sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Dicas de argumentação - citações

Queridos alunos,
A menos de 40 dias para  o primeiro final de semana do Enem, é o momento de revisar esquemas e informações já assimiladas para a memória.
Desse modo, é importante lembrar que um modo de enriquecer a comprovação dos argumentos é usar citações. Essas podem vir de uma pesquisa, notícia ou de um escritor.
Assim, o uso de citações literárias ou filosóficas na construção da redação, quando incluídas no contexto correto, agregam riqueza ao texto. Uma citação bem utilizada informa ao corretor que o candidato tem conhecimentos que vão além do que está presente nos textos de apoio. Abaixo, alguns exemplos de citações que podem ser usadas em diferentes contextos em suas redações.


“Toda hora é hora de fazer o que é certo.” - Martin Luther King
“O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” - Immanuel Kant
“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.” - Pitágoras
"A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar." - Martin Luther King
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." - Martin Luther King
"Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer" - Aristóteles
"Os fins justificam os meios" - Maquiavel
"O mundo se tornou mais parecido com aquele de Maquiavel" - Bertrand Russell
"O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado" - Jean-Jacques Rousseau
"O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismo" - Friedrich Nietzsch
"Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo" - George Santayana
"A história não nos pertence: nós pertencemos a ela" - Hans-Georg Gadamer
"Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar" - Jean-Paul Sartre
"O sentido fundamental da liberdade é liberdade dos grilhões" - Isaiah Berlin
"O que faríamos sem uma cultura?" - Mary Midgley
"A arte é uma forma de vida" - Richard Wollheim
"Os Estados não são agentes morais; as pessoas são" - Noam Chomsky
"A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." - Aristóteles
"É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." - Immanuel Kant
"A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor." - Padre Antônio Vieira
"Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça." - Bíblia (Hebreus 12:11)
"A vida deve ser uma constante educação." - Gustave Flaubert
"O resultado mais sublime da educação é a tolerância." - Helen Keller
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." - Cora Coralina
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." - Nelson Mandela
"Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão." - Paulo Freire
"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes." - Paulo Freire


Vamos praticar?? Bons estudos!!


Profª Luana Iensen

sábado, 23 de setembro de 2017

720 horas


Não, eu sou uma apaixonada por números (inclusive já tive sérios problemas com eles e para amenizá-los uso a agenda e a calculadora), sou mais íntima das letras. Mas o 720 (horas) me pareceu um numeral mais simpático do que o 30 dias ou um mês.
            Isso mesmo, hoje é um dia especial. Só agora me dou conta como o tempo passou rápido. Uma escolha radical, uma mudança de flash e a adaptação em metamorfose.
            O primeiro impacto foi quanto à temperatura. Saí dos 3º graus santa-mariense para ser recebida por uns 32º amazonense em plena 01h. E assim é por aqui dia e noite, a única estação é o verão, dividido apenas em época do sol e em época da chuva. Ok, lá no fundo dos meus desejos, sempre quis fugir do frio, mas o calor daqui é indescritível.
Depois, a adaptação no novo ambiente de trabalho (o real motivo da mudança). Inicialmente, foi preciso saber lidar com a saudade dos ex-alunos, o carinho, os abraços, o bom dia especial, os sorrisos. Para então, ter a formação; conhecer as novas turmas, novos olhares, novo sistema, linguajar próprio (e, claro, o sotaque da professora nova). Nem tudo são flores quando se reinicia do zero, mas para quem cuida do que planta, colhe sorrisos e o caminho segue mais leve e próspero.

