quinta-feira, 29 de março de 2018

Fortaleza

For fora, há sempre aquele sorriso estampado no rosto. A gentileza não a deixa, mesmo com percalços no caminho, ela não desconta seus anseios nos outros. A força de ânimo está sempre presente em sua áurea.
Porém, por dentro, sua alma chora, grita, esperneia como uma criança abandonada. Fraquejar frente aos obstáculos ou à oposição? Não! A sociedade não permite que a moça seja transparente consigo mesma, que demonstre suas fraquezas.
Essa mulher é uma fortaleza: robusta e sólida! Segura “as pontas” de todos, aguenta firma, transmite força de ânimo a todos ao seu redor. Ela escuta (e absorve) os problemas do filho, do companheiro, dos amigos, da família, do trabalho, da faculdade, até do personagem do livro literário. Quando sobra tempo, ela respira pelos seus próprios. Às vezes, arrebenta-se por dentro, feito ondas de um mar em fúria em noite de tempestade.
Tão forte quanto uma fortaleza, tão suave quanto à brisa do vento. É dessa forma que deixa sorrisos pelo caminho que passa, ao mesmo tempo em que lágrimas choram por dentro. Ela não desiste, persiste, pois sabe que a felicidade está no trajeto e não no fim do caminho. Ao dividir o sorriso com o outro, ela conforta seus sentimentos, sabe que alguém também vai sorrir a ela durante a caminhada e, quem sabe, até oferecer um abraço.

Luana Iensen Gonçalves

terça-feira, 27 de março de 2018

Variação Linguística


A variação linguística é um conteúdo importante de ser estudado e pesquisado, pois vivemos em um país de grande extensão territorial e automaticamente cultural. Assim, existem diferentes formas de nos expressarmos, e essas variações podem ser originárias da cultura, do espaço geográfico, do grupo de pessoas que utiliza.
A seguir o conceito de variação linguística e os diferentes tipos de variação.

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

A língua é um instrumento de comunicação, pois é composta de regras gramaticais as quais possibilitam que as pessoas consigam produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Nesse sentido, a cada situação de fala, cada falante recria a língua e cada um diz as coisas de determinada maneira. A língua está sempre sendo recriada e inovada.
Desse modo, variação linguística é um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes.
Assim, alguns fatores podem influenciar o emprego da língua, como a região geográfica, as identidades e as situações sociais, etc. Cada um deles gerará uma variação linguística diferente do idioma:

Variação diacrônica
A língua varia no tempo e essa variação passa a ser notada ao comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual, ou seja, não acontece de repente. Uma língua muda porque é falada segundo os costumes, a cultura, as tradições, a modernização tecnológica e o modo de viver da população, que estão sempre em constante processo de mudança devido ao tempo. Um exemplo é a evolução da palavra vossa mercê até chegar ao você.

Variação diatópica

A língua varia no espaço, pois pode ser empregada diferentemente dependendo do local em que o indivíduo está. A variação diatópica diz respeito justamente às diferenças linguísticas que podem ser vistas em falantes de lugares geográficos diferentes. Por isso, é mais observada em locais diferentes, mas com falantes da mesma língua.
A macaxeira, por exemplo, muito consumida no Norte e no Nordeste, é chamada de aipim ou mandioca no Sudeste. Outro exemplo é a palavra “mexerica”, que, em algumas regiões, é conhecida como “bergamota” e, em outras, como “tangerina”. 

Variação diastrática
A língua varia de acordo com fatores sociais. A variação social está relacionada a fatores como faixa etária, grau de escolaridade e grupo profissional e é marcada pelas gírias, jargões e pelo linguajar singelo, já que são aspectos característicos de certos grupos.

Fator etário: a idade dos participantes da comunicação é um dado relevante, já que, a partir dela, serão feitas escolhas linguísticas diferentes. Isso é visível na comparação entre um jovem e uma pessoa mais velha, em que cada um usará vocábulos mais comuns à sua geração.

Fator da escolaridade: este fator se liga a uma categoria essencial, que é a educação. Na escola, aprende-se a usar a língua em situações formais de acordo com a “norma padrão”.

