sábado, 29 de setembro de 2012

20 de setembro. Que gaúcho é esse?


20 de setembro. Que gaúcho é esse?

Do Guanches à mistificação do Gaúcho e a comemoração da Semana Farroupilha

“Popularizar a Semana Farroupilha, de modo que a população se aproprie desse movimento e sentimento de ser gaúcho”, foi o objetivo, explica Lima. Por isso, com o tema Nossas Riquezas, a Semana Farroupilha 2012, em Santa Maria, teve seu galpão montado na Praça Saldanha Marinho. Durante a semana, a 13° Região Tradicionalista (RT) e a prefeitura prepararam a 1° Ronda Artístico Cultural organizada pela região e contou com oficinas artesanais, culturais e campeiras e apresentações artísticas, informou o coordenador da 13° RT, João Carlos Cardozo de Lima, 53 anos.
 Com essa programação diversificada aberta para o público, há também o questionamento do “quem é gaúcho”? Todos os nascidos nos estado, quem perpetua as tradições ou quem participa do dos centros de tradições. As opiniões são diversas e enriquecem a procura de conhecimento sobre essa data.

Os tradicionalistas – de bota e bombacha.
O amor por cultuar as tradições no s Centros de Tradições Gaúchas (CTG) geralmente inicia na infância e não foi diferente com o 1° Guri Farroupilha da 13° RT, Helder Moreira Machado, 14 anos. Ele começou a participar de CTG aos cinco anos porque a madrinha era muito ligada à dança tradicional. Como guri, o jovem ressalta que a importância do cargo “é levar as tradições adiante, respeitando a região. É uma responsabilidade grande, um título que conquistamos a partir de provas, num concurso”.
E no acompanhamento de desses jovens, que têm uma maratona de prova para garantir os cargos de prendas e peões com o objetivo de passar adiante as tradições, estão pais e mães. Esses, que mesmo sendo gaúchos muitas vezes não tinham pensado participar de CTG, acabam se apaixonando pelo o que os filhos fazem. Para a mãe da 1° Prenda da 13°RT, Saionara Michel Ouriques, 46 anos, ser mãe de prenda é “um orgulho imenso. Nunca imaginei minha filha tão envolvida em ensinar e repassar as tradições para as crianças. Hoje, não imagino ela fora o tradicionalismo”.

Os gaúchos – não é preciso pilcha para conhecer o Rio Grande
O outro lado da história é que nem todos têm condições financeiras de manter-se em um centro de tradições. Mas, as raízes do sul mostram que o ser gaúcho está mais em valores do apenas preservar indumentárias. O músico do Cambonaço, Fábio Freitas, 26, criou-se nos centros de tradições, porém, acredita que a proibição do tchê music nos CTGs é uma ação atrasada, pois proíbem uma evolução natural da música. Para o músico esses é um dos motivos que afasta os jovens dos atuais bailes tradicionalistas, além das lista de como se pode ou não vestir-se para dançar.
Além disso, há muitos mitos em torno da comemoração do 20 de setembro e do termo gaúcho. Originalmente, guanches era o homem que vivia como andarilho sem um lugar certo para morar, sem lei. Com o início da escrita literária no estado, têm-se as histórias com os bravos gaúchos, fortes e honrados. É o início da criação do mito do gaúcho. Vivenciado até hoje e revitalizado a cada setembro.
A professora de história, Naiani Machado da Silva Fenalti, 26 anos, comenta que a Revolução Farroupilha (RV) faz parte do contexto da história do estado, e que ela representa a elite gaúcha e não o povo como percebe que os integrantes de CTG costumam passar. “A RV foi fomentada pela elite gaúcha (pecuaristas, fazendeiros) que queria melhorias na economia. No início não tinha interesse de separar o estado do Brasil. Essa ideia separatista surgiu apenas anos depois, justamente pelo tempo que estava durando as batalhas”.
Naiani não é contra ao movimento tradicionalista, mas o que lhe assusta como professora é que “muitos de meus alunos que participam de CTG, não sabem que a revolução foi da elite, que não tiveram vencedores e vencidos, e sim, um acordo de paz entre os lados, justamente porque não havia mais recursos financeiros e humanos para continuar lutando. Não existe uma derrota em si, mas, sim, um enfraquecimento da guerra”. Nesse sentido, a professora acredita que a Semana Farroupilha deveria ser tratada com menos idealização pelos gaúchos, justamente por não ter sido uma revolta popular e sim da elite.
Para aqueles que gostam de pilchar-se ou querem conhecer as tradições, João Carlos Cardozo de Lima enfatiza que as regras de conduta para participar dos CTGs são feitas de tradicionalistas para tradicionalistas.  “Não visamos obrigar os visitantes a se pilcharem, mas quem opta por ser tradicionalista segue essas regras”.

