sábado, 30 de junho de 2018

No meio do caminho tem a escravidão moderna.

Durante séculos, colonizados foram feitos escravos de seus colonizadores, especialmente indígenas e negros por toda parte do mundo. No Brasil, apenas em 1888, com a assinatura da Lei Áurea, a escravidão foi extinta – pelo menos no papel. Sem condições descentes de trabalho e/ou assistência, a escravidão mascarou-se e continua presente até hoje seja na exploração sexual, infantil ou mesmo no trabalho forçado. Como efeitos prejudiciais dessa situação, há o desafio entre relações comerciais e doenças físicas e psicológicas.
Primeiramente, observa-se que a escravidão moderna afeta toda sociedade, de modo implícito e explicito. Um prejuízo paradoxal é a diminuição das relações comerciais internacionais, pois é positivo ao denunciar empresas que escravizam e negativo por diminuir as vendas dos nossos produtos. Prova disso é que há 10 anos existe a chamada “lista suja”, cadastro de empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à de escravos. Assim, quando um nome é incluído nele, instituições suspendem financiamentos e o acesso a crédito; além de bloqueios e restrições comerciais.
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Além das dificuldades comerciais, é o trabalhador explorado que mais sente as consequências do regime escravocrata atual. Conforme dados da Organização das Nações Unidades (ONU) milhares de crianças perdem o direito à infância; assim como muitos jovens são aliciados ao trabalho sexual, ficando longe da escola  e sem perspectiva de mudança de vida. Ainda,  muitos trabalhadores formais – com carteira assinada e direitos garantidos por lei – sofrem abuso trabalhista: horas extras não remuneradas, atividades para serem feitas em casa, desempenham até dois ou mais cargos; e caso reclamem ou reivindiquem melhorias, são ameaçados de perderem o emprego.
A partir das ideias expostas, nota-se o quanto prejudicial a escravidão moderna pode para a sociedade. É dever do Estado, portanto, junto a órgãos de direitos trabalhistas, continuar a luta para libertar pessoas do trabalho escravidão atual. Assim como escolar e universidades precisam manter campanhas educativas de orientação às pessoas sobre a existência dessa escravidão e de como fazer denúncias.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Cuidado com essas expressões

“Há dez anos atrás”

Essa expressão é redundante. A forma mais correta é há dez anos. O advérbio atrás é desnecessário para indicar o passado, dado o verbo haver, conjugado como verbo impessoal, já indicar tempo decorrido.
Há dez anos terminei a faculdade.
Esta história aconteceu há cinco anos.

 “Ela mesmo fez”

A forma correta é ela mesma fez. Há flexão em gênero e número, concordando com o sujeito gramatical. Isso acontece porque a palavra mesmo atua como um adjetivo, reforçando que se trata da pessoa referida através do pronome.
Ela mesma solucionou o problema.
Elas mesmas fizeram a decoração da festa.

Fazem dois anos”

A forma correta é faz dois anos. Quando usado para indicar tempo decorrido, o verbo fazer atua como um verbo impessoal, sem sujeito, sendo conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular.
Faz dois anos que vim morar em Manaus.
Já faz dois anos que eu te encontrei no shopping.

 

“Daqui há pouco”

A forma correta é daqui a pouco. A expressão daqui a indica algo que ainda não aconteceu, mas que começa agora, a partir deste momento e terá seguimento no futuro.
Rápido, daqui a pouco já saio de casa!

* A forma verbal há, do verbo haver, é usada para indicar tempo decorrido, algo que aconteceu no passado. Exemplo: Há dias não te via.

 “Nada demais”

A forma correta é nada de mais. Essa expressão indica que nada fora do normal aconteceu, ou seja, que nada foi feito acima do que é considerado normal e habitual.
João não fez nada de mais, mas todos ficaram chateados.

 

“Afim de”

A forma correta é a fim de. Esta locução prepositiva é popularmente utilizada para indicar vontade e interesse em alguém ou alguma coisa. Pode ser usada também para indicar uma intenção ou finalidade.
Obrigada, mas não estou a fim de ir à praia.
Você sabia que o João está a fim de você?

A palavra afim também existe, atuando como adjetivo ou substantivo. Indica algo que é semelhante e tem afinidade, não devendo ser seguido da preposição de.

 

“Meia cansada”

A forma correta é meio cansada. Nesta expressão, a palavra meio atua como um advérbio, sinônimo de um tanto, um pouco, não completamente. Sendo um advérbio, é invariável em gênero e número.
Estou meio cansada da rotina do dia a dia.

 

“De vez enquando”

A forma correta é de vez em quando. Esta locução adverbial de tempo indica que alguma coisa não ocorre com muita frequência, apenas ocasionalmente.
De vez em quando eu ainda penso nela.