Parto então para a cidade. Aproveito e deixo um conselho, caros amigos: conheçam a cidade em que vocês moram. Em tempo de mudanças, uma informação (correta ou não) é muito importante e nem todos manauaras compreendem isso. Na dúvida, confiem nos mais velhos, no google maps e nos gaúchos que encontrem por esse Brasil afora. Já conheço mais itinerários do transporte público do que muito morador local. Já conheci praças, prédios históricos, rios, verdes, música regional.
Cada quadra percorrida me revela um conhecimento geográfico/histórico e emocional. Se com o Palácio da Justiça pude conhecer um pouco da origem da cidade de Manaus, a Praça da Saudade me fez viajar até o sul sem precisar sair do banco da praça. Tudo são novidades...
Às vezes, parece que não caiu a ficha ainda, às vezes, parece que a distância é mais longa do que a real. Mas isso faz parte do processo de amadurecer as escolhas. Só quando entendemos as mudanças, é que percebemos que elas são necessárias justamente para isto: evoluir! Mais estudos, mais experiências, alguns prejuízos (talvez, tudo depende do ponto de vista), tudo nos faz novas pessoas diariamente. Afinal, Charles Darwin já deixou registrado “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.” 

Luana Iensen Gonçalves

Professora / Jornalista / Mulher do mundo

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Redação da eSa 2017: apostas

Durante o ano, conversamos em aula sobre diferentes tópicos e praticamos temas diversos, desde problemas sociais a questões individuais. Pois bem, nos últimos anos, a prova de redação da eSa tem abordado temas atuais e de domínio público, assim, é bem provável que algum assunto midiatizado este ano esteja na prova no próximo domingo.
A partir dos estudos das últimas provas e dos temas discutidos durante as aulas deste ano, seguem as minhas apostas, organizadas em cinco palavras-chave:
1. Vícios: a cada ano, antigos e novos vícios afligem a população:
* Tecnologia (as pessoas passam tempo demais conectadas, além da questão da nomofobia);
* Automedicação;
* Drogas lícitas e ilícitas;
* Estética (exagero nas dietas, exercícios e anabolizantes)

2. Doenças sociais: por vivermos em uma sociedade tecnológica e muitas vezes egocêntrica, alguns males são preocupantes e foram bem debatidos na mídia:
*Depressão;
* Compulsão alimentar;
* Bullying;


3. Problemas sociais: temas que afetam a sociedade em geral:
* meio ambiente (crise hídrica, lixo, sustentabilidade);
* Mobilidade urbana;
* Refugiados.

4. Aumento da expectativa de vida (a população está ficando mais idosa: quais os impactos disso?).

5. Intervenção militar:
* segurança pública;
* refugiados.
Enfim, parece muito? Mas não é, afinal agora é hora de revisar tópicos e não produzir. Nós escrevemos sobre esses temas, vocês leram, pesquisaram; agora é apenas o momento de recapitular argumentos interessantes e citações.

E para aproveitar o seu tempo na prova, veja no vídeo como organizar o esquema da redação.
E na sequência, relembre a estrutura dissertativa.

Boooora, aprovar! 2017 é o ano de vocês!!
Beijos!


Professora Luana Iensen Gonçalves

domingo, 17 de setembro de 2017

Até logo

           
Arrumar malas pode ser prático para alguns, tenso para outros, divertido ou simplesmente melancólico. Eu sempre fui do tipo que escolhe mais do que precisa. Mas dessa vez foi diferente. Mais do que arrumar a mala, era preciso esvaziar o apartamento, e assim a divisão acontecia peças para a mala, para as caixas, para a mala, para as caixas...
            Mais do que esvaziar armários, uma mudança – ou até uma faxina mensal – faz-nos repensar outros espaços, os sentimentos. Quantas vezes guardamos mágoas desnecessárias, tristezas passadas, conversas mal resolvidas. Eu precisava faxinar meu coração e minha mente. Foi imprescindível guardar muitos sorrisos e também reservar um espaço para as novas emoções que, provavelmente, iriam me invadir como um tsunami.
imagem do Google

            Eis que meu pequeno apartamento passou de um ambiente cheio de livros, fotos, materiais de trabalho para um imenso o vazio. Foi assustador, porém, revitalizador. Um espaço em aberto para talvez outra pessoa também planejar ali seus sonhos, assim como eu estava a caminho para preencher um outro espaço. Assim a vida gira: uns vem, outros vão.
            Com tudo aparentemente pronto, lá se foram umas 13 horas de viagem, além das esperas em aeroporto (aliás, pela primeira vez voei – mas sobre isso conversaremos outra hora). Enfim, em um novo solo, um novo espaço, tudo do zero de novo, mas com a imensa vontade de fazer acontecer!