Por Luana Iensen Gonçalves.
Acadêmica do curso de Jornalismo – Unifra. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tradição perpetuada em todas gerações


Com o tema Nossas Riquezas, a Semana Farroupilha 2012, em Santa Maria, ganhou uma nova morada: a Praça Saldanha Marinho. Durante a semana, a 13° Região Tradicionalista (RT) e a prefeitura prepararam uma programação especial. Essa será a 1° Ronda Artístico Cultural que, segundo o coordenador da 13° RT, João Carlos Cardozo de Lima, 53 anos, é organizada pela região e contará com oficinas artesanais, culturais e campeiras e apresentações artísticas. Os shows noturnos serão promovidos pela prefeitura.
O que objetivamos é “a popularização da Semana Farroupilha, de modo que a população se aproprie desse movimento e sentimento de ser gaúcho”, explica Lima. Para isso, se terá uma programação cultural e artística, na qual prendas e peões  mostrarão e divulgarão as tradições e história do povo gaúcho na Praça. Além disso, segundo a coordenadora de prendas, Angélica Rigão de Vargas, “várias escolas e creches fazem atividades alusivas à Semana Farroupilha e solicitam a presença de prendas e temos que fazer o possível pra atender à todas”.

O tradicionalismo nas diferentes gerações
Nos Centros de Tradições Gaúchas (CTG) convivem as diferentes gerações, o que motiva toda a família a frequentar. E a cada ano que passa, as mulheres têm mais espaço nas atividades administrativas e campeiras que antes eram de predominância masculina. No CTG Bento Gonçalves a patroa e vice-patroa são mulheres. A patroa, Lenir Martins da Silva, participa da entidade desde a fundação, comenta que “teve o apoio de todos e nunca sofreu preconceito por ser uma mulher com as rédeas na mão”.
A atua l° Prenda da 13° RT, Taynara Ouriques, 19 anos, acadêmica de Enfermagem- UNIFRA, iniciou no movimento aos 10 anos por influência do irmão, que já dançava.  Para a jovem, ser prenda é “uma dádiva, ter o dom, é uma honra e orgulho porque represento as mulheres da região, como uma forma de repassar o conhecimento tradicionalista. Como prenda, transmito o que aprendo no CTG para outras pessoas nos CTGs e escolas por meio de projetos, oficinas. E este ano, com a programação na praça, podemos mostrar as tradições para um público maior e mais diversificado, de forma a fazer essas pessoas se aproximarem com as tradições”.
O tradicionalismo nas diferentes opiniões
As comemorações da Semana Farroupilha também despertam diferentes opiniões em relação ao o que é ser tradicionalista e ser gaúcho, quem nasce no Rio Grande do Sul. Fábio Freitas, 26, músico do Cambonaço, explica que sua criação foi ligada aos centros de tradições, no entanto acredita “que a proibição do tchê music nos CTGs é uma ação retrógada, pois proíbem uma evolução natural da música”.
Naiani Machado da Silva Fenalti, 26 anos, professora de história, ao trabalhar a história do Estado nas escolas comenta que não é contra ao movimento tradicionalista, mas o que a assusta como professora é que muitos alunos que tem, os que participam de CTG, não sabem que a revolução foi pensada pela elite, “não houve vencedores e vencidos, e sim, um acordo de paz entre os lados, justamente porque não havia mais recursos financeiros e humanos para continuar lutando. Não existe uma derrota em si, mas, sim, um enfraquecimento da guerra. Me parece que “pulam” essa parte da história os CTGs”.
João Carlos Cardozo de Lima enfatiza que as regras de conduta para participar de CTGs são feitas de tradicionalistas para tradicionalistas.  “Não visamos obrigar os visitantes a se pilcharem, mas quem opta por ser tradicionalista segue essas regras”. Assim, quem quiser saber mais sobre essas questões poderá aproveitar a Semana Farroupilha na Praça.


Por Franciele Marques e Luana Iensen Gonçalves.