Fator profissional
Cada grupo profissional possui um conjunto de nomes e expressões que se ligam à atividade desempenhada; ou seja, essa fator trata do jargão típico de cada área. O campo do Direito, por exemplo, utiliza palavras relacionadas a leis, a artigos e a determinados documentos, assim como a área da Medicina utiliza um vocabulário que apenas os médicos são capazes de entender.

Variação diafásica
A língua varia de acordo com o contexto comunicativo, isto é, a ocasião determina o modo de falar, que pode ser formal ou informal. Esta variação, portanto, refere-se ao registro empregado pelo falante em determinado contexto interacional, ou seja, depende da situação em que a pessoa está inserida.
Em uma palestra, por exemplo, um professor deve utilizar a linguagem formal, isto é, aquela que respeita as regras gramaticais da norma padrão. Por outro lado, em uma conversa com os amigos, esse mesmo professor pode se expressar de forma mais natural e espontânea, sem a obrigação de refletir sobre a utilização da língua de acordo com a norma culta.

 Referências
SACCONI, Luiz Antnio. Gramática para todos os concursos. 4. ed. São Paulo: Nova Geração, 2012.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2012.




terça-feira, 20 de março de 2018

Sujeito Oculto e Indeterminado


A sintaxe se preocupa com a ordenação e combinação dos termos. A análise do período simples envolve identificar a função sintática de palavra.
O sujeito é classificado como um termo essencial da frase e exerce a função de praticar e/ou sofrer a ação verbal.
O sujeito é classificado em simples, composto, oculto, indeterminado e inexiste.
Vamos atentar, neste momento, em dois tipos:

a) Oculto ou implícito: quando não está expresso na oração, mas é identificado pela terminação do verbo.
Necessitamos de compreensão e carinho.
(implicitamente o sujeito é “nós”).
Telefonaste para Ana?
(implicitamente o sujeito é “tu”).

b) Indeterminado: é o sujeito que não pode ser identificado nem pelo contexto nem pela terminação do verbo. Ele pode ocorrer:
* com o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente já expresso nas orações anteriores.
Fizeram um bolo delicioso na cantina.



* com um verbo ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se.
Precisa-se de ajudante.
(esse verbo precisar ser: intransitivo, transitivo indireto ou de ligação)



Importante: normalmente, o sujeito antecede o predicado, contudo a posposição do sujeito ao verbo pode ocorrer como no exemplo:
“No muro de tijolo vermelho passeavam lagartixas” (Graciliano Ramos).

Professora Luana Iensen

sexta-feira, 16 de março de 2018

Idealizo, logo (não) realizo




A evolução do homem foi marcada por desenvolvimento, criatividade e tecnologia. A cada geração, uma nova conquista descoberta: desde a invenção do fogo até o homem chegar à lua, da intenet à robótica. A humanidade sempre esteve preocupada em buscar soluções a fim de melhorar a qualidade de vida em nosso ambiente. No entanto, já é possível observar uma geração de jovens adultos que ainda se preocupam em idealizar soluções, mas pecam na prática, deixando-a para depois, o que pode tornar-se um colapso.
            Em pleno século XXI, no qual à tecnologia tem contribuído para o avanço de diferentes setores da sociedade, como trabalho, ciência, cultura; percebe-se uma evasão escolar de larga escala. Em 2017, por exemplo, o Encceja, prova do governo federal para concluir o ensino fundamental ou médio, teve mais de 1 milhão de inscritos. Esse número evidencia a quantidade de brasileiros que desiste de concluir a educação básica. O problema segue no ensino superior: conforme dados da Folha de São Paulo, em pesquisa de 2014, as instituições de ensino superior (públicas e privadas) formaram 1 milhão de pessoas, enquanto 1,2 milhão de alunos trancou a matrículas. Tais números .... que menos ideias são realizadas, muito planejamento e pouco prática, além de tantas pesquisas ficarem apenas no âmbito acadêmico.
Apesar dos números acima sobre a evasão escolar, percebe-se um aumento da preocupação dos jovens pela sustentabilidade e meio-ambiente. O problema é que muitos projeto são pensados, mas poucas ações são realizadas em escala mundial. Desde os anos 90, várias conferências em escala mundial já foram realizadas, nas quais representantes governamentais organizam objetivos e ações, mas a cada novo encontro nenhum meta foi atingida. Como exemplo a RIO 92, AGENDA 21 E RIO +10; assim como a assinatura do Tratado de Kyoto e o encontro de Copenhagen, na Dinamarca. Resultados? Planejamentos, definições conceituais e pouca prática.
Uma geração baseada apenas no idealizar e pouco realizar, a partir do exposto, necessita de mudanças comportamental para que a evolução humana continue progredindo. É no acesso à educação – e sua permanência – que essas e próximas gerações poderão em colocar em prática suas idealizações. Afinal, como “A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos", conforme já pregava Jean-Jacques Rousseau.