Luana Iensen Gonçalves

Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar.
Leonardo da Vinci.



quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Título obrigatório, e agora??


Já é de praxe os estudantes saberem que a prova do Enem não exige título, mas outros concursos não só exigem como atribuem uma nota específica. É o Caso de concursos militares, como o da ESA. Então, vamos lá:
Para começar, lembre que o título é a última parte a ser pensada na redação. Raras exceções são aqueles momentos que uma frase bombástica surge em sua mente, nesses casos, anote imediatamente para depois ver se encaixará com o texto.
Dito isso, para receber aquela nota boa, lembre o título pode ter:
* As palavras-chave do tema (mas não copie o tema);
* Opinião (dê uma pista da tese a ser defendida);
* Pontuação (a regra geral é pontuar frase verbal, não pontuar frase nominal; mas você também pode mostrar expressão com vírgulas, aspas ou travessão).

Cuide: 90% das vezes o título nasce da conclusão do texto, pois é uma maneira de você fechar a ideia, deixar o texto “redondo”.
Dica: Explore a intertextualidade! Recrie poemas, frases clássicas, ditados de filósofos ou de letras de música. Treine sua criatividade!!
Vamos começar? Veja:
“Publico, logo existo”.
“No meio do caminho, tinha o lixo”
“Moro num país tropical, abençoado por Deus e corrupto por natureza”
“Postar ou não postar? Eis a questão”

Hora de praticar! Partiu? Aproveitem a dica e ótimo estudo!!

Referências:

domingo, 3 de setembro de 2017

Resumo dos estudos sobre pluralidade religiosa


Desde suas iniciais organizações sociais, o homem sempre se expressou a partir de práticas religiosas para explicar situações ou fenômenos que ainda não eram entendidos pela ciência. Isso explica que mesmo que cada religião tenha elementos específicos, é possível perceber alguns elementos comuns que comprovam a diversidade dessas manifestações: crenças, rituais, doutrinas, símbolos, textos e espaços sagrados, doutrinas.
Um exemplo clássico disso é a cultura grega, que adotava/criava deuses para explicar o que acontecia de bom e ruim em relação ao mundo. Há o Deus da colheita, do amor, da chuva, do vento, e assim por diante. Com o passar do tempo, durante a Antiguidade, surgiram culturas e religiões monoteístas, defendendo a crença em um único Ser Superior, entendido como ser criador do mundo e dos humanos.
Neste contexto, de acordo com Silveira et al (p. 3),

no terreno da busca religiosa, a humanidade já construiu e continua construindo diferentes e múltiplas respostas à problemática da criação e da existência. De buscas e respostas se originam diferentes concepções sobre a(s) divindade(s), enquanto figura [s] ou fonte(s) da criação, em torno do qual se organizam um conjunto de crenças, mitologias, doutrinas ou formas de pensamento relacionadas com a esfera do sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, além de rituais e códigos morais.
[...] As religiões, portanto, fazem parte da cultura humana, presentes em todos os povos, em todas as épocas históricas. Nesse sentido, embora diferentes, todas têm algo em comum: a busca de uma relação com o mundo metafísico.

A partir dessas palavras dos autores, compreende-se a fundamentação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal que garantem na leia o direito de liberdade de escolha e prática de ritos religiosos. Desse modo, considera-se a liberdade de religião e de opinião como um direito humano fundamental. Isso inclui também a liberdade de não seguir nenhuma religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência ou não de Deus (agnosticismo e ateísmo).

Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

O conceito acima se refere à definição de liberdade de religião da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é adotada pelos 58 Estados membros do conjunto das Nações Unidas. Também a Constituição Brasileira de 1988 consagrou os direitos e garantias sobre a liberdade religiosa.

Um problema: a intolerância

A partir da ideia de que vivemos em um mundo de demarcações territoriais, isso evidencia uma pluralidade enorme de culturas e crenças. E, muitas vezes, devido à busca de mais espaço ocorrem muitas brigas pela diferença religiosa desses espaços. Isso tem massacrado culturas e matados muitas vidas inocentes.

