Arrumar
malas pode ser prático para alguns, tenso para outros, divertido ou
simplesmente melancólico. Eu sempre fui do tipo que escolhe mais do que
precisa. Mas dessa vez foi diferente. Mais do que arrumar a mala, era preciso
esvaziar o apartamento, e assim a divisão acontecia peças para a mala, para as
caixas, para a mala, para as caixas...
Mais do que esvaziar armários, uma mudança – ou até uma
faxina mensal – faz-nos repensar outros espaços, os sentimentos. Quantas vezes guardamos
mágoas desnecessárias, tristezas passadas, conversas mal resolvidas. Eu
precisava faxinar meu coração e minha mente. Foi imprescindível guardar muitos
sorrisos e também reservar um espaço para as novas emoções que, provavelmente,
iriam me invadir como um tsunami.
imagem do Google |
Eis que meu pequeno apartamento passou de um ambiente
cheio de livros, fotos, materiais de trabalho para um imenso o vazio. Foi
assustador, porém, revitalizador. Um espaço em aberto para talvez outra pessoa
também planejar ali seus sonhos, assim como eu estava a caminho para preencher
um outro espaço. Assim a vida gira: uns vem, outros vão.
Com tudo aparentemente pronto, lá se foram umas 13 horas
de viagem, além das esperas em aeroporto (aliás, pela primeira vez voei – mas sobre
isso conversaremos outra hora). Enfim, em um novo solo, um novo espaço, tudo do
zero de novo, mas com a imensa vontade de fazer acontecer!
Luana Iensen Gonçalves
Uma
vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos
voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar.
Leonardo
da Vinci.
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