terça-feira, 17 de abril de 2018

Faxina interna


Periodicamente, é interessante fazer faxinas. Descobrimos roupas que já que não nos interessam mais e podem fazer a alegria de outras pessoas. Encontramos folhas e folhas perdidas, ocupando ambiente que poderia ser reservado para novas leituras. Arquivos e pastas que podem liberar um espaço no nosso drive para novos projetos.
Mas eis que uma faxina mais profunda também é necessária! Purificar algumas emoções e dores faz um bem danado, tanto para a alma como para a mente. Desapegar de atenções e cuidados não recíprocos é ser capaz que cuidarmos de nós mesmos. E isso não é egoísmo, é amor próprio.
Curar dores leva tempo, porém necessário retirá-las do peito, reconfigurar os sistema e poder ter novas visões, novos aprendizados – talvez até novos machucados -, mas a cada limpeza espiritual, fica-se mais resiliente para enfrentar os sentimentos.
Não adiante ficar brilhante por fora e obscuro por dentro. Como já pregava Aristóteles, a chave é encontrar  o “meio-termo”. Para mim, que vive no estilo 8 ou 80, isso parece complicado, mas tentar faz um bem danado.
Boa faxina pra você!


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos” (Fernando Pessoa)

Luana iensen

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