Acadêmicas do curso de Jornalismo – Unifra.
Notícia pesquisada e elaborada para a disciplina de Técnicas de Entrevistas e Reportagem entre 13 e 19 de setembro de 2012.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Nossas riquezas na avenida


A Semana Farroupilha 2012, com o tema Nossas Riquezas, em Santa Maria, mesmo com o mau tempo de alguns dias, fez sucesso na Praça Saldanha Marinho. As atividades na Praça tiveram o objetivo de “popularizar a Semana Farroupilha, de modo que a população se apropriasse do movimento”, explica João Cardoso de Lima, coordenador da 13° RT. As atividades culminaram com o desfile Farroupilha na Avenida Medianeira.
Durantes o desfile, as entidades tradicionalistas mostraram sua criatividade homenageando as riquezas do povo gaúcho.
DT Querência das Dores - riquezas que vêm da Terra

CTG Bento Gonçalves - Lembrou os ferroviários e emocionou o público.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Restícios do 07 de setembro e em breve sobre o desfile de hoje


Jovens patriotas: os desbravadores do futuro

 
Durante a Semana da Pátria muitas crianças aprendem o significado de patriotismo e não mais se desconectam dessa ideia

 
Com o tema Brasil: um país se constrói com educação, consciência cívica e cidadania, a Semana da Pátria de Santa Maria teve uma programação intensa de atividades que culminam amanhã com o Desfile Cívico. Durante a semana, foram os jovens, crianças e adolescentes, que preservaram o fogo simbólico na Praça Saldanha Marinho.

Na tarde de seis de setembro, estava na guardição da chama o grupo do Clube de desbravadores Sementes de Girassol. Conforme comentou o diretor do clube e desbravador líder, Neimar Vargas de Jesus, 42 anos, participar da Semana da Pátria é uma forma de exercer cidadania e mostrar aos demais jovens que passam pela praça a importância di patriotismo o ano inteiro e não apenas em datas comemorativas. Ele explicou que os desbravadores fazem as mais diversas atividades relacionadas à natureza, desde acampamento, trilhas, natação, entre outras. Também se envolvem em atividades de civismo, baseado nas ideias das Forças Armadas Brasileiras, adaptadas para crianças, pois os participantes do grupo têm em média de 10 a 15 anos.

O adolescente de 17 anos, Lucas Carvalho de Jesus, desbravador líder, explicou que os integrantes do grupo, que tem sede provisória na Escola Adventista, passam nas turmas da escola para divulgar as atividades entre os alunos. Para ele, os jovens precisam de uma maior conscientização sobre os atos cívicos e de patriotismo, e não somente na semana da pátria, mas durante o ano todo, atuando como cidadãos.
Desbravador Lucas durante a Semana da Pátria
 

Em Santa Maria, tem-se também o Grupo de Desbravadores Kerigma no Bairro Tranquedo Neves e Guardiões da Natureza, no bairro Salgado Filho. A base dos desbravadores é a igreja Adventista e a estrutura do escotismo do passado. O grupo é aberto para todos os jovens interessados, independente de religião ou raça. No grupo, os desbravadores têm seis classes representadas por cores: amigo (azul marinho), companheiro (vermelho), pesquisador (verde), pioneiro (cinza), excursionista (bordô) e guia (amarelo). Conheça mais sobre os desbravadores de todo Brasil no www.desbravadores.org.br.

Durante a semana, os escoteiros também se revesaram no cuidado com o fogo simbólico. Para a escoteira Natália Moreira Palermo, 13 anos, da 8º série do ensino fundamental, participar das atividades cívicas da cidade é uma oportunidade de divulgar o grupo para mais jovens e mostrar a eles a importância da cidadania desde a infância.

 

CURIOSIDADES

Destaques da Semana da Pátria 2012.

NACIONAL: José Maria da Silva Paranhos Júnior – BARÃO DO RIO BRANCO

ESTADUAL: Guido Fernando Mondin

LOCAL: 120 Anos do 1º RPMon Cel. Pillar

HOMENAGEADO LOCAL: Manoel dos Santos Pedroso Filho – MANECO PEDROSO
INSTITUCIONAL: Arquidiocese e Centenário do Riograndense Futebol Clube

TEMA: Brasil: um país se constrói com educação, consciência cívica e cidadania.

LEMA: Santa Maria: compromisso com a preservação do ambiente em que vivemos

 

Por Franciele Marques e Luana Iensen Gonçalves.

 Acadêmicas do curso de Jornalismo – Unifra.