Esse fato é conhecido como intolerância religiosa. Isso faz com que diariamente milhares de pessoas sejam humilhadas, julgadas, discriminadas devido a sua fé. São criados apelidos, são feitas discriminações públicas, templos são atacados, agressões verbais e físicas que menosprezam a cultura diferente do outro, porque não dão espaço para o diálogo.

Mais respeito à diversidade familiar do século XXI


Na sociedade contemporânea, o conceito de família é um dos temas que tem sido amplamente discutido/dialogado pela população. Com a difusão da tecnologia e das redes sociais, as pessoas não aceitam mais informações e decisões prontas. Elas discutem o que mídia mostra e evidenciam suas opiniões. Entre os novos tipos de família discutidos está a homoparentalidade, a qual necessita ser mais divulgada e explicada aos leigos para que se diminua o preconceito existente a ela.
Podemos compreender que o surgimento de novos conjuntos familiares aumenta devido a mudanças históricas e sociais no mundo moderno. Muitos desses conjuntos têm características singulares, mas, para Passos (2005, p. 32), “nenhuma é tão revolucionária quanto a família homoparental, já que esta destitui um princípio fundamental na constituição do grupo familiar: a diferenciação sexual”.
Mesmo com tantas mudanças e inovações na vida social atual, quando se trata de casais homossexuais adotarem crianças, o preconceito ainda se evidencia. É comum escutarmos em rodas de conversas entre amigos (e geralmente de pessoas ditas “esclarecidas”, estudas) que não têm nada contra aos homossexuais, “mas criar uma criança já demais”.
Em um breve entrevista com quatro pessoas do meu bairro e trabalho, percebi que a maioria se mostra contraria a existência da família homoparental: duas delas não concordam com a adoção de crianças por casais homossexuais; uma concorda, reforçando que o importante é cuidar e amar; e uma definiu como uma situação “complicada”, que dependeria se a crianças iria entender o que é ter dois pais ou duas mães.
Quando questionadas se essas crianças, com pais homossexuais, sofreriam preconceito na escola, três afirmaram que sim; e uma afirmou que quando crianças não, apenas quando ficassem adultas. Ela comentou que as crianças geralmente não têm preconceitos, são os pais, normalmente héteros, que fazem comentários maldosos.
Ainda foi perguntado: “Você acredita que há diferença na educação que esse casal dará aos filhos em relação ao casal heterossexual?” Três pessoas responderam que não e uma que sim, que seria uma má influência para a criança.
É importante ressaltar a faixa etária e gênero dos candidatos: três mulheres; 16, 31 e 81 anos respectivamente, e um homem, 45 anos. As respostas mais negativas foram do entrevistado masculino e as respostas mais positivas e liberais da entrevista do gênero feminino de 81 anos. O que chama atenção é que a mais jovem se mostrou conservadora e a mais velha se mostrou conviver bem com a diversidade.
Mesmo sendo uma amostra pequena, ela é bastante significativa e triste, pois evidencia que as pessoas têm dificuldade em aceitar o diferente. Isso me deixa pessoalmente preocupada, pois eu sou pessoa “aberta” no sentido de aceitar o diferente, inclusive já sofri preconceito por ter amigos e parentes homossexuais, e ainda, percebo, na sala de aula, um aumento de jovens homossexuais. Tentamos trabalhar esse tema na escola para desmitificar os pré-conceitos criados pela sociedade, mas esse trabalho ainda será árdua e longa para modificarmos a cultura preconceituosa vigente.
Precisamos mudar essa visão “fechada” de família com mãe, pai e filhos. E tentar evidenciar o que afirma Passos:

A família de hoje impõe, no lugar da hegemonia dos papéis e dos lugares fixos, uma maior flexibilidade na constituição de posições e funções dos membros do grupo. Assim, ganha muito mais força a forma como os pais do mesmo sexo, cada um a sua maneira, representa este filho como um outro que atualiza seu desejo de transmissão e continuidade, investindo-o, portanto, de um afeto fortemente narcísico (PASSOS, 2005, p. 36).


