sexta-feira, 25 de outubro de 2013

2ª semestre de 2013 – preparação para os vestibulares ou para a vida?


Santa Maria é um polo universitário. A cada ano, jovens estudantes do ensino médio daqui, da região e de todo o Brasil prestam o vestibular nas universidades privadas, no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e principalmente na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), por ser pública. A preocupação no período de voltas às aulas é: esses alunos são apenas preparados para o vestibular ou recebem conhecimento para a vida?
Nossa cidade conta com um grande número de escolas, sejam privadas ou públicos, além de inúmeros cursos preparatórios para vestibulares. Os alunos se preocupam se o conteúdo específico do vestibular será trabalho. Sim, esse conteúdo está engajado com o roteiro das escolas. No entanto, a principal preocupação deve ser como usar esse conteúdo no dia a dia. Pesquisas divulgadas pelas mídias apontam que muitos calouros não conseguem interpretar textos (sejam escritos, em imagens) no início da faculdade, que têm dificuldade em relacionar esses textos com as ideias expostas pelo professor. Esse problema é decorrente da preocupação em decorar regras e fórmulas e não em aplicar a teoria na prática.
Essa falta de aplicabilidade prática da teoria, além de ser uma dificuldade no início do ensino superior, aumenta o número de alfabetos funcionais em nossa sociedade. Ou seja, aquelas pessoas que sabem decodificar as palavras e os números, mas não compreendem o sentido da mensagem. Percebe-se isso quando um estudante não consegue relacionar dados estatísticos; interpretar gráficos e tabelas; relacionar informações de diferentes fontes. O que agrava o período de aprendizagem transitório entre ensino médio e a formação acadêmica.

A preocupação essencial na escola, portanto, é fazer com que o aluno utilize o conhecimento aprendido em suas atividades práticas diárias e não decore regras apenas para passar em um vestibular. Para isso, é necessário um ensino que estimule a prática, de modo que o professor seja um mediador entre conhecimento e alunos e não somente alguém que transfere ideias prontas.

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