Notícia pesquisada e elaborada para a disciplina de Técnicas de Entrevistas e Reportagem. 06.09.2012

 

sábado, 15 de setembro de 2012

Comércio gaudério na Semana Farroupilha


Vista-se. As pilchas estão na praça
Comércio de indumentária gaúcha também tem seu espaço na Semana Farroupilha santa-mariense
           
A programação da Semana Farroupilha 2012 na Praça Saldanho Marinho, em Santa Maria, tem a intenção de atrair a comunidade e que esta conheça as tradições. Para quem quiser conhecer mais e participar de algum evento no Centro de Tradições Gaúchas poderá comprar sua indumentária na Praça.
Com iniciativa da prefeitura, a loja Santa Maria Pilchas montou uma filial na Praça. Para a proprietária Loja, Talita Nunes, foi uma ótima surpresa o convite de participar da programação com uma loja na Praça. “Após belos eventos no centro da cidade referente ao Natal, Carnaval e Festas Juninas, fico feliz com a valorização da tradição gaúcha nessa programação farroupilha”, comentou Talita.
A lojista espera que as pessoas aproveitem as apresentações e interessem-se em pilchar-se, pois estão com ótimas promoções, como já evidencia a logo da loja, “não temos luxo, temos tradição”. Ela explica que aproveitando o momento eleitoral, que todos os candidatos a prefeito valorizem esses eventos e que independente do eleito eles continuem a acontecer.
SM Pilchas na Praça Saldanha Marinho.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Inicia a Semana Farroupilha

Viva a Semana Farroupilha na Praça

A Semana Farroupilha de 2012, em Santa Maria, terá um diferencial: suas comemorações ocorrem na Praça Saldanha Marinho. A abertura oficial aconteceu hoje às 17h, com a presença da 1ª Prenda, Tainara Rodrigues, e do 1º Peão, Rafael Silva, bem como a participação do Coordenador da 13ª Região Tradicionalista, João Carlos Lima, além da secretária de município do Turismo, Norma Moesch, representando o executivo. Após a cerimônia de abertura, o grupo de danças gaúchas do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Taylor Fagundes fez apresentações artísticas.
Guri e prendas da 13°RT junto à Chama Farroupilha.
Helder Machado, Luane do Nascimento e Caroline Vasconcellos.


A programação da 1° Ronda Artístico Cultural, de acordo com o coordenador da 13° Região Tradicionalista (RT), João Carlos Cardozo de Lima, é organizada pela região e conta com oficinas artesanais, culturais e campeiras e apresentações artísticas. E os shows são uma parceria com a Prefeitura de Sana Maria.
A iniciativa é “popularizar a Semana Farroupilha, de modo que a população se aproprie desse movimento e sentimento de ser gaúcho”, explica Lima. Para isso, haverá uma intensa programação cultural e artística, na qual prendas e peões estarão durante toda a semana explicando, mostrando e divulgando as tradições e história do povo gaúcho.
Taynara Ouriques, 1° Prenda da 13°RT comentou alguns dos temas que serão destaques nas oficinas: Amanhã, às 8h iniciará a oficina sobre os símbolos sociais do Estado (ecológicos). Na manhã de domingo, costura é o tema dos trabalhos. Dia 17 de setembro, a partir das 14h a oficina tem como foco os símbolos oficiais do Estado (hino, bandeira e brasão). E na terça-feira, pela manhã, a indumentária gaúcha será assunto abordado.
A Saldanha Marinho terá também música e decoração, além de tendas com comidas e produtos típicos do Rio Grande, e erva mate gratuita para o público.
Confira a programação para a Semana na praça:
Dia 15- sábado
8h – Inicio das atividades com Guarda da Chama e apresentação de Invernadas Artísticas pelas Entidades:
Departamento Tradicionalista Querência das Dores
CTG Os Nativos
CTG Farroupilhas
CTG Os Araganos
CTG Sepé Tiaraju
CTG Abas Largas
Piquete Laçadores Doma de Potro
Piquete Laçadores Manoel Pinto
19h – Show com Miguel Brasil
20h30 – O Bamdaboa

Dia 16- Domingo
8h – Inicio das atividades com Guarda da Chama e apresentações artísticas pelas Entidades:
CTG Tropeiro Velho
CTG Tropeiros da Querência
CTG Passo dos Ferreiros
DTCE Marcas do Pampa
CTG Os Carreteiros
Departamento Tradicionalista Timbaúva
18h – Apresentação da Banda da 3ª Divisão do Exercito
19h – Show com Gurizada Fandangueira

