terça-feira, 29 de maio de 2012

2° Profitecs movimenta a UFSM


A 2° edição da Mostras Integrada de Profissões, Tecnologias, Cultura e Seviçoes  (Profitecs) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) encerrou suas atividades no sábado, 26 de maio de 2012. Segundo os organizadores do evento, o objetivo principal da Mostra foi aproximar a universidade com a comunidade, tanto acadêmica, quanto externa à instituição.
Entre os três dias de Profitecs, a programação foi variada. Além dos espaços de mostra dos Cursos da UFSM, de Serviços, a agenda cultural contou com apresentações musicais, artísticas, teatro, apresentações de documentários e curtas pelo cineclube, exposições na Rua das Artes e na Casa de Artes Visuais. O encerramento teve a participação especial do grupo de nativismo Raízes.
No período da Mostra, profissionais e o público em geral puderam aproveitar a feira para sanar dúvidas sobre os cursos e serviços, e curtir a programação cultural.
No sábado, entre as excursões de visitantes, o grupo de vestibulandos do Pré-vestibular Alternativa tiveram a oportunidade conhecer melhor o espaço da UFSM e obter informações referentes aos cursos que pretendem prestar vestibular.
“Achei bastante interessante que cada estande era bem diferente do outro (claro não só pelos cursos que eram diferenciados), mas a cada visita aos estandes dos cursos tu percebias que era uma recepção nova, os alunos, por exemplo, de pedagogia, foram bem animados e otimistas com o que estavam ali apresentando”, comenta Michele de Lima, 17 anos, vestibulanda para pedagogia.
O depoimento é consoante com a organização do evento que privilegiou os visitantes, pois havia “anjos”, espécie de guias, que assessoram as turmas de visitantes e mostravam todas as atrações da mostra. Além disso, O evento contou com uma ampla cobertura através do site da UFSM, da Rádio Universidade e, na manhã de sábado, houve a transmissão do programa Norton Cezar, da Rádio Medianeira.
Para uma das coordenadoras do Alternativa, Tatiane Gomes, a Profitecs “foi um evento bastante interessante, pois além de ter contato com os cursos ofertados pela UFSM, o visitante também pode conhecer alguns dos projetos desenvolvidos na Instituição e desfrutar da programação cultural que englobou vários estilos musicais. Minha única crítica em relação ao evento é justamente ao papel do guia, uma vez que foi possível constatar que alguns preocupavam-se em apresentar cada stand, enquanto outros apenas conduziam o grupo pelo parque. Pessoalmente achei muito bom o espaço ocupado pelo PVPA, apesar de afastado da mostra de cursos, que era o principal atrativo da mostra, tivemos uma estrutura excelente, que nos permitiu apresentar nosso Projeto satisfatoriamente”.
O professor de literatura, Anderson Proença de Andrade, afirma que a Feira suscitou "ideias para um debate entre a UFSM e os setores sociais e econômicos de Santa Maria e mostra-se imperativa, imprescindível, pois é, nosso município, um celeiro em relação à juventude estudantil que se insurge diariamente, almejando, simultaneamente, uma graduação e um digno espaço no mercado de trabalho. Além disso, creio que por meio dessa iniciativa, insurge-se a possibilidade de diálogos culturais e de manifestações artísticas capazes de promoverem descontraição, possibilidades de expressão e potencialidades intelectuais antes desconhecidas".
O encerramento teve a participação especial do grupo de nativismo Raízes no espaço cultural do evento.
Alunos da Turma 3 e 4 do Alternativa Pré-Vestibular.

Texto e foto de Luana Iensen

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A irreverência de Juremir Machado na Feira do Livro SM


O público do Livro Livre de hoje pôde dar boas risadas e compartilhar de conhecimentos acerca de história, política, literatura e jornalismo. Tudo isso porque, o convidado foi o jornalista, professor e escritor Juremir Machado. De forma irreverente, o pesquisador conversou sobre os política e jornalismo, literatura, trabalho e seu dia a dia.
De um modo singelo e sincero, sua marca registrada, relatou que em seu programa na Rádio Gaúcha, esfera pública, algumas vezes o debate “esquenta” e ele deixa ser âncora para criticar. Afirmou que “no rádio é preciso tem bate-boca, que os ouvintes gostam, desde que seja por pouco tempo”.
Quando indagado sobre sua opinião a respeito da Revista Veja, não hesitou não resposta: “sabe quando você precisa de uma limpeza? De vomitar? De ter uma diarreia? Pois bem, leia a Veja e coloque tudo pra fora”.
Por declarações sinceras e críticas em seus textos sobre política, música, meios de comunicação, etc, o próprio sociólogo confirma “faço parte da lista negra de escritores, mas também não tenho medo de criticar, de me queimar. Sou um autor maldito”.
Foi no embalo de declarações e risadas que Claudemir conduziu a conversa com Machado.
A escrita faz parte da vida de Juremir, seja no trabalho como jornalista, professor ou escritor ou pelo simples prazer de escrever. E ele foi categórico ao afirmar que o ato de escrever é um vício, não se imagina fazendo outra coisa. A única queixa dele é referente ao preço dos livros, “é preciso baixar e muito o valor dos livros, eles não podem custar mais do que R$10 ou R$15. Está na hora de reinventar o mercado do livro”.
Por mais uma noite a Feira do Livro de Santa Maria enriqueceu culturamente seu público. E espero que, para a próxima edição, editoras e livreiros aprendam e comecem a “reinventar o mercado do livro”.

