domingo, 3 de setembro de 2017

Resumo dos estudos sobre pluralidade religiosa


Desde suas iniciais organizações sociais, o homem sempre se expressou a partir de práticas religiosas para explicar situações ou fenômenos que ainda não eram entendidos pela ciência. Isso explica que mesmo que cada religião tenha elementos específicos, é possível perceber alguns elementos comuns que comprovam a diversidade dessas manifestações: crenças, rituais, doutrinas, símbolos, textos e espaços sagrados, doutrinas.
Um exemplo clássico disso é a cultura grega, que adotava/criava deuses para explicar o que acontecia de bom e ruim em relação ao mundo. Há o Deus da colheita, do amor, da chuva, do vento, e assim por diante. Com o passar do tempo, durante a Antiguidade, surgiram culturas e religiões monoteístas, defendendo a crença em um único Ser Superior, entendido como ser criador do mundo e dos humanos.
Neste contexto, de acordo com Silveira et al (p. 3),

no terreno da busca religiosa, a humanidade já construiu e continua construindo diferentes e múltiplas respostas à problemática da criação e da existência. De buscas e respostas se originam diferentes concepções sobre a(s) divindade(s), enquanto figura [s] ou fonte(s) da criação, em torno do qual se organizam um conjunto de crenças, mitologias, doutrinas ou formas de pensamento relacionadas com a esfera do sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, além de rituais e códigos morais.
[...] As religiões, portanto, fazem parte da cultura humana, presentes em todos os povos, em todas as épocas históricas. Nesse sentido, embora diferentes, todas têm algo em comum: a busca de uma relação com o mundo metafísico.

A partir dessas palavras dos autores, compreende-se a fundamentação da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal que garantem na leia o direito de liberdade de escolha e prática de ritos religiosos. Desse modo, considera-se a liberdade de religião e de opinião como um direito humano fundamental. Isso inclui também a liberdade de não seguir nenhuma religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência ou não de Deus (agnosticismo e ateísmo).

Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

O conceito acima se refere à definição de liberdade de religião da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é adotada pelos 58 Estados membros do conjunto das Nações Unidas. Também a Constituição Brasileira de 1988 consagrou os direitos e garantias sobre a liberdade religiosa.

Um problema: a intolerância

A partir da ideia de que vivemos em um mundo de demarcações territoriais, isso evidencia uma pluralidade enorme de culturas e crenças. E, muitas vezes, devido à busca de mais espaço ocorrem muitas brigas pela diferença religiosa desses espaços. Isso tem massacrado culturas e matados muitas vidas inocentes.

Esse fato é conhecido como intolerância religiosa. Isso faz com que diariamente milhares de pessoas sejam humilhadas, julgadas, discriminadas devido a sua fé. São criados apelidos, são feitas discriminações públicas, templos são atacados, agressões verbais e físicas que menosprezam a cultura diferente do outro, porque não dão espaço para o diálogo.

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