Dia 17- segunda-feira
8h às 18h- Guarda da Chama e apresentação das invernadas
CTG Bento Gonçalves
Associação Tradicionalista Ponche Branco
Departamento Tradicionalista Gaúcho Avenida Tênis Clube
Associação Tradicionalista Estância do Minuano
Departamento Tradicionalista Gaúcho Bombeiros da Tradição
Piquete Laçadores Sotéia
Piquete Sarandi
18h-Apresentação da Banda BASM
20h- Show Conjunto Mate Novo

Dia 18- terça-feira
8h às 18h Guarda da Chama e Apresentação da Invernada
CPF Piá do Sul
Ponche Verde CTG
CTG Estância do Jarau
Piquete Laçadores Os Gaudérios
Piquete Terra Santa
CTG Maneco Rodrigues
18h- Apresentação da Banda ESFAS
20h30 -Teixeirinha Filho / Teixeirinha Neto
21h30- Tony Guimarães e Porteira Gaúcha

Dia 19- quarta-feira
8h às 18h- Guarda da Chama e Apresentação da Invernada
CTG Sentinela da Querência
DTCE Alma Gaúcha
Departamento Tradicionalista Querência da Medianeira
Piquete de Laçadores Coração Gaúcho
Piquete de Laçadores Nico Quinto
Departamento Tradicionalista Gaúcho Noite de Ronda
Piquete de Laçadores Querência de Santo Antão
CTG Ronda de Tropa
CTG Querência do Verde
18h- Apresentação da Banda da 6° Brigada
20h30 – Show com Conjunto O Som da Hora

Dia 20 -quinta-feira
8h às 17h- Guarda da Chama e apresentação da Invernada DTG Noel Guarany
17h-Extinção da Chama Crioula
20h- Show do Grupo Raízes

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Aula pública – Vamos falar sobre cotas?


Aula pública para debater as cotas

            A aula pública – Vamos falar sobre cotas? ocorreu nessa quarta-feira, 05/09/2012, às 18h, na Praça Saldanha Marinho. A manifestação foi uma iniciativa de vários coletivos como Afronta, AENUFSM, Levante, Corap, Ilê Ossanha, Práxi e entidades como DCE da UFSM, Assufsm, Sesufsm, Museu 13 de Maio e Rede Educação Cidadão para falarem sobre as políticas de ações afirmativas e das cotas nas universidades federais, além do apoio de movimentos sociais e estudantis.
Segundo acadêmica de Engenharia de Computação da UFSM, Winnie Silva, 20 anos, integrante do coletivo AFRONTA, a manifestação teve por objetivo esclarecer a população sobre as cotas e a nova lei aprovada pela presidente Dilma Rousseff, na semana passada, com caráter informativo, provocativo e de protesto.
Durante a aula, foi organizado uma mesa de debates na praça que contou com a participação de negros e indígenas, com destaque para a presença de Maria Rita Py Dutra, Suelen Gonçalves, Nei D’Ogum, e os líderes indígenas kaingang Natanael Claudino e Augusto. O coordenador da atividade foi o professor de história da UFSM, Cícero Santiago. Entre os discursos da noite, o líder indígena kaingang Augusto salientou como estão as universidades federais atualmente em relação è receptividade das diferenças, "A Universidade ainda está em Construção. A gente ainda não aprendeu a solidariedade. A gente ainda não se amou”.
Fala da estudante Suelen Gonçalves, cotista do curso Ciências Contábeis da UFSM

O público, composto principalmente por estudantes e por quem passava pela praça e já ficava escutando, acompanhou com atenção os debates. Para William Natael, 21 anos, vestibulando no Práxis Pré-Vestibular, e o aposentado, Gilmor Leal, gostaram da iniciativa, pois acreditam que muitas pessoas ainda não entendem como funciona as cotas.
Os presentes puderam ainda levar para casa o folder informativo que foi entregue. Nele, informações sobre as cotas, argumentação favorável às cotas dos organizadores do evento e também alguns dados referente à situação discriminatória vivenciada pelas populações indígenas e negras. Conforme conta no material, no mercado de trabalho, os negros recebem 50% menos que os não-negros e 90,23% dessa população negra ativa economicamente estão no emprego doméstico; na área rural, 38,4% das crianças indígenas não possuem certidão de nascimento. Os manifestantes defendem que o papel das cotas está além da possibilidade de ingresso no ensino superior público. O argumento no folder defende que “as cotas estimulam o debate sobre a questão racial, questionam a diversidade dentro das instituições de ensino” e objetivam “dar um novo significado à noção de justiça social”.