Professora de português e alunos do ensino médio lançam livros na Feira


A prática de leitura e produção em sala de aula pelos jovens é o desejo e realização de trabalho de qualquer professor. A Feira do Livro, assim, é considerada um espaço para o incentivo, a iniciação pelo mundo das letras, imagens, sensações. A professora de língua portuguesa Maribel da Costa Dal Bem e seus alunos dos primeiro do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cilon Rosa lançaram dois livros na Feira do Livro de Santa Maria, em 08 de maio, e evidenciam o interesse que os jovens têm em ler e produzir textos.
O livro lançado pela professora Maribel da Costa Dal Bem, Prazer em Aprender, apresenta atividades com “novas metodologias que despertam e aguçam o desejo do aprendiz e que auxiliam o educador na proposição de uma aula mais dinâmica e produtiva”. Maribel comentou que o lançamento do livro torna-se um evento importante pela grandiosidade que a Feira do Livro representa. Para a educadora, isso ocorre porque pessoas de diferentes áreas de estudo e idades circulam pelo evento, prestigiam, conhecem o trabalho local.
A professora visita a feira há anos, mas essa foi a primeira vez que lançou um livro. A respeito do movimento da feira, Maribel afirmou estar maravilhada, pois a programação tem qualidade e diversidade de temas. Outro ponto positivo, em sua visão, é que mais professores têm lançado livros, sejam teóricos ou práticos, de suas áreas de atuação. Esse fato “gera mais qualidade na escola, pesquisa constante para os professores e consequentemente, melhoras para os alunos”, avalia a professora.
Além disso, outro dado que a deixou feliz este ano, foi o lançamento do livro Perguntas e respostas de jovens para jovens escrito pelos seus alunos do 1° ano da EEEM Cilon Rosa (turmas 101, 102, 103 e 104). Maribel explica que a iniciativa surgiu em uma proposta de atividade das aulas de redação, “pedi que cada um fizesse uma pergunta contextualizada sobre suas dúvidas e angustias enquanto adolescentes. As perguntas foram trocas entre colegas e um respondeu a do outro, aconselhando-o”. Nas perguntas, os temas foram variados, como família, namoro, valores, vícios, escolas, trabalho, profissão, etc. Encantada pela maturidade dos alunos perante a atividade, a professora sugeriu a publicação em forma de livro.

Da esquerda para à direita, sentados: Douglas Doná, Samuel de Souza, Pedro Cardoso, Maribel Dal Bem e Bruna Oliveira.

Entre os autores do livro, estiveram presentes no lançamento os alunos Samuel de Souza, 15, Bruna Oliveira, 17, Pedro Cardoso, 15, e Douglas Doná, 15. Para o jovem Cardoso, a publicação foi uma experiência nova e comenta: “é interessante saber que um público amplo e variado estará lendo nossos textos fora do espaço sala de aula”. Afirmam que estão motivados para uma nova produção no próximo ano. Os alunos explicaram que fizeram uma rifa para financiar a impressão do livro e tiveram apoio e incentivo dos demais professores e diretoria da escola.
O publicitário Nicão Xavier, 23, que foi à feira prestigiar o lançamento, afirma que são iniciativas como essa que estimula os adolescentes a pratica de escrita. O estudante do 2° ano do Cilon Rosa, Leandro Indrino, 19, também acompanhou o evento e considerou o trabalho motivador para desde a infância gostar-se de ler e escrever, pois “de uma atividade assim, poderá um dia surgiu um novo grande escritor”.
Como professora e cidadã, Maribel contou que sente satisfação pelas ideias que foram abordadas pelos alunos nas perguntas, pela participação ativa deles, a troca, o diálogo que flui entre alunos e professores.
Conforme afirmou o jornalista Kenny Braga, no Papo Livre da Feira em 05 de maio, “a feira do livro é um templo sagrado da inteligência”. Que assim, a cada edição esse templo revele-se a novos leitores e escritores.

“Livro velho é que dá leitura boa”


Há duas bancas na Feia do Livro de Santa Maria, que por suas peculiaridades, atraem o público. Além de livros, revistas, é possível aguçar a visão e a imaginação com objetos antigos que colorem o local: rádios, violões, relógios, lampião. A sintonia deles com os livros são um requinte. São as bancas de Sebos da Feira.


Banca do Sebo Café.
 
Para o filósofo Carlos Burgo, 50, livreiro da banca do Sebo Café, participar da Feira representa mais do que um espaço para vendas, é também um ambiente de torças, de conversas, de contar e ouvir histórias. Burgo comenta que seu público é específico, são, principalmente, colecionadores em buscas de livros antigos. Este ano, as vendas têm se concentrado em livros de literatura Brasileira e estrangeira e autoajuda.


