Dias desses, fazendo minha caminhada na faixa nova, fiquei abismada
ao ver uma mulher parar o carro apenas para arrancar as rosas que tinham
próximo à beira da faixa. As pessoas preocupam-se tanto com a correria da vida
atual que desaprenderam a admirar as coisas e respeitas o habitat delas.
Referências:
Secretária Municipal de cultura.
Disponível em: .
Acesso em 05 set. 2013.
Entrevista cedida pela
Rosângela na Biblioteca em 19 de setembro de 2013.
Trabalho para a disciplina de Estética e Comunicação
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