A partir das ideias expostas, percebo que é preciso divulgarmos mais os novos tipos de famílias para que as pessoas compreendam que o importante é o cuidar e amar e para que as crianças crescem livres do preconceito.

sábado, 2 de setembro de 2017

Voar, verbo intransitivo

Era um dia corrido de trabalho de trabalho, como qualquer outro. Mas aí uma mensagem no whats modificou o clima, a tensão daquela natural correria. Ok, há algum tempo já havia feito uma entrevista, mas devido à época do ano, não esperava essa mensagem antes de dezembro. A proposta exigia uma mudança radical, mas aceitei. Poderia parecer loucura para quem vê de fora, mas só alcança seus objetivos quem aceita voar, segurando a onda de bônus e de ônus.
Certamente, o bônus seria o voo profissional, o desejo de poder ter apenas um emprego e assim cuidar um pouco de mim, dos meus desejos pessoais. Já o ônus, claro, inicialmente seria despedida e a saudade. As lágrimas de cada aluno e amigos (e minhas), o abraço apertado, a palavra carinhosa. Mesmo triste, isso me mostrou que o trabalho até aqui já teve boas sementes germinadas. O conteúdo é aprendido hoje por diferentes meios, mas os exemplos de caráter e afetividades ainda são exclusivamente humanos.
Escolhas sempre envolverão desejos e renúncias. Mas para alcançar sonhos, é preciso saber a hora de recuar, de voltar, de seguir; só chega lá, quem sabe o quer, quem perde o medo de voar.

Aliás, é bom lembrar que, segundo o dicionário, o verbo voar é intransitivo. Na gramática significa que não precisa de complemento; na subjetividade, significa ter vida própria, sinônimo de liberdade. Ainda, no mundo conotativo, ter pretensões, desejos, quimeras! Então, bonitos e bonitas, voem! A vida é única!

Luana Iensen Gonçalves
Professora e Jornalista

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Cuido de mim, logo existo.


Se compararmos a qualidade de vidas de nossos avós com a que é buscada hoje, é possível perceber que muitas mudanças ocorreram: não basta um bom emprego, é preciso o melhor salário; não basta uma alimentação saudável, é preciso ser “o fitness” de curtidas online. Nesse contexto, em busca da mediania proposta por Aristóteles, a sociedade visa a um equilíbrio entre as imposições sociais e os desejos pessoais em busca de uma qualidade vida.
Primeiramente, é perceptível que em meio à era tecnológica atual, ao mesmo que tempo que existem produtos e aparelhos “mágicos” para o emagrecimento, muitas facilidades desta área tornaram a população sedentária. Prova disso, é que o Brasil é um país com 60% de seus indivíduos acima do peso. Para reverter a situação, a mídia cria diversas campanhas para influenciar as pessoas a mudarem seus hábitos alimentares e físicos. Desde dados sobre as consequências desse mal, até ícones populares que já possuem uma qualidade de vida “exemplar”.
Além da imposição social midiática, a busca por uma qualidade vida, equilíbrio entre saúde e vida financeira, é também um desejo pessoal, segundo dados de uma pesquisa sobre felicidade. Nesta, evidencia-se que o Brasil está entre os 15 países mais felizes do mundo e que o povo brasileiro se autodefine feliz por aproveitar os bons momentos da vida. Tal atitude mostra que existe a tentativa que melhorar o padrão social de vida a partir de uma boa colocação de trabalho ao mesmo tempo em que se busca a aproveitar os momentos de lazer.

A busca desse meio termo, portanto, corrobora com a ideia de sermos essencialmente seres sociais (Aristóteles) e por isso a busca de uma qualidade de vida  entre as influências sociais e pessoais. Para que se siga tal caminho, é evidente que a mídia pode explorar “modelos” diferenciados e não apenas o dito “padrão como modelo”. Ainda, cada pessoa deve ser estimulada a se autoconhecer, desde exercícios de meditação até a atividades no meio escolar.

Luana Iensen Gonçalves

O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...