“Buscamos especificidades, livros da área de nossa faculdade, com preços mais em conta” afirmam os estudantes de Biologia da UFSM, bárbara Kuhn, 19, e George Polidoro, 23, enquanto vasculhavam a caixa de ofertas do estande do Mercado do Livro.
O livreiro do Mercado do Livro, Juarez Saraiva, 52, que participa da feira há 14 anos, relata que a cada ano a comissão organizadora tem investido em melhorias na infraestrutura do espaço e na programação cultural, o que atrai um público mais numeroso.
Saraiva comenta que muitas pessoas que passam pela feira a passeio, procuram o Sebo no decorrer do ano, em especial, os estudantes. Na feira, salienta que o público é variado e procuram livros que já não são mais editados, livros de literatura e preço em conta, que chega a ser até 80% mais barato que os lançamentos.


Mesmo com a variedade de estandes de livros “novos”, os Sebos mantêm seu espaço conquistando um público específico. Com a proposta publicitária da feira, “Que sentidos a leitura te desperta?”, é possível perceber que os Sebos despertam uma leitura sensorial, o que desperta os cinco sentidos dos leitores.


Jornalistas em destaque no Papo Livro no final de semana da Feira (05 e 06/05)


O repórter multimídia da RBS, Rodrigo Lopes, participou do Livro Livre dentro da programação da Feira do Livro de Santa Maria. No encontro, ele contou sobre as experiências na cobertura internacional de conflitos e guerras, como a do Líbano em 2006, o furacão Katrina, a morte do Papa João Paulo 2º e a eleição do presidente Barack Obama. Todas essas histórias e seus relatos podem ser conferidos no seu livro Guerras e Tormentas - Diário de um Correspondente de Guerra.
No domingo, foi a vez do jornalista Marcelo Canellas torna-se o centro das atenções do público da Feira. O repórter especial da Rede Globo fez um relato sobre sua trajetória profissional e pessoal. Seu trabalho é reconhecido, principalmente pelo lirismo de suas crônicas, enfatizou que seus relatos jornalísticos são lidos pelo tema, emissora, já suas crônicas representam a “a relação do cronista com o leitor”.

Na primeira imagem, Rodrigo Lopes, e na sequência, Marcelo Canellas.

sábado, 5 de maio de 2012

Futebol e literatura no centro da conversa da Feira do Livro SM


O futebol é muito mais que um esporte. No campo das pesquisas ele pode ser abordado por diferentes ângulos: educação física, história, sociologia, literatura, linguagem, jornalismo etc. Com o propósito de ampliar os horizontes culturais do futebol, e incentivar a leitura desse tema, a OPs! comunicação em parceira ao Projeto Acervo de Futebol (PAC) promoveram o Projeto Livro Livre da noite de 04 de maio: Gre-nal Literário: um clássico no campo das letras.
Para desenvolver a conversa, os convidados foram os jornalistas Kenny Braga, colorado, do programa da Rádio Gaúcha Sala de Redação, e Marcelo Ferla, gremista, com a mediação do escritor Antônio Cândido. E as torcidas compareceram, contabilizando um ótimo público que aproveitou esse momento cultural.
Como o título da conversa previa, Grenal Literário, Kenny Braga comentou sobre a pouca público de romances com o tema futebol, pois o que se tem são, principalmente, livros de crônicas. O jornalista afirmou que o espaço para debate em uma feira do livro é lugar adequado para se discutir literatura e usar a temática futebol para iniciar a leitura com crianças. Ainda, foi categórico: “a feira do livro é um templo sagrado da inteligência”.
Marcelo Ferla aproveitou a fala de Kenny e comentou sobre o prazer que é trabalhar com jornalismo e escrever sobre futebol, principalmente quando sobre seu time do coração. Ambos os jornalistas concordaram em como é dificultoso, no Rio Grande do Sul, realizar em pesquisas sobre futebol, as fontes são poucas e muitas vezes há informações equivocadas em revistas e sites. No entanto, estão entusiasmados com o aumento de publicações nos últimos anos de livros com pesquisas históricas, sociólogas, jornalísticas a respeito do futebol, de ídolos e de clubes.
“O bom de escrever sobre futebol é que ele é dinâmico, não programado, como o cotidiano de nossas vidas” afirmou Ferla como um convite ao público que estava na feria. O gremista explicou não se considerar escritor, apenas jornalista, pois seus livros são com base em pesquisas jornalísticas e ainda deixou um lembrete aos jovens que ali estavam, “para ser jornalista é preciso desconfiar de tudo, pesquisar, investigar”.
Como não poderia deixar de faltar, após o público começar a fazer suas perguntas e comentários, a questão grenal entrou em pauta, com brincadeiras típicas de gremistas e colorados.
O bom papo da noite pode ser lembrado pela constatação de Ferla: “No futebol nem sempre é possível vencer, mas na leitura sempre se ganha”.

Marcelo Ferla e Kenny Braga durante o bate-papo

Após o bate-papo, os jornalistas atenderam o público. Os leitores aproveitaram para tirar fotos e pedir autógrafos.


O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...