quinta-feira, 10 de maio de 2012

Professora de português e alunos do ensino médio lançam livros na Feira


A prática de leitura e produção em sala de aula pelos jovens é o desejo e realização de trabalho de qualquer professor. A Feira do Livro, assim, é considerada um espaço para o incentivo, a iniciação pelo mundo das letras, imagens, sensações. A professora de língua portuguesa Maribel da Costa Dal Bem e seus alunos dos primeiro do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cilon Rosa lançaram dois livros na Feira do Livro de Santa Maria, em 08 de maio, e evidenciam o interesse que os jovens têm em ler e produzir textos.
O livro lançado pela professora Maribel da Costa Dal Bem, Prazer em Aprender, apresenta atividades com “novas metodologias que despertam e aguçam o desejo do aprendiz e que auxiliam o educador na proposição de uma aula mais dinâmica e produtiva”. Maribel comentou que o lançamento do livro torna-se um evento importante pela grandiosidade que a Feira do Livro representa. Para a educadora, isso ocorre porque pessoas de diferentes áreas de estudo e idades circulam pelo evento, prestigiam, conhecem o trabalho local.
A professora visita a feira há anos, mas essa foi a primeira vez que lançou um livro. A respeito do movimento da feira, Maribel afirmou estar maravilhada, pois a programação tem qualidade e diversidade de temas. Outro ponto positivo, em sua visão, é que mais professores têm lançado livros, sejam teóricos ou práticos, de suas áreas de atuação. Esse fato “gera mais qualidade na escola, pesquisa constante para os professores e consequentemente, melhoras para os alunos”, avalia a professora.
Além disso, outro dado que a deixou feliz este ano, foi o lançamento do livro Perguntas e respostas de jovens para jovens escrito pelos seus alunos do 1° ano da EEEM Cilon Rosa (turmas 101, 102, 103 e 104). Maribel explica que a iniciativa surgiu em uma proposta de atividade das aulas de redação, “pedi que cada um fizesse uma pergunta contextualizada sobre suas dúvidas e angustias enquanto adolescentes. As perguntas foram trocas entre colegas e um respondeu a do outro, aconselhando-o”. Nas perguntas, os temas foram variados, como família, namoro, valores, vícios, escolas, trabalho, profissão, etc. Encantada pela maturidade dos alunos perante a atividade, a professora sugeriu a publicação em forma de livro.

Da esquerda para à direita, sentados: Douglas Doná, Samuel de Souza, Pedro Cardoso, Maribel Dal Bem e Bruna Oliveira.

Entre os autores do livro, estiveram presentes no lançamento os alunos Samuel de Souza, 15, Bruna Oliveira, 17, Pedro Cardoso, 15, e Douglas Doná, 15. Para o jovem Cardoso, a publicação foi uma experiência nova e comenta: “é interessante saber que um público amplo e variado estará lendo nossos textos fora do espaço sala de aula”. Afirmam que estão motivados para uma nova produção no próximo ano. Os alunos explicaram que fizeram uma rifa para financiar a impressão do livro e tiveram apoio e incentivo dos demais professores e diretoria da escola.
O publicitário Nicão Xavier, 23, que foi à feira prestigiar o lançamento, afirma que são iniciativas como essa que estimula os adolescentes a pratica de escrita. O estudante do 2° ano do Cilon Rosa, Leandro Indrino, 19, também acompanhou o evento e considerou o trabalho motivador para desde a infância gostar-se de ler e escrever, pois “de uma atividade assim, poderá um dia surgiu um novo grande escritor”.
Como professora e cidadã, Maribel contou que sente satisfação pelas ideias que foram abordadas pelos alunos nas perguntas, pela participação ativa deles, a troca, o diálogo que flui entre alunos e professores.
Conforme afirmou o jornalista Kenny Braga, no Papo Livre da Feira em 05 de maio, “a feira do livro é um templo sagrado da inteligência”. Que assim, a cada edição esse templo revele-se a novos leitores e escritores.

Um comentário:

  1. Maribel da Costa Dal Bem11 de maio de 2012 às 19:49

    Luana, agradecemos o apoio e a divulgação de nosso trabalho. Você não imagina o quanto esta atividade mexeu com os alunos e fez bem. Vê-los sentindo-se valorizados, lidos e divulgados é muito bom, porque acredito no potencial do jovem e vejo que devemos proporcionar a eles práticas ligadas à vida. Não devemos formá-los para a vida, mas a partir da vida. Obrigada! Seu texto ficou nota 10!

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