Saiba +
A referida lei, sancionada em 30 de agosto, prevê a reserva de 50% das vagas em instituições públicas para cotistas, unificando as cotas raciais e sociais, de modo que As universidades terão um prazo de quatro anos para se adaptarem à lei. No site do Portal da Legislação é possível conferir o decreto (http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/112899.pdf). Em Santa Maria, em agosto, teve-se também um protesto contra a provação dessa lei.

Texto e imagem por Luana Iensen

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Educação a serviço da sociedade


Educação a serviço da sociedade

Universidades federais terão que disponibilizar 50% das vagas para alunos de escolas públicas.

O 29 de agosto de 2012 ficou marcado na história da educação pública superior do Brasil: a presidenta Dilma Rousseff sancionou, em Brasília, a lei que prevê 50% das vagas das universidades federais para alunos da rede pública. Segundo a lei, a reserva será destinada pelo critério renda familiar, rede de ensino e cor. Serão quatro anos para as instituições se adaptarem.
Na região, a Universidade de Santa Maria (UFSM) apenas reestruturará a distribuição das vagas, pois 40% já são destinadas a essa cota.

Opinião do Professor
Para o professor de literatura, José Eduardo Escobar, 40 anos, tem-se um problema histórico na educação brasileira, desde os ensinamentos jesuíticos, e as cotas é uma forma de compensar essa injustiça. Porém, têm-se dois lados: o favorável, pois os alunos da educação básica têm menos oportunidades do que os de escolas particulares. No entanto, há algumas exceções, como aqueles alunos que estudaram apenas um ano em escola particular não serão beneficiados pela cota. Ele acredita, também, que aumentará a concorrência para os demais 50%.
Mauricio Charão, professor de filosofia, 24, a iniciativa é uma boa alternativa, pois trata mais da cota social do que a racial. Charão acredita que com mais alunos do ensino público básico estudando em federais, e após no mercado de trabalho, “estarão prestando serviço à população em geral, completando um ciclo de prestação de serviços que pagamos com tantos impostos”.
- “O que importa é o esforço e dedicação do aluno, não a cota”, justificam a pedagoga Ivana Bernardes da Silva,41, e Sabrina Londero Rossato, 30, professora de matemática, alegando serem contra as cotas de cor.

Opinião do Vestibulando
O vestibulando para Engenharia Civil, Geferson Matiase, 18, que prestará seu segundo concurso, aprova a cota social, apenas não é favorável às cotas por cor. Para os já acadêmicos de Direito da Unifra, Caetano de Freitas, 17, e Wagner Barichello, 18, o governo deve priorizar a curto e longo prazo melhorias na educação básica, investindo em infraestrutura e professores.
Luciéle Correa, 23, acadêmica de Fonoaudiologia, UFSM, fez curso pré-vestibular gratuito (Alternativa) e aprova as cotas. “Com elas teremos um processo justo, pois a prova é uma, mas alunos da escola privada são melhores preparados”, argumenta. Luciéle.
Oportunidade de preparação
Os alunos que não têm condições financeiras e estudaram em escola pública, têm a possibilidade de se prepararem no Alternativa Pré-Vestibular. O curso é um projeto de extensão da própria UFSM e visa atender essa comunidade. As aulas são ofertadas diariamente no turno da noite e nos sábado à tarde, além de atividades paralelas de socialização de conteúdos com o cotidiano. Os professores são voluntários, acadêmicos da UFSM e Unifra, ou já formados e atuando no mercado de trabalho.


Aula inaugural, 2012, Curso Alternativa Pré-Vestibular.
Fonte:divulgação.

Felipe Girardi, 22, um dos coordenadores do Alternativa e professor de história, afirma que a proposta da presidenta é positiva e coerente com a realidade brasileira. “Não há igualdade de condições de competição entre alunos de escolas públicas e particulares”, comenta Girardi, por isso a importância social das cotas para estudantes de escolas públicas.
- “Certamente, a melhor saída é investir na educação básica, para então ter-se igualdade no ingresso ao ensino superior”, afirma o professor de história.

Por Franciele Marques e Luana Iensen Gonçalves.

Acadêmicas do curso de Jornalismo – Unifra.
Notícia pesquisada e elaborada para a disciplina de Técnicas de Entrevistas e Reportagem. 30.08.2012

O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...