Referências
INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2005.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2012.

TERRA, Ernani. Gramática, literatura e produção de texto para o ensino médio: curso completo / Ernani Terra, José De Nicola – 2. ed. reforma. São Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros).

terça-feira, 26 de junho de 2018

Reações Químicas


No campo teórico da Química, as reações químicas são transformações que envolvem alterações, quebra e/ou formação, nas ligações entre partículas (átomos, moléculas ou íons) da matéria, resultando na formação de nova substância com propriedades diferentes da anterior. Algumas evidências da ocorrência de uma reação química são mudança de cor, evolução de calor ou luz, formação de uma substância volátil, formação de um gás, entre outros. 
No campo emocional, uma reação “química” diante de certos acontecimentos também implica em mudanças.  Algumas evidências da ocorrência de uma reação química são mudança de comportamento, humor, evolução do pensamento, formação de novos objetivos, entre outros. 
Assim, quando um relacionamento termina (amoroso ou até de amizade), quando se perde um emprego, uma oportunidade, quando morre alguém especial; cada pessoa tem uma reação: choro, sofrimento, dias (até meses) em depressão, publicações baixo astral nas redes, desespero total.
O que eu penso sobre isso? Posso não ter o mesmo comportamento, mas eu respeito, pois “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”.
Quando se ganha um prêmio, uma aumento, passa-se em um concurso, inicia um relacionamento, uma nova fase da vida; cada pessoa tem uma reação: esconde, comemora sozinho, festeja, conta para todos, anuncia nas redes sociais.
O que eu penso sobre isso? Posso não ter o mesmo comportamento, mas eu respeito, pois “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”.
Eu não sinto a necessidade de chorar pelos cantos, de propagar a minha dor por aí; nem por isso não significa que eu não tenha sofrido na vida. Só quem vive uma  situação problema, sabe a dor que foi viver aquilo. A minha dor não é pior nem menos importante que a tua, é diferente e única. Pra mim, quem se arrepende é que tem motivo para sofrer, pois entendeu que fez de fato algo errado. Eu? Eu simplesmente escolho viver. Passado meu ritual de catarse, é erguer a cabeça e seguir a luta.
E o que eu apenas quero? RESPEITO, pois “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”.
Luana Iensen

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Tipo x Gênero Textual


TEXTO: a diferença entre tipo e gênero textual
           
Ao utilizarmos a linguagem para comunicação, empregamos novos gêneros textuais orais ou escritos ou gêneros que já existiam anteriormente. Porém, a maioria das pessoas não tem consciência que utilizam determinadas espécies de textos com particularidades e objetivos próprios. Os gêneros, segundo Marcuschi (2008), contribuem pata estabilizar e ordenar as atividades comunicativas do dia a dia.
Por isso, a importância de distinguirmos tipo textual e gênero textual:
Tipo textual: designa uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Os mais conhecidos são: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.
Gênero textual: é uma noção para referir aos textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriamente funcionais, estilo e composição característica. Alguns exemplos de gêneros textuais: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, email, (....) e assim por diante .


Confira a característica principal de alguns gêneros textuais que aparecem nas provas de concursos e vestibulares para interpretação:
NOTÍCIA: gênero bem diverso; possui autor; possui estrutura fechada, no lide deve-se responder: quem? Quando? Onde? Como? E por quê?
REPORTAGEM: uma reportagem apresenta informações mais aprofundadas sobre fatos que despertam interesse ao público a que se destina um jornal ou uma revista, acrescentando opiniões e diferentes pontos de vista. É estabelecida uma ligação entre o fato principal e os paralelos, através de citações, trechos de entrevistas, tabelas, mapas, boxes informativos, fotografias, dados estatísticos, por exemplo.
CRÔNICA: gênero híbrido entre a linguagem jornalística e literária. Apresenta fatos do cotidiano que levam o leitor a refletir. A linguagem empregada nesse tipo de texto tende a ser simples, direta.
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO: é um modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.
ARTIGO DE OPINIÃO: texto dissertativo em que o autor desenvolve seu ponto de vista sobre determinado assunto. É assinado.
EDITORIAL: texto dissertativo em que o editorialista desenvolve o ponto de vista da empresa (revista, televisão, rádio) sobre determinado assunto. Não é assinado, pois representa uma opinião coletiva.


Referências
INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 2005.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da linguagem. 5. ed. Campinas – SP: Pontes, 1997.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
SARMENTO, Leila Lauar. Gramática em textos. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2012.
TERRA, Ernani. Gramática, literatura e produção de texto para o ensino médio: curso completo / Ernani Terra, José De Nicola – 2. ed. reforma. São Paulo: Scipione, 2002. (Série Parâmetros).

O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...