 Luana Iensen Gonçalves

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Queridos!!
Essa redação é um modelo para quem está praticando a escrita para a EsSa. Esse foi o primeiro tema passado pelo canal.
Está treinando para o Enem? O cuidado é com o parágrafo de conclusão: a proposta de intervenção deve ser mais detalhada e explicada.
Aliás, quer que eu corrija seu texto? Confira o vídeo!

Bom treino!

Orações subordinadas Adjetivas


Orações Subordinadas Adjetivas são aquelas que exercem a função de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome antecedente, ou melhor, ela pode depender de qualquer termo (sujeito, predicativo, complementos verbais, complemento nominal, etc.) que tenha como núcleo um adjetivo ou substantivo. Tais orações são introduzidas por pronome relativo (que, quem, qual(is), cujo(a), cujos(as), quanto(a), quantos(as) e onde). Exemplos:

a) Julia que é filha do Sr. Pereira casa-se amanhã.
b) Temer, que é presidente do Brasil, declarou que os gastos do governo com os projetos sociais e com o PAC não terão cortes.

As orações subordinadas adjetivas são classificadas conforme a sua capacidade de ampliar ou reduzir o sentido do nome a que se refere. São elas

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Acrescenta uma informação acessória, ampliando ou esclarecendo um detalhe de um conceito que já se encontra definido, como um aposto no período simples Aparece sempre separada por vírgulas.
a) A capital da Bahia, que já foi capital do Brasil, é Salvador.
b) Aquela moça, que esteve aqui ontem, mora em Paris.
c) Meu tio, que é advogado, pode te orientar.

 

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Especifica o sentido do nome a que se refere, restringindo seu significado a um ser único, definido por ele. Em outras palavras, as adjetivas restritivas restringem a função adjetiva a um grupo, eliminando demais possíveis interpretações.
a) Os jogadores que são mais inexperientes não recebem salário.
b) Os artistas que não participaram da campanha beneficente foram criticados.
c) Os policiais que tinham acordo com traficantes foram desligados da corporação.
d) Toda comida que é fresca é mais saborosa.

Adjetivas Explicativas X Adjetivas Restritivas

As orações adjetivas explicativas e restritivas diferem-se quanto ao significado. A presença ou não da vírgula altera o sentido da frase. Veja, nos exemplos abaixo, a diferença entre essas orações:

Os trabalhadores que são eficientes receberão gratificação.
(somente os que são eficientes receberão gratificação)
Os trabalhadores, que são eficientes, receberão gratificação.
(todos os trabalhadores são eficientes e todos ganharão gratificação)

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulher


E agora, Mulher?
A luta não terminou
Queremos nossos direitos,
Queremos respeito,
Queremos dignidade,
Queremos igualdade.

 E agora, Mulher?
O protesto não terminou
Não à violência,
Não ao assédio,
Não à exploração laboral,
Não à impunidade,
Não ao racismo,
Não ao machismo,
Não ao silêncio!

E agora, Mulher?
Qual é o teu lugar?
Em casa?
No trabalho?
Na faculdade?
No bar?
É onde você quiser, Mulher!

E agora, Mulher?
E se você gritasse?
E se você dançasse?
E se você cantasse?
E se você amasse?
E se você escolhesse?
E se você resistisse?
E você resiste, Mulher!

Você é teimosa!
Você é inteligente!
Você é guerreira!
Você é idealizadora!
Você é forte, Mulher!

Luana Iensen Gonçalves

Que todos os dias são de conquistas e de felicidade!!


O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...