domingo, 12 de janeiro de 2014

Análise Sintática

Segundo a gramática, período simples ocorre quando a oração é composta por um verbo; e composto, quando tem dois ou mais verbos. Assim, podemos dizer que individualmente somos períodos simples e quando juntamos as escovas de dente, período composto, que pode aumentar conforme a família. A gramática será sempre sedutora enquanto quisermos definir as pessoas.
Quando período simples, alguns indivíduos são sujeitos indeterminados. Aprontam, fazem e acontecem e depois se escondem. Os ocultos, pelo menos, temos a chance de encontrá-los. Às vezes, ocultos por timidez, outras, por safadeza mesmo.
Gente fina mesmo é o tal do cara sujeito simples e ativo. Simples no nome e no jeito de viver. Ativo porque cuida da vida dele, trabalha, diverte-se, percebe que a felicidade se encontra nos pequenos detalhes do dia a dia. E sim, se soubermos olharmos, tropeçamos nela todos os dias. Quem sofre é o sujeito passivo. Coitado, só sofre a ação, não tem perspectivas.
Além desses sujeitos, temos as pessoas predicados: os verbais não param quietos. Se eles têm um tempo sobrando no dia, arrumam logo com o que se ocupar. Os nominais não estão preocupados em agir, mas sim amar sem descanso, seu sujeito é conectado às características do bem, sem espera de retorno, pelo seu predicativo. E os verbo-nominais? São poucos, mas todos desejam se tornar assim: a mistura perfeita de serem agentes de sua vida e terem um predicativo para amá-los.
Temos também as pessoas objetos diretos e indiretos e os complementos nominais para completarem nossa vida, darem significado especial aos nossos predicados. Coitado só do agente da passiva, não tem voz, não vez, seu sujeito é passivo.
          E os acessórios??  Mesmo não sendo necessários ou até supérfluos, tem dias que abusamos deles, dão um retoque em nossa personalidade de acordo com a ocasião. Os adjuntos adnominais animam o ego das pessoas sujeitos, com adjetivações e quantificações. Os adjuntos adverbias satisfazem o ego das pessoas predicados por meio de intensificadores que “levantam” o astral num dia que não estamos tão bem.
         Os únicos solitários desse grupo são os vocativos. Querem viver sozinhos, vivem gritando por aí, querem chamar a atenção, fazer birra; ainda não compreenderam a essência da análise nem da sintaxe.

            A gramática, enfim, é um ser vivo, mutante. Isso porque não somos nós que fazemos análise diariamente, é ela que nos analisa sintaticamente e nos dá oportunidade de agentes ou passivos diante da vida.

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