segunda-feira, 15 de junho de 2020

tema de redação da Semana - 15.06.2020


Texto 1

Fábio Malini, especialista da Universidade Federal do Espírito Santo, estuda esse fenômeno em larga escala e acredita que o “discurso de ódio” tem maior potencial para fazer “viralizar” determinadas opiniões. Eles proliferam porque há um alvo específico e, também, são pensados numa lógica de polarização.
Uma realidade que foi mostrada no especial produzido pela BBC Brasil, intitulado “Democracia Ciborgue“, onde foi desvelada a atuação de perfis falsos nas Eleições brasileiras de 2014 para manipular a população.
Entre os principais exemplos em que as “fake news” produziram efeito real, estão os plebiscitos sobre a saída do Reino Unido da União Europeia e sobre o acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, além das eleições nos EUA.
Ganharam projeção nas redes conteúdos como a suposta notícia de que o papa Francisco havia apoiado Donald Trump na corrida eleitoral e a de que o ex-presidente Barack Obama não era americano, o que o motivou a divulgar a própria certidão de nascimento.

 

Texto 2


Texto 3

[…] Antes mesmo de se eleger presidente, Donald Trump elegeu para si e seus seguidores um inimigo. A imprensa e, fatalmente, a verdade. Menos de um mês depois de assumir a Casa Branca, Trump aninhou-se em sua ágora digital para trombetear, em um tuíte: “A mídia FAKE NEWS (os falidos @nytimes, @NBCNews, @ABC, @CBS, @CNN) não é minha inimiga, é inimiga do povo americano!”.
Nomear um oponente forte e contra quem as pessoas possam facilmente se voltar é uma tática de exercício de poder tão antiga e universal quanto eficaz. A Revolução Francesa e os comunistas russos designaram “inimigos do povo” para justificar o uso da guilhotina, dos gulagui.
Destacar o jornalismo profissional como esse inimigo tampouco é um recurso original – e é uma das maneiras mais eficientes de retroalimentar a polarização de uma sociedade. Nos Estados Unidos, Richard Nixon, que renunciou em 1974 emparedado pelo escândalo de Watergate, exposto pelo jornal Washington Post, foi feroz contra a mídia já no início dos anos 1960.
Em 2006, Evo Morales, presidente da Bolívia, classificou como seus “inimigos número 1” a “maioria da mídia” – argumento recorrente de Hugo Chávez, da Venezuela. Daniel Ortega, da Nicarágua, chama repórteres de “filhos de Goebbels”. Trump soa, a essa altura, como uma paródia de populistas latino-americanos.
Sua estratégia, porém, tem nuances que lhe conferem um grau diferente de sucesso. Uma distinção fundamental é a absoluta distorção que Trump emplaca do termo fake news. Primordialmente, fake news era a definição de postagens com conteúdo deliberadamente falso, travestido de notícia, espalhadas em redes sociais com um propósito espúrio – fosse de caçar cliques ou de influenciar uma eleição.
O caso mais notório, não acidentalmente, são as fake news disseminadas pelo governo russo no Facebook e em outras plataformas em 2016, que beneficiaram Trump e o levaram à Casa Branca (“Papa Francisco choca o mundo, apoia Donald Trump para presidente” foi uma das mais compartilhadas).
Trump, hoje sob poderosa investigação sobre como interagiu com os russos para se eleger, apropriou-se do termo fake news. Repetiu as palavras até esvaziá-las de sentido para, então, perverter seu significado em definitivo.
Trump passou a classificar o noticiário sobre a investigação e qualquer outro desfavorável a ele como fake news. O êxito dessa tática pode ser verificado em comentários de notícias na internet e na réplica, pelo mundo, de políticos usando fake news para minar a imprensa que divulga informações que lhes prejudiquem. […]

Com base nos textos motivadores e no seu conhecimento, produza um texto dissertativo-argumentativo tendo como tema: Fake News no cenário político mundial.


O preconceito linguístico na região de Carazinho.

Hoje divido o espaço com uma colega do curo. Aproveitem o texto: O preconceito linguístico na região de Carazinho. O relato apresentado po...