Era um dia
corrido de trabalho de trabalho, como qualquer outro. Mas aí uma mensagem no
whats modificou o clima, a tensão daquela natural correria. Ok, há algum tempo
já havia feito uma entrevista, mas devido à época do ano, não esperava essa
mensagem antes de dezembro. A proposta exigia uma mudança radical, mas
aceitei. Poderia parecer loucura para quem vê de fora, mas só alcança seus
objetivos quem aceita voar, segurando a onda de bônus e de ônus.
Certamente,
o bônus seria o voo profissional, o desejo de poder ter apenas um emprego e
assim cuidar um pouco de mim, dos meus desejos pessoais. Já o ônus, claro,
inicialmente seria despedida e a saudade. As lágrimas de cada aluno e amigos (e
minhas), o abraço apertado, a palavra carinhosa. Mesmo triste, isso me mostrou
que o trabalho até aqui já teve boas sementes germinadas. O conteúdo é
aprendido hoje por diferentes meios, mas os exemplos de caráter e afetividades
ainda são exclusivamente humanos.
Escolhas
sempre envolverão desejos e renúncias. Mas para alcançar sonhos, é preciso
saber a hora de recuar, de voltar, de seguir; só chega lá, quem sabe o quer,
quem perde o medo de voar.
Aliás, é
bom lembrar que, segundo o dicionário, o verbo voar é intransitivo. Na
gramática significa que não precisa de complemento; na subjetividade, significa ter
vida própria, sinônimo de liberdade. Ainda, no mundo conotativo, ter
pretensões, desejos, quimeras! Então, bonitos e bonitas, voem! A vida é única!
Luana Iensen Gonçalves
Professora e Jornalista
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